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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 31 - 16 de Novembro de 2007

LEONARDO MACHADO
leo@leonardomachado.com.br e www.leonardomachado.com.br
Recife, Pernambuco (Brasil)

Entre a religião e a ciência

“A ciência e a religião são as duas forças da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral.” (1) 

Escrevendo esta passagem em 1864, tinha inteira razão Allan Kardec ao afirmar a complementaridade dessas duas grandes forças do pensamento humano. Isso porque uma visão limitada da vida traz como conseqüência noções estreitas sobre a essência do ser e do universo. E, desta forma, não se consegue obter uma mais perfeita harmonia no existir.  

Acreditar que se consegue saber tudo apenas com as revelações religiosas, ou somente com as descobertas científicas, é por demais ingênuo. Além disso, pode ser também perigoso quando, inchando-se em orgulho, admite-se ser o detentor de toda a verdade.  

As experiências da Idade Média e do século XIX, justamente no momento no qual o ínclito codificador propôs corajosamente uma nova ordem, mostraram à humanidade que o radicalismo separativista pendendo exclusivamente para um destes dois lados é até capaz de gerar um certo e aparente desenvolvimento no primeiro, porém, gerando estagnação, revolta e absurdos logo depois.  

Felizmente, porém, cada vez mais, esta aliança entre a ciência e a religião, entrevista pelo eminente pensador francês, vem-se tornando indispensável para um real desenvolvimento humano. Quanto mais se descobre na física quântica, mais se aproxima dos conceitos religiosos multimilenares. E, na medida em que antigas religiões se vão abrindo para as contribuições científicas, as angústias e as dúvidas dos indivíduos vão sendo solucionadas de modo mais abrangente.  

Tinha razão, pois, Albert Einstein ao afirmar que “a ciência sem a religião é paralítica (lahm) a religião sem a ciência é cega (blind)”. (2) Isto porque, para um real crescimento, uma precisa da outra, uma complementa a outra, e tendo um mesmo princípio, que é Deus, não podem, se verdadeiras, contradizer-se. (3)  

Por isso mesmo, em nosso desenvolvimento não podemos ignorar a ajuda que estas duas alavancas da sabedoria humana têm a nos oferecer. Tão indispensável quanto desbravar, em nossos dias juvenis, as leis do mundo material, é aprendermos a desenvolver aquelas do campo moral.  

Observa o mundo ao teu redor e verifica quantas atrocidades são, e já foram cometidas em nome do radicalismo científico-materialista e/ou religioso-fanático. Olha, igualmente, as quedas daqueles, ao teu redor, que se não apóiam nestas duas muletas. E, assim, verifica como é importante o estudo científico, mas, também, como é urgente um retorno à religiosidade.  

Permaneçamos, portanto, no caminho do meio do equilíbrio, não ignorando que “a ciência, é verdade, incha, mas a caridade edifica” e que “quem se ufana de seu saber, nem sequer sabe de que modo convém saber”. (4) 

Bibliografia:  

(1) Kardec, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 124 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. Cap. I, ponto 8, p.62.

(2) Rohden, Huberto. Einstein – o enigma do universo. 8 ed. São Paulo: Editora Martin Claret, 2004, parte 3, p. 151.

(3) Kardec, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 124. ed. Rio de Janeiro : FEB, 2004. Cap. I, ponto 8, p.62.

(4) 1ª. Espístola de Paulo aos Coríntios, 8:1 e 2.
 


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