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por Cláudio Bueno da Silva

 

Cada um é o que se faz


Particularmente, admiro as pessoas progressistas que conheço. Curiosamente, são bem humoradas e confiantes no futuro, duas características (dentre tantas) que me agradam e que acho fundamentais para o bem viver. Além disso, noto nelas a verdadeira preocupação com o próximo e isso para mim diz muito.

Ao interagir com o mundo as pessoas expressam o que são, expondo os traços do seu estágio intelectual, emocional, espiritual, enfim a sua personalidade.

A pessoa não é de um jeito ou de outro por acaso. Além da bagagem própria do seu Espírito, que na realidade constitui a sua história de vida, reflete os estímulos que recebe desde que nasce. O meio exerce fortíssima influência. As pessoas no seu entorno, o empenho educacional que recebe, e outras tantas questões darão a ela elementos para fazer suas escolhas com maior ou menor qualidade.

Há ainda um fator que se deve considerar no campo das influências. O espiritual. Os Espíritos não fazem escolhas e nem tomam decisões por nós, mas interagem o tempo todo conosco. Aqueles que aceitam esse fato, o levam em consideração na sua conduta, desde logo, “assim que se reconhecem por gente”.

Essas variáveis de influência afetam a todos, mas não da mesma maneira e intensidade. No fundo, o que mais revela o indivíduo são as predisposições que traz sedimentadas em si quando reencarna: o que já acumulou em experiência e aprendizado.  

Aí é que entra a função da vida na Terra: somar valores, ampliar conhecimento, aumentar a bagagem pessoal, melhorar o histórico de vida. Em suma, construir bem o próprio destino. Embora haja muitas vidas, muitas chances para isso, perder tempo agora que estamos aqui é um prejuízo enorme.

Fico observando como agem as pessoas amargas, mentirosas, que não conseguem se ocultar atrás da própria ignorância, ao contrário, parecem se orgulhar dela. Sinto piedade. Tenho certeza que se sentem infelizes, decepcionadas consigo mesmas, e que gostariam de conviver com pessoas mais preparadas, mais inteligentes, fraternas, de alto astral, mas por não compreendê-las e não se sentirem bem no seu convívio, agridem a sociedade.

Embora as exigências da vida de relação nos obriguem a conviver com a diversidade de caracteres, confesso, sem nenhum preconceito, que prefiro estar junto de pessoas educadas, amistosas, pacíficas, generosas, que valorizam a vida e o ser humano no que ele tem de melhor. 

 
 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita