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por Cláudio Bueno da Silva

 

Começar... e ver a vida melhorar


Mais que um lazer, a leitura é fundamental. Ela estabelece a relação do homem com o mundo. As pessoas que leem habitualmente (não as que apenas sabem ler, o que é diferente) darão maior consistência àquilo que se propõem fazer na vida.

Muitos associam a leitura tão somente às questões práticas da vida, à escola, à profissão etc. Contudo, ela pode ser muito prazerosa, e sem o peso da obrigação trazer ao espírito conforto e conhecimento.

O gosto pela leitura, dizem os especialistas, vem da criação de um hábito que pode começar na infância ou mesmo na idade adulta. Muitos não leem por falta de estímulo, ou por preferirem outros afazeres.

Uma boa leitura deve ser feita com calma, atenção, se possível num clima de silêncio, para que se possa compreender o que se lê. Não basta engolir palavras apressadamente, desprezando o que o texto possa oferecer nas entrelinhas.

É grande a satisfação quando interagimos com um bom texto, degustando ideias e estilo, trabalhando os sentimentos e a inteligência a ponto de termos a sensação de estarmos melhores, um pouco mais completos após a leitura bem feita.

Os educadores consideram a leitura essencial, inclusive para se falar e escrever bem. No Brasil as estatísticas mostram que se lê pouco. A comparação com os números de países da Europa deixa o nosso país muito atrás. Há fartas pesquisas sobre isso na internet.

Os especialistas apontam inúmeras razões para os baixos índices, relacionando-os com as questões econômicas e as diretamente ligadas à área da educação deficiente e às vezes ineficiente. Fala-se da falta de tradição de leitura e também das raízes culturais do nosso povo como fatores desencadeantes do desinteresse pelo livro. São algumas faces do problema.

Uma antiga pesquisa do Instituto Pró-Livro (2012) mostrava que o “brasileiro reconhece importância da leitura, mas prefere outras atividades”.

É preciso considerar agora, como agravante da questão, o verdadeiro fascínio que as mídias digitais exercem sobre as pessoas com a gigantesca e acelerada expansão da internet, mais ou menos a partir dos anos 2.008, e que alterou profundamente o modo de buscar informação, conhecimento e distração. E é notório que se dá maior ênfase para esta última opção.

Com a irreversibilidade do avanço tecnológico, a produção cultural através do livro terá que continuar buscando alternativas para se manter.

Apesar de tudo, a leitura continuará fascinando o homem. E convenhamos, nada substituirá a intimidade que se estabelece entre o leitor e a obra escolhida para ser decifrada, digerida... Nada substituirá a emoção e a curiosidade que a leitura proporciona, seja física ou virtual.

Sei de pessoas que eram refratárias à leitura e que depois da primeira experiência se tornaram leitoras frequentes. É questão de começar para ver a vida melhorar. 

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita