Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

Alguns companheiros conversavam furiosamente, em Pedro Leopoldo, sobre certo político:

— A coisa devia ser assim.

— Devia ser de certo modo.

— O homem era a perversidade em pessoa.

— Prometera isso e fizera aquilo.

Um dos irmãos dirigiu-se ao médium e perguntou:

— Que diz você, Chico? Temos alguma referência dos Amigos Espirituais sobre o caso?

O interpelado pretendia responder, mas no justo momento em que ia emitir a sua opinião, ouviu a voz de Emmanuel sussurrar-lhe, segura, aos ouvidos:

— Cale a sua boca. Você nada tem a ver com isso.

O médium ruborizou-se e o grupo, em torno, verificou que o Chico não conseguia responder, apesar do desejo de externar-se. Alguém ponderou que ele deveria estar mal e rodearam-no, em oração, dando-lhe passes. A reunião dispersou-se.

Não foram poucos os que, estranhando o caso, afirmaram em surdina que o Chico parecia francamente um pobre obsidiado. Mas o fato é que a sombra da maledicência não lhe penetrou o espírito e nem o prejudicou, por isso, o clima de elevação, fruto de jejum e oração, em que vivia. Caso digno de ser seguido por todos que zelam pela vitória de seu dia, policiando o que lhes sai dos lábios...

 

Do livro Lindos casos de Chico Xavier, de Ramiro Gama.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita