Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

José Xavier decidiu ajudar o irmão, pois muitas pessoas o procuravam na Fazenda onde trabalhava causando-lhe constrangimentos. Os visitantes poderiam ser encaminhados à sapataria onde ele trabalhava. Conversaria com todos até a hora em que Chico Xavier saísse do serviço para atendê-los. Alguns doentes chegavam amarrados, arrastados pela família, para serem submetidos às sessões de desobsessão promovidas por Chico. José atendia os desesperados com educação e paciência.

Numa noite, Chico foi chamado às pressas pela família. José tinha desmaiado e estava mal. Quando chegou à casa do irmão, o médico lhe deu uma esperança: José vai voltar. A alegria durou segundos. Logo, ele ouviu um desconsolo de Emmanuel: “Ele vai voltar, mas não vai reconhecer ninguém. Consta de suas provas cármicas que ele deve ficar onze anos num hospício”.

Algumas horas se passaram e Chico viu, em volta da cama do irmão, um círculo de espíritos. Era uma assembleia. A explicação veio do amigo invisível: José conversou com tantos obsidiados estes anos todos... Vamos pedir ao Senhor que sua dedicação seja levada em consideração e, em vez de ficar todos esses anos alienado, ele desencarne já. Minutos depois, Chico foi surpreendido por outra visão: José se desprendeu do próprio corpo e, como uma cópia de si mesmo, se levantou e sumiu.

O velório foi constrangedor. João Cândido Xavier, pai de Chico, estava inconformado. Encarava as pessoas, muitas delas apenas em busca das receitas de Chico. 

 

Do livro As vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita