WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

O Espiritismo responde
Ano 9 - N° 459 - 3 de Abril de 2016
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
BLOG
ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
Uma leitora de Minas Gerais, que nos solicitou ficasse no anonimato, enviou-nos a seguinte pergunta: "Os Espíritos das trevas podem ou conseguem comandar/dirigir um processo reencarnatório?"

Antes de responder-lhe, consultamos alguns colaboradores de nossa revista que se notabilizam pelo seu profundo conhecimento das obras básicas e complementares da doutrina espírita. A resposta que ora damos à leitora é, pois, uma síntese dos estudos que fizemos, com a importante participação dos estudiosos a que nos referimos.

A finalidade da reencarnação está explicitada nas questões 166 a 171 d´O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, adiante reproduzidas: 

166. Como pode a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, acabar de depurar-se?

“Sofrendo a prova de uma nova existência.”


a) Como realiza essa nova existência? Será pela sua transformação como Espírito?

“Depurando-se, a alma indubitavelmente experimenta uma transformação, mas para isso necessária lhe é a prova da vida corporal.”


b) A alma passa então por muitas existências corporais?

“Sim, todos contamos muitas existências. Os que dizem o contrário pretendem manter-vos na ignorância em que eles próprios se encontram. Esse o desejo deles.”


c) Parece resultar desse princípio que a alma, depois de haver deixado um corpo, toma outro, ou, então, que reencarna em novo corpo. É assim que se deve entender?

“Evidentemente.”


167. Qual o fim objetivado com a reencarnação?

“Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isto, onde a justiça?”


168. É limitado o número das existências corporais, ou o Espírito reencarna perpetuamente?

“A cada nova existência, o Espírito dá um passo para diante na senda do progresso. Desde que se ache limpo de todas as impurezas, não tem mais necessidade das provas da vida corporal.”


169. É invariável o número das encarnações para todos os Espíritos?

“Não; aquele que caminha depressa, a muitas provas se forra. Todavia, as encarnações sucessivas são sempre muito numerosas, porquanto o progresso é quase infinito.”


170. O que fica sendo o Espírito depois da sua última encarnação?

“Espírito bem-aventurado; puro Espírito.”


171. Em que se funda o dogma da reencarnação?

“Na justiça de Deus e na revelação, pois incessantemente repetimos: o bom pai deixa sempre aberta a seus filhos uma porta para o arrependimento. Não te diz a razão que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna todos aqueles de quem não dependeu o melhorarem-se? Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre os egoístas se encontram a iniquidade, o ódio implacável e os castigos sem remissão.”  

Nota-se com facilidade que a reencarnação tem por fim o progresso da criatura humana e, como tal, se insere na Lei de Justiça, que é supervisionada por Espíritos superiores, prepostos de Jesus, modelo e guia da Humanidade e governador espiritual do mundo em que vivemos.

Caso não existisse o processo reencarnatório, verificar-se-ia a estagnação no processo evolutivo, visto que aspectos importantes e mesmo fundamentais na aquisição do conhecimento e no aprimoramento do sentimento só podemos encontrar nas experiências relativas ao estado de encarnação. O envelhecimento, as doenças, os desafios do lar, a luta pelo pão de cada dia, as filas, o desemprego, a perda dos entes queridos e a própria morte corpórea – eis exemplos de fatos ou acontecimentos só possíveis nas experiências reencarnatórias.

A reencarnação tem, pois, um propósito definido que jamais será de punição ou castigo, mas de oportunidades com vistas ao melhoramento da criatura humana, ainda que esse objetivo necessite eventualmente, para operar-se, do contributo da dor.

Encontra-se, assim, a reencarnação, em sua generalidade, ligada aos planos superiores que regulam a vida do planeta, o que não exclui a hipótese de estar o processo reencarnatório, em alguns casos, enraizado nos planos inferiores, como é mencionado pelo Instrutor Druso no cap. 3 do livro Ação e Reação, obra mediúnica escrita por André Luiz por intermédio de Francisco Cândido Xavier. A uma pergunta de André Luiz – se há reencarnações em perfeita conexão com os planos infernais – Druso afirmou que sim, explicando que tais renascimentos na carne possuem geralmente característicos de trabalho expiatório, sendo tais empreendimentos planejados e executados a partir dali mesmo, ou seja, da colônia espiritual onde eles se encontravam, por benfeitores credenciados  para agir e ajudar em nome do Senhor.

Em outro livro de sua lavra – Missionários da Luz, cap.12 – André Luiz nos informa que grande percentagem de reencarnações na Crosta se processa em moldes padronizados para todos, no campo de manifestações puramente evolutivas. Evidentemente, boa parte não obedece ao mesmo programa, motivo pelo qual as colônias espirituais mais elevadas mantêm serviços especiais para a reencarnação de trabalhadores e missionários.

Quanto à questão proposta pela leitora, entendemos que pode haver, sim, reencarnações programadas em conexão com as trevas. Mas, por trás do fato, sem que seus condutores o saibam, existe sempre, supervisionando o processo, a ação dos Espíritos protetores.

Divaldo Franco, no seminário Tormentos da Obsessão, baseado na obra de Manoel Philomeno de Miranda, narra um fato interessante pertinente ao tema:

Faz muitos anos, eu estava psicografando o livro Dimensões da Verdade, de Joanna de Ângelis, e há um capítulo muito curioso nesse livro (penso que é o 4º capítulo) em que Joanna de Ângelis narra que muitas vezes entidades são programadas para reencarnarem em meios nobres para criarem embaraços. E que essas entidades seriam encarnadas por técnicos espirituais afeiçoados à perversidade. Tratar-se-ia de espíritos muito intelectualizados, sem desenvolvimento moral, que enviariam à Terra os seus cômpares para criarem situações embaraçosas. Por exemplo: determinada doutrina do pensamento aparece, enriquecedora para a humanidade e esses espíritos reencarnariam para torpedeá-la, criarem dissensões, divisões, para gerarem controvérsias dentro daquela doutrina. No caso em tela, o Espiritismo é uma doutrina libertadora e uma pessoa dita espírita se apegaria a determinados ângulos só para criar embaraços. São aqueles aos quais chamamos “donos da verdade”. Só eles é que sabem tudo. Só eles é que são dignos de respeito e de méritos. Sua função é vigiar os outros, mas não fazem nada. Podem ser excelentes intelectuais, porém jamais desceram do trono da sua vacuidade para serem humanos, para estenderem a mão, para participar.

Então dizia Joanna de Ângelis, àquela época, que indivíduos que tais estavam vinculados a estes grandes mentores da perversidade e eram por eles reencarnados. Isso me criou um pouco de confusão mental. Mas eu aceitei e aguardei o tempo.

Oportunamente, conhecendo determinado cidadão e vendo-lhe a forma de interpretar os conceitos lógicos do Espiritismo, a maneira como ele complicava a coisa e como era armado contra tudo e contra todos, perguntei-lhe:

— O senhor é mesmo espírita? O senhor leu, por acaso, “O Evangelho segundo o Espiritismo”?

E ele respondeu-me:

— Não me venha para cá com "O Evangelho segundo o Espiritismo"! Allan Kardec escreveu essa obra para agradar a Igreja...

Então voltei a perguntar:

—- E “O Livro dos Espíritos”? O senhor já leu?

Ele disse-me enfaticamente:

— Ah! Esse é fundamental!

Eu então redargui:

— Mas Jesus está lá, meu senhor... Todo o terceiro livro, que são as Leis Morais, é daí que saiu o Evangelho! E o quarto livro, donde nascem as esperanças e consolações, nos dão as obras terminais, especialmente “A Gênese” no seu caráter interpretativo das lições de Jesus...

Ele então me olhou com um certo escárnio, tão cruel que me desmontou.

Nesse momento Joanna me disse: - É um dos que foram programados para criar embaraços...

Então ele havia sido programado por entidades perversas.

Em uma reunião mediúnica nossa, ela trouxe um dos técnicos desencarnados para se comunicar. O doutrinador ficou embaraçado. Ele impedia que o doutrinador falasse, exibia uma argumentação muito volumosa no som, mas sem nenhum conteúdo e, quando ele se afastou, Joanna me disse que ele tinha a pretensão de ser um programador de reencarnação. Só que ele é o efeito da Bondade Divina. Acima dele está a Misericórdia Divina que o permite, pois as criaturas o necessitam.

Então estava claro: Ele poderia agir porque o Senhor da Vida permite que assim seja, face as nossas necessidades. Então não seria de estranhar que esses espíritos perversos, provindos de regiões de muita maldade, que os católicos chamam de inferno, se acreditem possuidores de uma força incomum. No entanto, possuem-na porque lhes é concedida temporariamente para que se tornem agentes da Lei. Eles são os braços da Lei Maior em ação, até quando à Lei ou a Deus interesse esse processo. Ao final, esses espíritos também serão “absorvidos” pela reencarnação. Daí os obsessores reencarnam-se como qualquer um de nós outros.

Esperamos que as explicações acima possam contribuir de alguma forma para o esclarecimento da leitora e de todos os que se interessem pelo tema examinado.

 


 
Para esclarecer suas dúvidas, preencha e envie o formulário abaixo.
Sua pergunta será respondida em uma de nossas futuras edições.
 
 

Nome:

E-mail:

Cidade e Estado:

Pergunta:



 

 

Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita