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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 476 - 31 de Julho de 2016

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 


Flertar com Jesus


Nem sei mais se essa mocidade de hoje utiliza-se dessa palavra ou age de acordo com o seu significado que é o de namorar de maneira superficial. Na minha mocidade, que já se foi há muito tempo, isso acontecia. Confesso que antes de empregá-la recorri ao dicionário e ela, ainda por lá, sobrevive.

Mas vamos ao que interessa porque você deve estar achando estranho o termo utilizado: flertar com Jesus. Sou capaz de apostar que você nunca o viu empregado em relação ao nosso Mestre e Senhor. Adianto-lhe que não vai aqui nenhum desrespeito e você comprovará isso assim que revelar meu modo de entender nosso relacionamento com Ele.

Primeiro, vamos a uma pergunta: você é capaz de citar alguns amigos de Jesus? Permitam-me citar alguns deles. Evidentemente existem muitos outros que cada um poderia enumerar de acordo com as suas lembranças. Eis alguns: Albert Schweitzer, Francisco de Assis, Allan Kardec, Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce, Jan Huss, Chico Xavier, apenas para nomear poucos.

Qual o fator comum a esses amigos de Jesus? A entrega de suas vidas em nome do amor a serviço de seus semelhantes por amor a Ele. Pelo menos no meu ponto de vista enxergo dessa maneira lembrando o evangelho de João, 15:14, onde encontramos a seguinte colocação: Vós sois meus amigos se fizerdes o que eu vos mando. – Jesus.

Entre aqueles poucos que citei e existem muitos outros felizmente, reconhecemos essa atitude de dar cumprimento a essa recomendação Dele.

Existem muitos verdugos, tiranos, conquistadores brutais, que também tiveram um séquito que fazia exatamente o que esses comandantes do egoísmo, do orgulho e da vaidade pessoal ordenavam disseminando o ódio, a guerra, a orfandade, a viuvez e o desespero por onde passavam.

E é exatamente aí que se inicia a profunda diferença entre as recomendações de Jesus que vinham na forma de convites amorosos para exercitar o amor em favor do próximo e as ordens dos representantes da violência que avassalaram o mundo e desapareceram na poeira dos séculos, enquanto Ele permanece até hoje dividindo o tempo em antes e depois Dele.

Emmanuel, no livro Palavras De Vida Eterna, capítulo 174, nos ensina o seguinte: Cristo, porém, dispõe de amigos reais, que se multiplicam em todas as regiões do planeta terrestre, à medida que os séculos se lhe sobrepõem à crucificação. E esses amigos que existem, no seio de todas as filosofias e crenças, não se distinguem tão só por legendas exteriores, mas, acima de tudo, porque se associam a Ele, em espírito e verdade, entendendo-lhe as lições e praticando-lhe os ensinos.

O que pesa de maneira marcante é exatamente a última condição: praticando-lhe os ensinos! Pelo menos para mim é assim. Por isso mesmo julguei mais honesto da minha parte considerar-me alguém que atualmente flerta com Jesus sem a ousadia de considerar-me amigo Dele por enquanto.

Não tenho nenhuma dúvida de que Ele me espera de braços abertos para um dia abraçar-me na condição de amigo. Mas por hora, inclusive por uma questão de respeito para com Ele, prefiro ficar nessa condição de estar flertando com a Sua figura de Modelo e Guia da humanidade.

Se Chico Xavier que se considerava um cisco, embora não o fosse, apesar da obra gigantesca que realizou no campo do amor, negava que tivesse sequer visto a figura augusta do Senhor nas diversas ocasiões da sua história pessoal de vida através da jornada evolutiva, como posso eu atrever-me a almejar a posição de amigo Dele?

Por isso, ainda flerto com Ele, observo de longe a sua presença para que as minhas imperfeições não maculem sequer a sombra da Sua figura inimaginável por nós no atual momento evolutivo em que nos encontramos, respeitando as ressalvas dos companheiros que já ultrapassaram essa condição evolutiva.

Que os amigos de Jesus continuem auxiliando-me para que um dia eu possa fazer parte desse círculo de amizades que se amplia conforme o desejo e a vontade do Criador e do próprio Cristo.

Que seja assim, portanto. Até lá, então!
 

 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita