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Clássicos do Espiritismo
Ano 1 - N° 19 - 22 de Agosto de 2007

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Depois da Morte
Léon Denis
(11a Parte)

     Damos prosseguimento ao estudo do clássico Depois da Morte, de Léon Denis, de acordo com a tradução feita por Torrieri Guimarães, publicada pela Hemus Livraria Editora Ltda.

Questões preliminares

A. Como devemos ver a caridade e o perdão?

R.: Caridade não é somente a solicitude pelos miseráveis. A caridade material, ou beneficência, pode aplicar-se às pessoas sob a forma de socorro, encorajamento e amparo. A caridade moral deve estender-se a todos, e não consiste em esmola, mas em uma benevolência que deve envolver todos os homens e regular as nossas relações com eles, coisa que todos podemos praticar. O homem caridoso faz o bem ocultamente e dissimula suas boas obras, enquanto o vaidoso grita aos quatro ventos o bem que faz. A ingratidão e a injustiça não ferem o homem caridoso, porque ele pratica o bem sem esperar dele nenhuma recompensa. A caridade é a mãe da virtude: dela derivam a paciência, a doçura, a prudência nos propósitos. O dever da alma que aspira aos céus elevados é perdoar. O perdão é próprio das almas elevadas; a vin­gança, o duelo, a guerra são vestígios do estado selvagem. (Depois da Morte, cap. XLVII e XLVIII, pp. 286 a 291.)

B. Podemos considerar virtudes a paciência e o amor?

R.: Sim. A paciência é a qualidade que nos ensina a suportar com calma todas as dores. Ela não consiste em sufocar em nós toda a sensação, mas em buscar, além do horizonte da vida atual, as consolações que nos mostram a relatividade e insignificância das tribulações materiais.  O amor é a atração celestial das almas, a potência divina que une os mundos, governa-os, fecunda-os; o amor é o olhar de Deus! O amor, profundo como o mar, infinito como o céu, abrange todos os seres: Deus é o seu foco. Todos os seres são feitos para amar. (Obra citada, cap. XLVIII e XLIX, pp. 292 a 296.)

C. Como o espírita encara a perda dos seres amados?

R.: Segundo o Espiritismo, não existe perda dos seres amados. A separação produzida pela morte é apenas aparente: os filhos, o pai e a mãe adorada estão ainda conosco; seus fluidos, seus pensamentos envolvem-nos, seu amor protege-nos e podemos até, às vezes, comunicar-nos com eles e receber seu encorajamento e seus conselhos. (Obra citada, cap. L, p. 304.)

D. Que é prece e como devemos fazê-la?

R.: A prece deve ser uma expansão íntima da alma para com Deus, um colóquio solitário, uma meditação sempre útil e em geral fecunda. A prece é a elevação da alma acima das coisas terrenas, é uma ardente invocação às potências superiores. Nesse colóquio com a Potência suprema, a linguagem deve ser espon­tânea e variar segundo as necessidades e o estado de alma da pessoa, podendo ser um simples pensamento, uma lembrança, um olhar erguido ao céu. (Obra citada, cap. LI, pp. 308 a 312.)

Texto para leitura

216. Não é caridade somente a solicitude pelos miseráveis: a caridade material, ou beneficência, pode aplicar-se a certas pessoas sob a forma de socorro, encorajamento e amparo. (P. 286)

217. A caridade moral deve estender-se a todos, e não consiste em esmola, mas em uma benevolência que deve envolver todos os homens e regular as nossas relações com eles, coisa que todos podemos praticar. (P. 286)

218. O homem caridoso faz o bem ocultamente e dissimula suas boas obras, enquanto o vaidoso grita aos quatro ventos o bem que faz. (P. 287)

219. Nessas condições, a ingratidão e a injustiça não ferem o homem caridoso, porque pratica o bem sem esperar dele nenhuma recompensa. (P. 287)

220. Tudo o que o homem faz por seus irmãos imprime-se no grande livro fluídico, cujas páginas se perdem nos tempos. (P. 289)

221. Se o orgulho é o pai dos vícios, a caridade é a mãe da virtude: dela derivam a paciência, a doçura, a prudência nos propósitos. (P. 290)

222. O dever da alma que aspira aos céus elevados é perdoar; a vin­gança, o duelo, a guerra são vestígios do estado selvagem. (PP. 290 e 291)

223. Um dia abençoaremos aqueles que foram duros e sem piedade conosco, pois de sua iniqüidade terá surgido o nosso bem espiritual. (P. 291)

224. A paciência é a qualidade que nos ensina a suportar com calma todas as dores: ela não consiste em sufocar em nós toda sensação, mas em buscar, além do horizonte da vida atual, as consolações que nos mostram a relatividade e insignificância das tribulações materiais. (P. 292)

225. O amor é a atração celestial das almas, a potência divina que une os mundos, governa-os, fecunda-os; o amor é o olhar de Deus! A ardente paixão que suscita os apetites carnais é apenas uma sombra do amor. (P. 294)

226. O amor, profundo como o mar, infinito como o céu, abrange todos os seres: Deus é o seu foco. Todos os seres são feitos para amar. (P. 296)

227. O sofrimento é lei de nosso planeta; assim, apenas para quem não enxerga o futuro, a pobreza, a enfermidade e a doença são um mal. (P. 299)

228. A dor, sob todas as formas, é o remédio supremo das imperfeições e das enfermidades da alma; sem a dor não é possível a sua cura. (P. 299)

229. A obra da dor é fecunda; faz germinar em nós tesouros de piedade, de ternura, de afeto: aqueles que não a conhecem, nada valem. (P. 300)

230. Se existe provação cruel, é a perda dos seres amados; contudo, uma morte prematura é, com freqüência, um bem para o Espírito que parte, livre dos perigos e das seduções da Terra. (P. 304)

231. A separação produzida pela morte é apenas aparente: os filhos, a mãe adorada estão ainda conosco; seus fluidos, seus pensamentos envolvem-nos, seu amor protege-nos e podemos até, às vezes, comunicar-nos com eles e receber seu encorajamento e seus conselhos. (P. 304)

232. A prece, refúgio supremo dos aflitos, dos corações magoados, deve ser uma expansão íntima da alma para com Deus, um colóquio solitário, uma meditação sempre útil e em geral fecunda. (P. 308)

233. A prece é a elevação da alma acima das coisas terrenas, é uma ardente invocação às potências superiores. (P. 308)

234. Nesse colóquio com a Potência suprema, a linguagem deve ser espon­tânea e variar segundo as necessidades e o estado de alma da pessoa, podendo ser um simples pensamento, uma lembrança, um olhar erguido ao céu. (P. 309)

235. Na prece diária dirigida ao Eterno, o sábio não pede a felicidade, nem procura fugir às dores, aos desenganos, às desventuras: o que ele deseja é conhecer a lei para melhor cumpri-la e pede a ajuda dos bons Espíritos, para que o amparem nos dias aflitivos da vida. Estes o atendem. (P. 310)

236. Quando uma pedra cai na água a superfície desta vibra em esferas concêntricas: assim o fluido universal é movido por nossas preces e nossos pensamentos, estabelecendo-se uma corrente fluídica de uns para outros, porque todos os seres e mundos estão imersos nesse fluido. (P. 311)

237. Assim acontece com relação às almas que sofrem: a prece age à distância sobre elas como um magnetismo, penetra os fluidos densos que as envolvem, ameniza suas angústias e sua tristeza. (P. 311)

238. Reuni-vos para orar: a prece feita em comum é um feixe de vontades, de pensamentos, de raios, de harmonias e de perfumes, que se dirige com maior força à sua finalidade. (P. 312)

239. Ao fim de cada dia, examinemos com cuidado as obras que realizamos: deploremos o mal cometido, propondo-nos evitá-lo, e alegremo-nos pelo que tenhamos feito de útil e bom, pedindo à sapiência suprema auxílio para realizarmos, dentro e à nossa volta, a perfeita beleza moral. (P. 313) (Continua no próximo número.)  


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita