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por Jorge Hessen

 

Deus: "A razão perfeita”


Todos nós trazemos na consciência um gigantesco espaço reservado para o Criador. São muitos, porém, aqueles que imaginam poder expulsá-Lo de suas vidas. A rigor, é como se Deus se deixasse mesmo expulsar, pois é imensurável seu respeito pelo nosso livre-arbítrio.

 Muito embora Ele continue ali mesmo, pois não há como dissociarmo-nos Dele, de vez que nada existe senão Nele, as coisas se passam como se O Senhor do Universo não existisse mesmo, pelo menos, ali, nos limites daquele espaço consciencial.

Ao enumerar pensadores de grande influência na sociedade, deparamos com uma certa coligação de intelectuais, arautos da tese anti-Deus a exemplo de Karl Marx para quem a religião era o ópio do povo; Sigmund Freud que considerava a fé uma manifestação de infantilismo, Friedrich Nietzsche que teve a ousadia de decretar a morte de Deus.

Certa vez nos foi enviado um e-mail peculiar, informando que em 1966, o cantor John Lennon teria dito: "Hoje, nós [Beatles] somos mais populares que Jesus Cristo [Deus]", na década de 80 caiu mortalmente sob o impacto de cinco tiros desferido por um fanático fã.

Ainda nos anos oitenta, em campanha presidencial, Tancredo Neves afirmou que se tivesse 500 votos do seu partido (PDS), nem Deus o tiraria da presidência da república. Os votos ele conseguiu, mas a cadeira presidencial lhe foi tirada um dia antes de tomar posse.

Cazuza, um cantor de rock, disse certa vez, em um show no Canecão, (Rio de Janeiro) após um trago em um cigarro de maconha, baforando a fumaça para cima: Deus essa é para você! Sem comentários!.........

Outro fato curioso foi quando o construtor de navio Titanic, apontado como o maior navio de passageiros da época, após sua construção ao ser lançado ao mar, uma repórter inglesa perguntou-lhe: "O seu navio é seguro?" Com ironia, respondeu: "Minha filha, nem se Deus quiser ele afunda o meu navio". Mais tarde a imprensa noticia o maior naufrágio de um navio de passageiros no mundo, o Titanic afundou na sua primeira viagem.

Outro fato marcante foi quando Marilyn Monroe, foi visitada por um cristão. Porém ela, depois de ouvir a mensagem do Evangelho, disse: "Não preciso do seu Deus". Uma semana depois foi encontrada morta em seu apartamento.

Não propomos analisar o tradicional Deus das religiões. Interessa-nos, sim, destruir o conceito de um Deus temível disposto a "castigar" conforme ideias profundamente enraizadas nos textos do Antigo Testamento. Ideias essas que foram incorporadas pela teologia cristã. E, ainda hoje muitos cristãos não se livraram desse e de outros conceitos de que bom cristão teria de ser temente a Deus.

Evidentemente, que os fatos expostos acima sugerem que devemos respeitar o Nosso Criador com mais inteligência, todavia, precisamos adotar uma consciência crítica e rejeitar os sectarismos, porque Deus nada tem a ver com as distorções das teses antropomórficas engendradas por ideologias religiosas que acabaram por remeter muitas pessoas ao ateísmo.

Atualmente pesquisadores que se prenderam ao materialismo, herdeiros diretos do atomismo de Demócrito, Leucipo e Lucrécio, zombam da fé ingênua e primitiva, escravizadas aos prosélitos dos religiosos destarte, tentam aniquilar histórica e emocionalmente a existência desse Deus teológico, por ser incompatível com a racionalidade acadêmica.

Por outro lado, o magistral Carl Gustav Jung num programa de televisão americana disse: eu não acredito em Deus, porque eu sei que ele existe!!! E, ainda Voltaire foi sábio quando afirmou que não acreditava nos deuses feitos pelos homens, mas, sim no Deus que fez o homem. Sócrates nominava Deus como "A razão perfeita" o seu discípulo Platão O designava por "Ideia do bem".

Ante os muitos debates históricos relembro, ainda, o neoplatonismo, com, Plotino, que propôs o renascimento do Panteísmo, fazendo o "Deus, o Uno Supremo". Aguça-se no contexto o ideário do monismo que recebe o apoio de Fichte, Hegel, Schelling e outros, enquanto larga faixa de pensadores e místicos religiosos empenhavam-se na sobrevivência do chamado Dualismo. Albert Einstein, o maior gênio científico do século XX confessou a um assistente que seu único interesse era descobrir se no instante da criação Deus teve escolha de fazer um universo diferente e, caso tenha tido opção, por que é que decidiu criar esse universo singular que conhecemos e não outro qualquer?

Atualmente com a ciência contemporânea poderemos até mesmo adentrar na intimidade da estrutura atômica, fotografar a célula e extasiar-nos ante a genética, mas não conseguiremos, sem prejuízos psíquicos e emocionais, deslocar a ideia de Deus em um milímetro de rota.

A certeza no Senhor da Vida representa claridade de um Sol que ilumina a mente humana, e, sem esse Sol Majestático no caminho da Terra perderíamos a esperança de uma vida saudável e feliz. Por fim nessas breves reflexões a respeito do Senhor da Vida, que rege a orquestra cósmica e tudo o que está muito além do Universo, encontramos o atestado lógico e cientificamente provado sobre a plenipotência de Deus quando concluímos que tudo aquilo que não é obra do homem, logicamente tem que ser obra de Deus, consoante elucidam os Espíritos desde 18 de abril de 1857.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita