Joias da poesia
contemporânea

Autoria: Carmen Cinira

 

Ao caminheiro da redenção


Peregrino da dor que regenera,

Humilhado nas pedras do caminho,

Ergue teus olhos ao celeste ninho

E arrimado no amor confia e espera…

 

Além da poda que é flagelo à vida,

Fulgem messes divinas de fartura.

E além das aflições da noite escura

Surge a aurora de paz indefinida.

 

Toda vitória sobre a natureza

Reclama sacrifício, mágoa e luta…

Aos golpes do buril, a pedra bruta

Conquista a glória e o brilho da beleza.

 

Assim, pois, o obstáculo e o problema,

O infortúnio, a miséria, a angústia e a prova

São recursos de acesso à vida nova,

Portas abertas para a luz suprema.

 

Segue, assim, tua senda áspera e fria,

Louvando a cruz que te lacera os ombros,

Depois do fel de todos os escombros,

Penetrarás o templo da alegria.


Do livro Através do Tempo, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita