Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

Em 1935, Felizardo não teve dinheiro para pagar os impostos do segundo semestre, o armazém faliu e o ex-caixeiro entrou para o quadro de funcionários da Inspetoria como escrevente-datilógrafo. Em vez de servir cachaça, ele escreveria relatórios sobre os bois, cavalos e jumentos puro-sangue criados na fazenda do governo e emprestados, para reprodução, a fazendeiros cadastrados no Ministério da Agricultura. Em pouco tempo, seria um especialista em gado zebu.

No escritório, ele encontrou outro "guia", este de carne e osso, disposto a domar com boas chibatadas seus instintos de "besta espírita". O administrador da fazenda, o engenheiro agrônomo Rômulo Joviano, mantinha o rapaz no cabresto. Espírita de carteirinha, ele não só acompanhava de perto os relatórios do empregado como também supervisionava seus "textos do além" e acompanhava as sessões do Centro Luiz Gonzaga, do qual se tornaria presidente. Só era distraído mesmo para promoções, aumentos e folgas.


Do livro As vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior.



 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita