Estudando as obras
de André Luiz

por Ana Moraes

 
Opinião Espírita
(Parte 6)
 

Damos continuidade nesta edição ao estudo sequencial do livro Opinião Espírita, obra lançada pela FEB em 1963, com textos de autoria de Emmanuel e André Luiz, psicografados, respectivamente, pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.


Questões preliminares


A. Nosso futuro depende do que fazemos hoje?

Sim. Diz André Luiz que muita gente renasce de novo para passar a limpo a garatuja dos próprios atos. Depende de cada um fazer das nuvens provações, chuvas benfeitoras da vida ou raios destruidores de morte. (Opinião Espírita, cap. 19: O espírito do Espiritismo.)

B. Às pessoas que estão sempre pedindo, suplicando, rogando ajuda, qual o recado de André Luiz?

O recado é simples e direto. Não basta rogar sem méritos do trabalho pessoal, porquanto ninguém transforma as mãos implorantes em gazuas para abrir as portas dos celeiros espirituais. (Opinião Espírita, cap. 19: O espírito do Espiritismo.)

C. Simbolicamente, o amor é o coração do Evangelho. Nesse mesmo sentido, qual é o espírito do Espiritismo?

É preciso que nos armemos de confiança e saiamos de nós mesmos, servindo às vidas em derredor. O amor é o coração do Evangelho e o espírito do Espiritismo chama-se caridade. (Opinião Espírita, cap. 19: O espírito do Espiritismo.)


Texto para leitura


111. O espírito do Espiritismo – Consciência individual – eis o oráculo do bom senso ante a justiça inseduzível de Deus. Não nos satisfaça atender simplesmente aos nossos deveres, porém que abracemos espontaneamente a obrigação de cumpri-los com êxito. (Opinião Espírita, cap. 19: O espírito do Espiritismo.)

112. Não descreias de tua força interior. Não te sintas incapaz, porque tanto estás habilitado a fazer o mal quanto o bem, lembrando que a chama da vela tanto pode estar aquecendo e iluminando, quanto incendiando e destruindo... (Opinião Espírita, cap. 19: O espírito do Espiritismo.)

113. Sobre a ênfase das palavras cativantes, avança além dos lugares-comuns em torno da beneficência, praticando-a com a precisa fidelidade a ti mesmo. (Opinião Espírita, cap. 19: O espírito do Espiritismo.)

114. As Leis do Criador, imutáveis desde o passado sem início até o futuro sem fim, prescrevem o clima do auxílio mútuo por ambiente ideal das almas em qualquer páramo do Universo. Quem beneficia recebe o maior quinhão do benefício. Todo supérfluo é retido nos laços do egoísmo ou da ignorância. (Opinião Espírita, cap. 19: O espírito do Espiritismo.)

115. Reconheçamos que muita gente renasce de novo para passar a limpo a garatuja dos próprios atos. Depende de cada um fazer das nuvens provações, chuvas benfeitoras da vida ou raios destruidores de morte. (Opinião Espírita, cap. 19: O espírito do Espiritismo.)

116. Não basta rogar sem méritos do trabalho pessoal, porquanto ninguém transforma as mãos implorantes em gazuas para abrir as portas dos celeiros espirituais. (Opinião Espírita, cap. 19: O espírito do Espiritismo.)

117. As lágrimas tanto conseguem exprimir orações quanto blasfêmias. O silêncio na tarefa mais apagada surge sempre muito mais expressivo que o queixume na inutilidade brilhante. (Opinião Espírita, cap. 19: O espírito do Espiritismo.)

118. O raciocínio descobre a vizinhança entre a fé e o entendimento e a distância entre a fé e o fanatismo. Os homens não são fantoches do destino e sim construtores dele. (Opinião Espírita, cap. 19: O espírito do Espiritismo.)

119. Arma-te de confiança e sai de ti mesmo, servindo às vidas em derredor. O amor é o coração do Evangelho e o espírito do Espiritismo chama-se caridade. (Opinião Espírita, cap. 19: O espírito do Espiritismo.)

120. Na conduta de Cristo – Basta desejar e qualquer um poderá comprovar nos versículos evangélicos que, nos três anos de vida messiânica, Jesus:

Em tempo algum duvidou do Pai;

Nenhuma vez operou em proveito próprio;

Não recusou a cooperação dos trabalhadores menos respeitáveis que as circunstâncias lhe ofereciam;

Jamais deixou de atender às solicitações produtivas e nem chegou a relacionar as requisições irrefletidas que lhe deram endereçadas;

Não discriminou pessoas ou recintos para prestação de auxílio;

Nada fez de inútil;

Nada fugiu de regular o ensinamento da verdade conforme a capacidade de assimilação dos ouvintes;

Nunca foi apressado;

Nada fez em troca de recompensa alguma, nem mesmo na expectativa de considerações quaisquer. (Opinião Espírita, cap. 21: Na conduta de Cristo.)

121. Realmente, se Jesus não fez isso, por que faremos? (Opinião Espírita, cap. 21: Na conduta de Cristo.)

122. Aplicada a conduta de Cristo à mediunidade, compreenderemos facilmente que, se possuímos a fé raciocinada, é impossível vacilar em matéria de confiança no auxílio espiritual; que tarefeiro a deslocar-se para ações de benefício próprio figura-se lâmpada que enunciasse o despropósito de acreditar-se brilhante sem o suprimento da usina; que devemos atender às petições de concurso fraterno que nos sejam encaminhadas dentro dos nossos recursos, sem a presunção de tudo saber e fazer, quando o próprio sol não pode substituir o trabalho de uma vela, chamada a servir no recesso da furna; que o aprendiz da sabedoria interessado em carregar inutilidades e posses estéreis lembra um pássaro que ambicionasse planar nos céus, repletando a barriga com grãos de ouro. (Opinião Espírita, cap. 21: Na conduta de Cristo.)

123. Na mediunidade com Cristo, principalmente, faz-se preciso reconhecer que a pressa não ajuda a ninguém, que ele, o Mestre, nada exigiu e nada fez a toque de força, e nem transformou situações ou criaturas, através de empresas milagrosas, porque todo trabalhador sem paciência assemelha-se ao cultivador dementado que arrancasse, diariamente, do seio da terra, a semente viva, nela depositada, para verificar se já germinou. (Opinião Espírita, cap. 21: Na conduta de Cristo.) (Continua no próximo número.)  


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita