Cartas

Ano 16 - N° 790 - 18 de Setembro de 2022

De: Michele Vieira (Gravataí, RS)

Sábado, 10 de setembro de 2022 às 10:10:57

Assunto: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VI

Neste capítulo gostaria de entender melhor quem são "os deserdados da terra".

Obrigada.

Michele


Resposta do Editor:

O trecho do cap. VI d’ O Evangelho segundo o Espiritismo, a que se refere a leitora, diz o seguinte:

“O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu advento o Espírito de Verdade. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas fazendo compreender o que Jesus só disse por parábolas. Advertiu o Cristo: ‘Ouçam os que têm ouvidos para ouvir’. O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala sem figuras, nem alegorias; levanta o véu intencionalmente lançado sobre certos mistérios. Vem, finalmente, trazer a consolação suprema aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e fim útil a todas as dores.”

O vocábulo “deserdado” é um adjetivo que significa “privado de herança” e, em sentido figurado, “destituído de coisas ou qualidades que outros possuem”.

É neste último sentido que ele foi utilizado no texto acima. Por deserdados da Terra entendemos todos os que passam por privações materiais e dificuldades, geralmente a título de prova ou expiação, cuja causa o Espiritismo elucida com bastante clareza. Afinal, consoante aprendemos na doutrina espírita, a Terra é atualmente um mundo de provas e expiações, uma escola em que aprendemos realmente a viver e que nos ajuda a evoluir, no rumo da perfeição relativa a que estamos destinados. 

 

De: Eduardo Santos (Vila do Conde, Portugal)

Terça-feira, 13 de setembro de 2022 às 0:41:33

Assunto: “Transição planetária... Quando?” (artigo de Eurípedes Kühl)

Li o artigo citado em "O Consolador" sobre quando será a data programada de transição planetária da Terra e me veio a vontade de conversar um pouco sobre o assunto.

No artigo é informado que não há ainda uma data determinada para a transformação do nosso Planeta para situação de Regeneração. Porém eu discordo e gostaria de corrigir essa informação com base no livro psicografado “A Batalha dos Iluminados", de autoria de Osmar Barbosa, onde no capitulo "O último Sermão" lê-se sobre a realização de uma reunião, acredito que em 2017, ano de edição do livro, com Jesus Cristo, em uma das colônias espirituais. Onde nosso mestre declara portanto, com muita festa, o início dos trabalhos para transformar nosso planeta em um planeta de regeneração. O trabalho consiste na retirada dos Umbrais de todos os espíritos marcados para separação, marca na testa, colocando esses em uma área delimitada cercada, tipo um presidio, do qual ninguém poderá sair, onde posteriormente serão esses exilados para um outro planeta, inferior ao da Terra, acredito que Kiron. Sendo então não mais permitida a reencarnação dos espíritos considerados “atrasados” com tendências para o mal. A data de conclusão estimada dos trabalhos está para 2057. Nisso também, considero que a tal esperada vinda de Jesus à Terra para separação do Joio do trigo, foi realizada nessa reunião.

Abraços,

Eduardo


Resposta do Editor
:

Longe de nós pôr dúvida na seriedade da obra citada pelo leitor; contudo, ainda que as regiões espirituais que circundam o planeta fossem completamente esvaziadas e ali não mais houvesse Espíritos com tendência para o mal, não podemos ignorar que se encontram reencarnados atualmente em nosso planeta cerca de 7,8 bilhões de pessoas, número esse que, segundo estimativas oficiais, deverá chegar a 8 bilhões de habitantes em novembro próximo.

Como ninguém se modifica moralmente com um passe de mágica, é evidente que a conclusão do articulista Eurípedes Kühl é lógica e consentânea com a realidade do que vemos em nosso orbe, ou seja, a Terra será um dia um mundo de regeneração, mas isso demandará um longo tempo, cuja duração não é possível determinar, como o próprio Jesus alertou: Daquela hora ninguém sabe, só o Pai que está nos Céus”.

 

De: Editora Correio Fraterno (São Bernardo do Campo, SP)

Quarta-feira, 14 de setembro de 2022 às 09:36

Assunto: Homenagem ao professor Aécio Pereira Chagas

Olá! Bom dia!

Tudo bem com você? Espero que esteja!

O filósofo Silvio Chibeni faz uma homenagem ao amigo Aécio Chagas, professor aposentado da UNICAMP, que partiu agora em junho e que se destacou no meio espírita por seu trabalho para a conscientização sobre as verdadeiras bases da ciência espírita.

“Como erudito cientista e historiador da ciência que foi, Aécio percebeu claramente que as bases da verdadeira ciência espírita eram justamente aquelas estabelecidas por Allan Kardec, cabendo a nós construir sobre elas”, analisa Chibeni, que o considerou como “um verdadeiro homem de bem”.

É louvável a contribuição que Aécio Chagas deixa para a pesquisa espírita. Homenagem mais que merecida!

Leia agora: www.bit.ly/AecioChagas

Até a próxima,

Izabel Vitusso

 

De: Jornal do Pensador (João Pessoa, PB)

Segunda-feira, 12 de setembro de 2022 às 16:36

Assunto: Edição de setembro de 2022

Amigo, boa tarde.

Aí está nosso JP para leitura e compartilhamento nas suas redes sociais.

Confirme, por gentileza, o recebimento desta edição. Muito obrigado por sua colaboração.

Para acessar a edição de setembro, clique aqui: LINK JP

Uma ótima semana de trabalho e com a família. Cuide-se.

Carmem Paiva,

secretária da CEI Paraíba 

 

De: Luiz Carlos Formiga (Rio de Janeiro, RJ)

Segunda-feira, 12 de setembro de 2022 às 20:49

Assunto: Indriso: Divinas Criaturas

Divinas Criaturas. (1) 

Inicia-se o milênio da Espiritualidade. 

Uma educação para o homem integral. 

Maior valor terá a natureza espiritual. 

Nas relações familiares haverá solidariedade. 

Do encontro afetivo social surgirá a amizade. 

A sociedade caminhará nos braços da caridade. 

Com o conhecimento da alma imortal findarão os conflitos. 

O Mundo, finalmente, vai declarar: “Nossos Filhos São Espíritos”. 

Referências:

1. Criaturas Divinas - LINK 1 

2. Fé e cognição - LINK 2 

3. Leis Naturais. “Milagre” - LINK 3  

4. Há Espíritos? - LINK 4 

5. Música: Nossos Filhos São Espíritos. FEB. Vilma de Macedo Souza - LINK 5 

Abraços.

Luiz Carlos Formiga

 

De: Aécio Emmanuel César (Sete Lagoas, MG)

Quarta-feira, 14 de setembro de 2022 às 11:41

Assunto: Olho por olho...

Senhoras e Senhores.

Olho por olho... Lei de Causa e Efeito... Lei de Ação e Reação... Muita coisa existe nessas leis e que poucas pessoas as analisam no critério do merecimento de cada um de nós. Merecimento... Teria você algum quando reconhece que ainda tem pendências para com a Justiça Divina? Como seria esse reajuste? Através de revolta ou de aceitação? Como reconhecer réu se não sabemos a causa dos nossos erros? O véu do esquecimento se nos apaga temporariamente as pendengas com o Criador, mas como reformar-nos se não sabemos do por que estamos em um mundo de sofrimentos onde eu como você são as causas do descontrole, do desequilíbri o, da loucura? Será que o meio em que vivemos ante as circunstâncias da vida é mero ensaio do por que passamos por certos desconfortos? Muitas perguntas não é mesmo? Mas vamos tentar respondê-las a contento.

No capítulo VIII do livro “Libertação”, narrado por André Luiz através da mediunidade de Chico Xavier, vamos encontrar a equipe de Gúbio em audiência com Gregório. Foi explicado a preocupação da mãe deste, mas não surtiu o efeito desejado. Agora Gúbio dá a sua cartada final: Margarida. Ela está sentenciada a morte por ordens dele. Está agindo segundo as leis que credita, acredita e obedece fielmente. E em uma das suas citações diz a Gúbio contrafeito: “Quem lavra sentenças, despreza a renúncia”. É o julgamento curto e grosso. Somos quais juízes das so mbras onde sempre queremos ter razão, mas essa, está longe de um próspero entendimento. Renúncia, então, nem pensar. Muitos de nós apontamos os dedos nas feridas do próximo, olvidando que essas mesmas feridas se nos causam um verdadeiro martirológico de lágrimas e de dores internas que somente nós sabemos.

Seguindo a conversa outra citação do hierofante das sombras: “Entre os que defendem a ordem, o perdão é desconhecido”. Muitos de nós assumimos essa posição, não de homens de bem, mas de julgadores que em nada o direcionam à razão mais translúcida. Ordem... que nada. Perdão... Imagina, jamais, pensamos às vezes. O pior disso tudo é que temos conhecimento hoje dos prós e contra de praticar ou não a Caridade uns com os outros. Mesmo assim pensando, nos fere o orgulho que com o seu cabresto nos direciona os pensamentos à servidão espiritual, onde as algemas – por ora invisíveis – se nos aprisionam no catre da obediência imposta.

E para formalizar esse meu raciocínio da semana, vamos ver outra citação: “Determinavam os legisladores da Bíblia que os arestos se baseassem no princípio da troca: “olho por olho, dente por dente”. Gregório estava cumprindo a lei dos legisladores sobre Margarida diante das falhas que ela ainda tinha para com a justiça que era cumprida a ferro e fogo.

Interessante o termo que ele usou para com essa lei – princípio da troca. O que seria para você? Saberia distinguir entre merecimento e cumplicidade numa terra onde a Lei da impunidade joga com as nossas santas esperanças? Quem está errado aqui: quem faz cumprir sentenças ou os condenados reconhecendo que realmente erraram? Como restaurar o equilíbrio emocional se a nossa moral está em frangalhos? É justo, pois, pagarmos à altura? Quem semeia ventos, colhe tempestades, não é mesmo? O mal, em si, tem muitas variantes, onde a nossa consciência determinará nossa tábua de salvação através de um ato de Caridade. Pagar o mal com o bem. Outra lei sábia, mas incompreendida por todos nós. Na grande maioria das vezes não conseguimos dar a outra face diante de palavras ofensivas dos nossos inimigos. E a Lei dos magistrados vem a galope.

Gúbio nessa conversa com Gregório desejava ver a possibilidade deste reencarnar sendo filho de Margarida. Não seria a vontade dele diante desse intento. Creio que tanto um como a outra subjugaram o mal nas suas entrelinhas. E o mais acertado diante das Leis Divinas seria um encontro não só corpo a corpo, mas de alma com alma para que essas diferenças se dissipassem entre os dois. Todos nós estamos assumindo compromissos inadiáveis para com a Justiça do Eterno. Na hora certa iremos pagá-los indiferentes ou conscientes a ela.

Margarida estava assessorada por sessenta entidades a mando de Gregório sob a supervisão de duro perseguidor. Seria o preço do mal praticado por ela? Seria torturada como ela o torturou? Tal é a Lei imposta. Olho por olho, dente por dente. Ação e Reação. Causa e efeito. São leis independentes do significado que damos a elas. O acaso não existe. Sempre digo isso nas minhas matérias. Tudo está em equilíbrio até mesmo em pleno caos. Em tudo existe uma explicação, às vezes envolvida em pontos de vista, em teses, dissertações que sempre levam a polêmicas descabidas. Criar polêmicas é par a quem tem dúvidas, receios, melindres, medo de algo ou alguma coisa que venha ferir seus supostos conhecimentos. Quem estaria, pois, certo nessa história? Eu, você ou aqueles que indiretamente fazem parte da nossa história?

Gúbio diante de Gregório pede para fazer parte da falange que estava levando à morte Margarida. Ele por sua vez, fez igual Pilatos. Lavou as mãos. Independentemente do que iria acontecer infiltrando, nela, a equipe de Gúbio, estava ele extremamente indiferente à libertação da sua rival. Mas não a livraria tão fácil em momento algum do seu decreto de morte. Mas... Quantos de nós julgamos senhores das ações principalmente quando falhas sensoriais do próximo, aplicam em nós o antídoto do desespero e da loucura? Quem somos realmente? Estaremos agindo certo? Não digo diante dos nossos posicionamentos acerca da vida que levamos, mas aquela outra, a Vida Eterna que não nos apagará as amarras com que ainda estamos aprisionados tanto com o passado quanto para com aqueles ligados direta e indiretamente, que, querendo ou não, fazem parte do nosso séquito de amarguras ou alegrias.

Ah!!! Quantas dúvidas, não? Quantos descalabros de sentimentos contrários ao que realmente nos interessa! Quantos pensamentos tresloucados que não sabemos ao certo serem nossos ou não, se certos, errados ou duvidosos! O que faz a mente em estado de colapso quando empreendemos fuga de nós mesmos caindo nas garras de leis antagônicas, mas presentes em nossas existências? Por que a rebeldia? Por que ignoráramos os Mandamentos do Senhor como sendo nossa carta de alforria para a liberdade espiritual? Que sentido ainda temos no culto de adoração já sabendo que Deus é um Pai Misericordioso e Justo que envia Seus mensageiros no alívio e na paz quando que merecedores das Suas graças? Por que desgraçamos nosso destino com sentenças incriminatórias olvidando realmente quem é o réu nesse julgamento? Olho por olho... ou seja, livra-se do mal conhecendo suas fraquezas... Dente por dente... ou seja, mal com o mal se paga com o próprio mal destilado em circunstâncias em que o nosso entendimento ainda não está bastante maduro para entender certas cogitações bíblicas. Valeria aqui o esforço? Esse desiderato?

Estamos presos a tradições que impede-nos retirar o véu da idolatria. Estamos subjugados às Leis Divinas que sabemos bem pouco como elas realmente funcionam. Diante delas e com elas, estamos no jardim de infância. Temos, assim, um caminho muito diversificado entre sombras e luz, entre o bem e o mal, entre ser o carrasco ou nos tornarmos as vítimas ou vice-versa. Na verdade, temos tudo a nosso favor independente do que cremos ou não. A fé consubstancia nossa cristandade sempre. E a Caridade será nossa cruz da salvação no Gólgota da renunciação. Salve réprobos da Criação que através de sofrimentos acerbos virá a liber dade! Salve os cristãos da Boa Nova que são raros, mas que estão na lida, a maioria anônimos. Eu os saúdo.

Comigo nessa comiseração, Leitor Amigo?

Aécio

 


 
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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita