Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

Os adversários reclamavam e Chico Xavier estudava, de acordo com orientação ouvida de Emmanuel, estatísticas sobre suicídios publicadas pelas Nações Unidas no Demographic Year-Book, em 1964. A Áustria liderava o número de suicidas (1.598 casos em 1962) e era seguida pela Alemanha, Suíça, Japão, França, Bélgica, Inglaterra, Estados Unidos, Polônia e Portugal. Nenhum país subdesenvolvido entrava na lista. Conclusão: o suicídio teria ligações com o vazio provocado pelo materialismo. Ou seja: faltava espiritualidade naqueles países.

Chico e Waldo começaram a arrumar as malas para viajar ao exterior. Em maio de 1965, os dois embarcaram para os Estados Unidos. Já era hora de levar o Espiritismo segundo Kardec aos americanos. Acompanhados por dois amigos, Maria Aparecida Pimentel e Irineu Alves, eles chegaram a Washington na tarde de 22 de maio, um sábado. No dia seguinte, visitaram um templo espírita na cidade para agradecer ao plano espiritual pela chance da viagem. Sem aviso prévio, foram até o The Church of Two Worlds (A Igreja dos Dois Mundos), dirigido pelo médium Gordon Burroughs. Eram 15h. Eles se sentaram no último banco e ficaram em silêncio, acompanhando as preces, cânticos e comentários sobre a doutrina. Ninguém os conhecia ali.

No final da reunião, uma senhora indicou os quatro "irmãos de outro país" ali presentes e falou sobre a tarefa deles nos Estados Unidos: levar a renovação espiritual e estimular a aproximação fraterna. Logo depois, em transe, anunciou a presença de dois Espíritos, de um teacher e de um doctor, junto aos visitantes brasileiros. Chico e Waldo já tinham percebido a companhia de Emmanuel e de André Luiz. Em julho, Waldo Vieira colocou no papel um texto com a assinatura do doctor: "Pontos fundamentais para o espírita em viagem". Era uma cartilha para kardecistas que viajassem para o exterior pela primeira vez.

 

Do livro As vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita