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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 110 - 7 de Junho de 2009

EDUARDO AUGUSTO LOURENÇO
eduardoalourenco@hotmail.com
Americana, São Paulo (Brasil)

Loucura e obsessão                                                                                    

“OBSESSÃO E VAMPIRISMO — Em processos diferentes, mas atendendo aos mesmos princípios de simbiose prejudicial, encontramos os circuitos de obsessão e de vampirismo entre encarnados e desencarnados, desde as eras recuadas em que o espírito humano, iluminado pela razão, foi chamado pelos princípios da Lei Divina a renunciar ao egoísmo e à crueldade, à ignorância e ao crime.”
– Evolução em Dois Mundos – André Luiz.


Tomando aspecto de verdadeira epidemia na atualidade, tal qual ocorreu em outras épocas da humanidade, como a peste negra, a parasitose espiritual, a obsessão e a loucura são males terríveis que agonizam as criaturas, sobrecarregando-as de enfermidades de difícil diagnóstico médico e cura ainda mais complexa. Em todo processo obsessivo há sempre um quadro alarmante de sentimentos contraditórios entre obsessor e sua vítima, que se atiram violentamente uns contra os outros.
 

Remanescente do primarismo animal que permanece no Espírito, o ser que se sente ultrajado ou traído, desprezado ou dilapidado no seu patrimônio íntimo, investe contra aquele que considera seu adversário, infligindo-lhe tormentos consideráveis, que podem terminar em verdadeiras tragédias.        

Gabriel Delanne, em seu livro Evolução Anímica, cita que a loucura pode ser acompanhada sempre de um estado mórbido dos órgãos, que se traduz, na maioria das vezes, por uma lesão.  

Analisando assim, podemos considerar que a alienação será uma enfermidade física, quanto à sua causa, embora mental por consequências, ou efeitos das causas passadas.  

Pode a loucura transmitir-se por via hereditariedade, mas às vezes se transforma quando manifesta nos descendentes, através de uma lesão no sistema nervoso. 

Neste caso, não há como presumir que se trata de Espíritos obsessores, pois trata-se do próprio organismo contaminado, que é modelado pelo corpo espiritual pelas suas tendências, podendo ocorrer retardamentos no mecanismo cerebral e muitas vezes a complicação da doença.  

A hereditariedade pode apresentar metamorfoses: assim, um alcoólico pode procriar idiotas, caso em que o encéfalo fica parcialmente destruído por influência alcoólica.

A loucura pode ser processada também através das obsessões espirituais e estas podem ser classificadas entre: obsessão simples, fascinação e a subjugação ou possessão.  

As obsessões provocam desordens de todos os tipos no corpo físico, como também no comportamento, nos pensamentos e sentimentos, deixando sequelas, se permanecerem ao longo do tempo, produzindo verdadeiras lesões cerebrais.  

– A obsessão simples: Não pode ser considerada um estado consciencial; trata-se, simplesmente, do pedido de socorro, da imposição e da falta de conhecimento da vida espiritual. Os Espíritos querem se comunicar e, muitas vezes, geram certos inconvenientes para aqueles que são médiuns e não sabem lidar com a situação por desconhecerem os ensinamentos espíritas. 

– A fascinação: O mecanismo da obsessão toma proporções maiores e as consequências tornam-se mais graves. O obsedado não se julga enganado, já não goza do seu livre-arbítrio integral. Só obedece às imposições do Espírito. É a hipnotização espiritual exercendo controle sob a liberdade do obsedado. Recebe o comando do Espírito obsessor, derivando deste as sugestões simples, até na criação da razão e da imaginação do paciente.  

– A possessão: O domínio do Espírito obsessor é completo; o subjugado é um instrumento absolutamente dócil às sugestões do Espírito, não resistindo a esse poder oculto. 

A consideração do Dr. Bezerra de Menezes, no seu livro Loucura Sob  Um Novo Prisma, vem ratificar Gabriel Delanne e nos diz que o efeito da loucura coincide às vezes com a lesão daquele órgão e, em outras vezes, não acusa a mínima lesão dele.  

Pode-se considerar natural a loucura, no primeiro caso, como é inexplicável no segundo, porquanto se admita ser o cérebro o gerador do pensamento que simplesmente codifica as informações. Como explicar a perturbação mental sem lesão orgânica do cérebro? A verdade é que a loucura não depende essencialmente do estado doentio e mórbido do cérebro.  

Se assim fosse, o cérebro não geraria o pensamento, independente deste órgão, podendo o pensamento sofrer perturbações. A alma é o principal comandante dos pensamentos, é ela quem pensa e os transmite para o cérebro. Utiliza do cérebro como instrumento. 

André Luiz, no livro Evolução Em Dois Mundos, comenta que muitos dos nossos irmãos desencarnados ainda presos a sentimentos de ódio e ira cercam suas vítimas encarnadas, formando perturbações que podemos classificar como "infecções fluídicas" e que determinam o colapso cerebral com arrasadora loucura.

Os obsessores sugam as emanações vitais dos encarnados que com eles se simpatizam, injetam sobre as vítimas determinados produtos, contaminando a cadeia organizacional do organismo que vai devorando os tecidos delicados do carro físico, alterando a tela mental do indivíduo ao pessimismo ácido. Desse modo, modificado o comportamento, o pensamento e o sentimento da vítima, tornam-se obsessor e obsedado uma única e só pessoa, numa simbiose perfeita.    

Hospedeiro e parasita alimentam-se da mesma sintonia espiritual, pelas ondas que transmitem os pensamentos e com a intensidade dos mesmos sentimentos, processando o mecanismo dos parasitas espirituais. 

As eternas leis da justiça dispõem de processos curadores para harmonizar os atritos, conflitos e os despautérios contra os códigos da vida.  

Sem criar novos débitos e, conforme muito bem acentuou Jesus, “o escândalo é necessário, mas ai do escandaloso", ninguém tem o direito de fazer com as próprias mãos a justiça, não revidando o mal com o próprio mal. Conforme as normas do equilíbrio, terão que utilizar dos próprios e eficazes meios, através da reencarnação, para a correção dos desacertos. Sabe-se que os desconcertos íntimos são consequências, em decorrência da queda de alguém, assim, o algoz que perturbar a ordem tem como compromisso a reorganização das desavenças.  

A obsessão é, portanto, uma condição de falência moral temporária daquele que se transforma em comandante do outro, de forma dolorosa e duradoura.  

O pensamento mortífero torna-se insustentável no seu campo mental e no comportamento emocional. Começa a predominar como única ideia perniciosa que se infiltra, construindo teias de desequilíbrio e alucinação.  

A obsessão é um penoso mecanismo de ajuste harmônico consciencial daqueles que não se dão a chance de evoluir sob abençoada oportunidade do amor fraternal, caindo nas malhas edificadoras do ódio, do ressentimento, da necessidade de cobrança e da paixão exagerada.  

Para sair deste processo de dor e flagelo, é necessária a prece, a paciência, a renovação dos propósitos morais do enfermo. A insistência na prática das ações libertadoras e, quase sempre, de um grupo de apoio que deve ter início no próprio lar, desde que aqueles com os quais o enfermo convive estejam incluídos no mesmo mecanismo depurativo. 

Questão: 375 – Qual a situação do Espírito na loucura? 

O Espírito, no estado de liberdade, recebe diretamente suas impressões e exerce diretamente sua ação sobre a matéria; encarnado, porém, encontra-se em condições muito diferentes e na contingência de só o fazer com a ajuda de órgãos especiais. Altere-se uma parte ou o conjunto de tais órgãos e eis que se lhe interrompem, no que destes dependam, a ação ou as impressões. (O Livro dos Espíritos – Allan Kardec)                        


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita