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por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

 

Nada é em vão, tudo vem para ensinar...

 

Ninguém é suficientemente perfeito, que não possa aprender com o outro, e ninguém é totalmente destituído de valores que não possa ensinar algo ao seu irmão. Francisco de Assis

 

Verdade verdadeira a mensagem que encabeça esse artigo, não é mesmo?

A vida na Terra é uma escola e aquele que acredita no Cristo a transforma em bênção de paz, serviço, amor ao próximo e busca do conhecimento. Já o ignorante, materialista, viciado (dependente químico que não aceita se tratar) vai encontrar no fim o hospital, a cadeia e prisão na própria consciência de não ter desenvolvido seus talentos concedidos pelo Pai Nosso.

Porém, a vida é imortal, temos a liberdade de escolhas e somos escravos delas, e um dia qualquer vamos amadurecer e nos conscientizar de nossa condição de filho de Deus e irmão dos anjos, e aquilo que fazíamos na nossa zona de conforto, que entristecia a nós e a todos, já não nos fará sofrer, pois compreenderemos nossa missão e nossa destinação.

Todos temos talentos para desenvolver aqui na Terra, estamos no lugar certo e com a melhor família de que precisávamos no momento de nossa existência no campo físico.

Estejamos convictos e firmes na direção de nossas metas, sabendo que nossos desejos, interesses e sentimentos criam nossos pensamentos e o desejo atrai e a determinação com a fé faz com que realizemos nossos objetivos.

Uma leitora nossa, na internet, escreveu pedindo uma orientação e depois disse que me autorizava usar como um artigo também.

Eis o diálogo que se deu:

“Olá, querido. Estou à procura de uma pessoa que queira criar uma amizade e que me auxilie.”

Pois não, quem é você? Descreva-se, conte um pouco de sua história, família, estudos, seus objetivos. Não dá para ser amigo de desconhecida.

“Eu sou uma adolescente que mora com a família e nós viemos do interior, meus pais viviam da agricultura (serviço braçal). E querem ter estabilidade e eu espero para meu futuro só coisas boas.”

Então eu contei-lhe minha experiência, dizendo que naturalmente temos três possibilidades de ter facilidade econômica, quando:

1ª. vir numa família rica, que tenha recursos, poder ou fama;

2ª. ser competente em alguma atividade como música, esportes, futebol, ciências ou

3ª. casar-se com alguém bem-sucedido e generoso.

Comigo aconteceu o contrário, eu queimei as três possibilidades:

1ª. vim de uma família sem escolaridade, meu pai semialfabetizado, minha mãe analfabeta e com mais nove irmãos, mas, muito generosos e instrutivos em minha vida, foram excelentes pais e irmãos;

2ª. a segunda chance é que não fui bom nas artes, na música, na pintura, no futebol, fui vender verdura, maçãs e raspadinha na rua, meus pais me obrigaram a estudar à noite e então cortei cana, apanhei algodão e carpi roça, era um boia-fria;

3ª. casei com uma excepcional mulher que quis ser espírita, mãe, e criarmos seis filhos; assim como eu ela não tinha recursos, tinha inteligência e bondade.

Finalizando o diálogo disse: as coisas boas acontecem quando procuramos.

O que me restou foi trabalhar e até hoje com 71 anos estou trabalhando no que gosto: ser editor de livros, principalmente os espíritas e escrever. Todo dia é uma nova batalha para conquistar a paz de consciência e a felicidade de fazer a vida de alguém melhor, porque somente assim eu serei melhor, serei o espelho onde refletirá aquilo que escrevo e faloNada é em vão, tudo vem para ensinar...

 

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é diretor da Gráfica e Editora EME.

 
 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita