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por Yé Gonçalves

 

Basta um olhar


Muitas das vezes, um olhar diz mais que trilhões de palavras. Pode tranquilizar corações. Pode ser uma oração, uma expressão poética, um alento. Pode até mesmo cessar uma guerra. O certo é que o olhar é manifestação da alma, das nossas intenções.

Basta um olhar para se iniciar uma grande amizade ou um grande amor. Basta um olhar para se dizer um “sim” ou um “não”, ou se estar em dúvidas.

Basta um olhar para que o dia nasça mais feliz; que o sol brilhe transbordando mais alegrias; que o jardim esteja mais florido; que a passarada e toda a bicharada estejam sempre em festa; que o luar e as estrelas sejam a fonte de inspiração para a continuidade dos versos e das prosas de um novo dia.

Basta um olhar para sentirmos a proposta da vida em nós; o aconchego da passagem da brisa em nossa casa; a leveza poética de um remanso ou de uma onda de mar; a tranquilidade de um balouçar de uma rede na varanda.

Basta um olhar para a linha do horizonte, para começar, ou recomeçar, a escrever um poema, uma crônica, um romance e/ou outras categorias literárias; compor uma canção; pintar uma tela, ou mesmo sair às ruas, rejuvenescer e reinventar um “modus vivendi”.

Basta um olhar para o exercício do perdão e do autoperdão; refazer os laços de convivência; construir um mundo melhor, onde a prioridade seja a igualdade social, o respeito, um ambiente de paz nos corações...

Para isso, precisamos cuidar dos nossos olhares, cuidando e valorizando as coisas da alma, aquelas que procedem do coração, porque, na vida, muitas decisões de melhoria e de progresso, principalmente moral, podem depender apenas de um modo de olhar.
 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita