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Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 26 - 12 de Outubro de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Missionários da Luz
André Luiz
(2a Parte)

Continuamos nesta edição o estudo da obra Missionários da Luz,  de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira, a qual integra a série iniciada com o livro Nosso Lar.  

Questões preliminares

A. Por que os socorros magnéticos dispensados aos desencarnados são mais frutíferos?

R.: Os esforços são mais frutíferos no círculo dos desencarnados infelizes porque os encarnados, mesmo os que se interessam pela prática espírita, raramente se dispõem, com sinceridade real, ao aproveitamento dos valores da cooperação dos Espíritos. É muito lenta a transição entre a animalidade grosseira e a espiritualidade superior. Entre os homens há sempre um oceano de palavras e algumas gotas de ação. Ninguém, contudo, pode trair a lei impunemente, e, para subir, Espírito algum dispensará o esforço de si mesmo no aprimoramento íntimo. (Missionários da Luz, cap. 3, págs. 26 a 28.)

B. A prática sexual pode interferir no desenvolvimento da função mediúnica?

R.: No caso do sexo atormentado, sim. A sede febril de prazeres inferiores produz bacilos psíquicos da tortura sexual. Na falta de terminologia própria, os Espíritos chamam-nos de larvas, larvas cultivadas não só pela incontinência no domínio das emoções próprias, através de experiências sexuais variadas, como também pelo contato com entidades grosseiras, afinadas com o indivíduo atormentado, as quais o visitam com freqüência, como imperceptíveis vampiros. O corpo físico é leve sombra do corpo perispiritual e a prudência, em matéria de sexo, é equilíbrio da vida. Muitos imaginam, erroneamente, que o sexo nada tem que ver com espiritualidade, como se esta não fosse a existência em si. Esse tem sido o erro de todos os religiosos que supõem a alma absolutamente separada do corpo, quando todas as manifestações psicofísicas se derivam da influenciação espiritual. (Obra citada, cap. 3, págs. 28 e 29.)

C. A ingestão de álcool é compatível com a atividade mediúnica?

R.: É evidente que não. Além de todos os males conhecidos decorrentes do alcoolismo, a ingestão de álcool torna o indivíduo completamente desviado em seus centros de equilíbrio vital. O sistema endocrínico é atingido pela atuação tóxica. Inutilmente a medula trabalha para melhorar os valores da circulação e em vão esforçam-se os centros genitais para ordenar as funções que lhes estão afetas, porque o álcool excessivo determina modificações deprimentes na própria cromatina, substância existente no núcleo das células. A atividade mediúnica acarreta desgaste e, por isso, requer equilíbrio do corpo e da mente. (Obra citada, cap. 3, págs. 29 a 31.)

D. A mediunidade é faculdade exclusiva dos chamados médiuns?

R.: Não. O Espiritismo cristão é a revivescência do Evangelho de Jesus, e a mediunidade constitui um de seus fundamentos vivos. Ela não é, porém, exclusiva dos chamados "médiuns". Todas as pessoas a possuem, porquanto significa recepção espiritual, que deve ser incentivada em nós mesmos. Não basta, porém, perceber; é imprescindível santificar essa faculdade, convertendo-a no ministério ativo do bem. A maioria dos candidatos ao desenvolvimento mediúnico não se dispõe, contudo, aos serviços preliminares de limpeza do vaso respectivo. Dividem a matéria e o espírito, localizando-os em campos opostos, quando os próprios Espíritos ainda não conseguiram identificar rigorosamente as fronteiras entre uma e outro. (Obra citada, cap. 3, págs. 32 a 34.)

Texto para leitura

9. Importância da renúncia - Segregando "unidades-força", a epífise é comparável a poderosa usina, que deve ser aproveitada e controlada no serviço de iluminação, refinamento e benefício da personalidade, e não relaxada em gasto excessivo do suprimento psíquico, nas emoções de baixa classe. Refocilar-se no charco das sensações inferiores é retê-la nas correntes tóxicas dos desvarios de natureza animal e, com o dispêndio excessivo de energias sutis, dificilmente consegue o homem levantar-se do mergulho terrível nas sombras, mergulho que se prolonga além da morte corporal. É, pois, indispensável cuidar atentamente da economia de forças, no serviço honesto de desenvolvimento das faculdades superiores. Os materialistas, percebendo de longe tais realidades, fomentaram a prática do esporte no sentido de preservar a juventude, a plástica e a eugenia. Contra os perigos possíveis, na excessiva acumulação de forças nervosas, como são chamadas as secreções elétricas da epífise, aconselham os jovens a usar o remo, a bola, o salto, as corridas, preservando-se, desse modo, os valores orgânicos, legítimos e normais, para as funções da hereditariedade. A medida, embora satisfaça em parte, é, porém, incompleta e defeituosa, porque só visa ao corpo. É preciso preservar as energias psíquicas para engrandecimento do Espírito eterno. Jesus ensinou a virtude como esporte da alma. Daí a importância da renúncia e a grandeza da lei de elevação pelo sacrifício. O homem que pratica verdadeiramente o bem, vive no seio de vibrações construtivas e santificantes da gratidão, da felicidade e da alegria. Não é isso simples teoria. É princípio científico, sem cuja aplicação não se liberta a alma viciada nas zonas mais baixas da Natureza. (Cap. 2, págs. 23 a 25)  

10. Desenvolvimento mediúnico - Antes da chegada dos companheiros encarnados, já se fazia muito grande a movimentação na Casa espírita, onde socorros magnéticos eram dispensados a entidades sofredoras, ali reunidas em grande número. Os esforços eram mais frutíferos, porém, no círculo dos desencarnados infelizes, porquanto os encarnados, mesmo os que se interessam pela prática espírita, raramente se dispõem, com sinceridade real, ao aproveitamento dos valores da cooperação dos Espíritos. É muito lenta a transição entre a animalidade grosseira e a espiritualidade superior. Entre os homens há sempre um oceano de palavras e algumas gotas de ação. As conversas entre os trabalhadores encarnados comprovavam essa tese. Um rapaz que tentava a psicografia já estava desanimado com a falta de mensagens. Uma senhora dizia sentir vibrações espirituais intensas junto dela, mas não passava das manifestações iniciais. Quando o diretor da reunião fez a prece, dezoito pessoas encarnadas estavam no recinto. Alexandre explicou, então, que quase todos eles confundiam poderes psíquicos com funções fisiológicas. Acreditando no mecanismo absoluto da realização, aguardavam o progresso eventual e problemático, esquecidos de que toda edificação da alma requer disciplina, educação, esforço e perseverança. Mediunidade construtiva é a língua de fogo do Espírito Santo, luz divina para a qual é preciso conservar o pavio do amor cristão, o azeite da boa vontade pura. Sem a preparação necessária, a excursão mediúnica é, quase sempre, uma viagem nos círculos de sombra. Ninguém pode trair a lei impunemente, e, para subir, Espírito algum dispensará o esforço de si mesmo no aprimoramento íntimo. (Cap. 3, págs. 26 a 28)  

11. Tormentos do sexo - André Luiz foi convidado a examinar o rapaz que tentava, sem êxito, a psicografia. Os núcleos glandulares emitiam pálidas irradiações. A epífise semelhava-se a reduzida semente algo luminosa. No aparelho genital, as glândulas geradoras emitiam fraquíssima luminosidade, que parecia abafada por aluviões de corpúsculos negros, de extrema mobilidade. Desde a bexiga urinária, vibravam ao longo do cordão espermático, formando colônias compactas nas vesículas seminais, na próstata, nas massas mucosas da uretra, invadiam os canais seminíferos e lutavam com as células sexuais, aniquilando-as. As mais vigorosas daquelas feras microscópicas situavam-se no epidídimo, onde absorviam, famélicas, os embriões delicados da vida orgânica. Pareciam imantados uns aos outros, na mesma faina de destruição. Eram bacilos psíquicos da tortura sexual, produzidos pela sede febril de prazeres inferiores. Os Espíritos, na falta de terminologia própria, chamam-nos de larvas, larvas essas cultivadas pelo rapaz, não apenas pela incontinência no domínio das emoções próprias, através de experiências sexuais variadas, como também pelo contato com entidades grosseiras, afinadas com suas predileções e que o visitavam com freqüência, como imperceptíveis vampiros. O rapaz, apesar de espírita iniciante, não sabia que o corpo físico é leve sombra do corpo perispiritual e que a prudência, em matéria de sexo, é equilíbrio da vida. Julgava que o sexo nada tem que ver com espiritualidade, como se esta não fosse a existência em si. Seu erro é o de todos os religiosos que supõem a alma absolutamente separada do corpo, quando todas as manifestações psicofísicas se derivam da influenciação espiritual. (Cap. 3, págs. 28 e 29)  

12. Uso de alcoólicos - André examinou, em seguida, um cavalheiro já maduro que também tentava a psicografia. Havia nele um odor característico. A atmosfera em derredor do rosto não era agradável. Seu corpo parecia um tonel de cujo interior escapavam certos vapores muito leves, mas incessantes. Era visível sua dificuldade para sustentar o pensamento com relativa calma. O candidato a médium usava alcoólicos em quantidade regular. O aparelho gastrintestinal parecia ensopado em aguardente, porquanto essa substância invadia todos os escaninhos do estômago. O fígado estava enorme. Pequeninas figuras horripilantes postavam-se, vorazes, ao longo da veia porta, lutando desesperadamente com os elementos sangüíneos mais novos. A estrutura do órgão se mantinha alterada, com considerável aumento de volume. Alexandre explicou então que os alcoólicos aniquilavam aquele homem vagarosamente. Ele permanecia completamente desviado em seus centros de equilíbrio vital. Todo o sistema endocrínico fora atingido pela atuação tóxica. Inutilmente a medula trabalhava para melhorar os valores da circulação e em vão esforçavam-se os centros genitais para ordenar as funções que lhes estão afetas, porque o álcool excessivo determina modificações deprimentes na própria cromatina, substância existente no núcleo das células. Rins e pâncreas também sofriam a ação corrosiva do álcool. Larvas destruidoras exterminavam as células hepáticas e, não fossem as glândulas sudoríparas, talvez o homem já houvesse desencarnado. (Cap. 3, págs. 29 a 31)  

13. A febre da gula - O exame recaía agora numa senhora simpática e idosa, candidata à mediunidade de incorporação. Fraquíssima luz emanava de sua organização mental e, desde o primeiro momento, notavam-se suas deformações físicas. O estômago estava dilatado horrivelmente e os intestinos pareciam sofrer estranhas alterações, a exemplo do fígado, consideravelmente aumentado e submetido a indefinível agitação. Anomalias de vulto alcançavam também desde o duodeno até à sigmóide. Aquilo não parecia ser um aparelho digestivo usual, mas, sim, um vasto alambique, cheio de pastas de carne e caldos gordurosos, cheirando a vinagre de condimentação ativa. Em grande zona do ventre superlotado de alimentos, viam-se muitos parasitos conhecidos, mas, além deles, havia outros corpúsculos semelhantes a lesmas voracíssimas que se agrupavam em grandes colônias, desde os músculos e as fibras do estômago até a válvula ileocecal. Os parasitos atacavam os sucos nutritivos, com assombroso potencial de destruição. Aquela mulher se excedia na alimentação. Descuidada de si mesma, caiu na glutonaria crassa, tornando-se presa de seres de baixa condição. (Cap. 3, págs. 31 e 32)  

14. A questão da mediunidade - Diante desses quadros, pode-se avaliar a extensão das necessidades educativas na esfera terrestre. A mente encarnada engalanou-se com os valores intelectuais e fez o culto da razão pura, esquecendo que a razão humana precisa da luz divina. O homem comum percebe muito pouco e sente muito menos. O Espiritismo cristão é a revivescência do Evangelho de Jesus, e a mediunidade constitui um de seus fundamentos vivos. Ela não é, porém, exclusiva dos chamados "médiuns". Todas as pessoas a possuem, porquanto significa recepção espiritual, que deve ser incentivada em nós mesmos. Não basta, porém, perceber; é imprescindível santificar essa faculdade, convertendo-a no ministério ativo do bem. A maioria dos candidatos ao desenvolvimento mediúnico não se dispõe, contudo, aos serviços preliminares de limpeza do vaso respectivo. Dividem a matéria e o espírito, localizando-os em campos opostos, quando os próprios Espíritos, estudantes da Verdade, ainda não conseguiram – segundo Alexandre – identificar rigorosamente as fronteiras entre uma e outro. Os Espíritos elevados não querem transformar o mundo em cemitério de tristeza. Atender a santificada missão do sexo, no seu plano respeitável, usar um aperitivo comum, fazer a boa refeição, de modo algum isso significa desvios espirituais; no entanto, os excessos representam desperdícios lamentáveis de força, que retêm a alma nos círculos inferiores. Não se pode cogitar de mediunidade construtiva, sem o equilíbrio construtivo dos aprendizes na sublime ciência do bem-viver. Os candidatos a médiuns devem compreender que mediunidade elevada ou percepção edificante não constituem atividades mecânicas da personalidade e sim conquistas do Espírito, para cuja consecução não se pode prescindir das iniciações dolorosas, dos trabalhos necessários, com a auto-educação sistemática e perseverante. (Cap. 3, págs. 32 a 34) (Continua no próximo número.)


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita