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Clássicos do Espiritismo
Ano 9 - N° 459 - 3 de Abril de 2016
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

A Vida no Outro Mundo

Cairbar Schutel

Parte 16
 

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro A Vida no Outro Mundo, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1932 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP).  

Questões preliminares 

A. Como explicar as convulsões da agonia que se observam, às vezes, no momento da morte?  

Essas convulsões são indícios da luta do Espírito que, às vezes, procura romper os elos resistentes, e, em outras, se agarra ao corpo do qual uma força irresistível o arrebata com violência, molécula por molécula. Quanto menos vê o Espírito além da vida corporal, tanto mais se lhe apega, e, assim, sente que ela lhe foge e quer retê-la; em vez de se abandonar ao movimento que o empolga, resiste com todas as forças e pode mesmo prolongar a luta por dias, semanas e meses inteiros. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.) 

B. Há Espíritos que, mesmo após a desencarnação, pensam que não morreram e acreditam que continuam a viver em um corpo material? 

Sim. Na morte violenta, por exemplo, o desprendimento da alma só começa depois da morte e não pode completar-se rapidamente. O Espírito, colhido de improviso, fica como que aturdido, e sente, e pensa, e acredita-se vivo, prolongando-se esta ilusão até que compreenda seu estado. Este estado intermediário entre a vida corporal e a espiritual é dos mais interessantes, porque apresenta o espetáculo singular de um Espírito que julga material o seu corpo fluídico, experimentando, ao mesmo tempo, todas as sensações da vida orgânica! (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.) 

C. De forma didática, como definir o estado do Espírito por ocasião da morte? 

Esse estado pode ser assim resumido: - Tanto maior é o sofrimento, quanto mais lento for o desprendimento do perispírito; a presteza deste desprendimento está na razão direta do adiantamento moral do Espírito; para o Espírito desmaterializado, de consciência pura, a morte é qual um sono breve, isento de agonia, e cujo despertar é suavíssimo. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.) 

Texto para leitura 

198. Nos casos de morte natural, o Espírito pode já ter recuperado a sua lucidez, de molde a tornar-se testemunha consciente da extinção do corpo, considerando-se feliz por tê-lo deixado. Para ele, a perturbação é quase nula, ou antes, não passa de ligeiro sono calmo, do qual desperta com indizível impressão de esperança e ventura. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.)

199. No homem materializado e sensual, que mais viveu do corpo que do espírito, para o qual a vida espiritual nada significa, nem sequer lhe toca o pensamento, tudo contribui para estreitar os laços materiais. Quando a morte se aproxima, o desprendimento, conquanto se opere gradualmente também, demanda contínuos esforços. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.)

200. As convulsões da agonia são indícios da luta do Espírito que, às vezes, procura romper os elos resistentes, e, em outras, se agarra ao corpo do qual uma força irresistível o arrebata com violência, molécula por molécula. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.)

201. Quanto menos vê o Espírito além da vida corporal, tanto mais se lhe apega, e, assim, sente que ela lhe foge e quer retê-la; em vez de se abandonar ao movimento que o empolga, resiste com todas as forças e pode mesmo prolongar a luta por dias, semanas e meses inteiros. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.)

202. Claro que, nesse momento, o Espírito não possui toda a lucidez, visto como a perturbação de muito se antecipou à morte; mas nem por isso sofre menos, e o vácuo em que se acha, e a incerteza do que lhe sucederá, agravam-lhe as angústias. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.)

203. Chega, então, a morte, e nem por isso está tudo terminado; a perturbação continua, ele sente que vive, mas não define se material ou espiritualmente, e luta, e luta ainda, até que as últimas ligações do perispírito se tenham de todo rompido. A morte pôs termo à moléstia efetiva, mas não lhe sustou as consequências e, enquanto existirem pontos de contato do perispírito com o corpo, o Espírito se ressentirá e sofrerá com as suas impressões. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.)

204. Bem diversa é a situação do Espírito desmaterializado, mesmo nas enfermidades mais cruéis! Sendo frágeis os laços fluídicos que o prendem ao corpo, desfazem-se suavemente; depois, a confiança do futuro entrevisto em pensamento ou na realidade, como sucede algumas vezes, fá-lo encarar a morte qual redenção, e, as suas consequências, como prova, advindo-lhe daí uma calma resignada, que lhe ameniza o sofrimento. Após a morte, rotos os laços, nem uma só reação dolorosa existe que o afete; o despertar é lépido, desembaraçado; por sensações únicas, o alívio, a alegria! (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.)

205. Na morte violenta, as sensações não são precisamente as mesmas. Nenhuma desagregação inicial se deu com vistas à separação do perispírito, ao passo que a vida orgânica em plena exuberância de força é, subitamente, aniquilada. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.)

206. Nestas condições, o desprendimento só começa depois da morte e não pode completar-se rapidamente. O Espírito, colhido de improviso, fica como que aturdido, e sente, e pensa, e acredita-se vivo, prolongando-se esta ilusão até que compreenda o seu estado. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.)

207. Este estado intermediário entre a vida corporal e a espiritual é dos mais interessantes, porque apresenta o espetáculo singular de um Espírito que julga material o seu corpo fluídico, experimentando, ao mesmo tempo, todas as sensações da vida orgânica! Além disso, dentro desse caso, há uma série infinita de modalidades, que variam segundo os conhecimentos e progressos morais do Espírito. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.)

208. Para aqueles que se purificam em alto grau, a situação pouco dura, porque já possuem, em si, como que um desprendimento antecipado, cujo termo a morte mais súbita não faz senão apressar. Outros há para os quais a situação se prolonga por anos inteiros. É situação, aliás, muito frequente, até nos casos de morte comum, que, nada tendo de penosa para Espíritos adiantados, torna-se horrível para os atrasados. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.)

209. No suicida, principalmente, excede toda a expectativa. Preso ao corpo por todas as suas fibras, o perispírito faz repercutir, no Espírito, todas as sensações daquele, com sofrimentos cruciantes. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.)

210. O estado do Espírito, por ocasião da morte, pode então ser assim resumido: - Tanto maior é o sofrimento, quanto mais lento for o desprendimento do perispírito; a presteza deste desprendimento está na razão direta do adiantamento moral do Espírito; para o Espírito desmaterializado, de consciência pura, a morte é qual um sono breve, isento de agonia, e cujo despertar é suavíssimo. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.)

211. Para que cada qual trabalhe na sua purificação, reprima as más tendências e domine as paixões, abdicando das vantagens imediatas em prol do futuro, não basta crer, mas compreender. Devemos considerar esta vida sob um ponto de vista que satisfaça, ao mesmo tempo, a razão, a lógica, o bom senso e o conceito em que temos a grandeza, a bondade, e a justiça de Deus. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.)

212. Considerado deste ponto de vista, o Espiritismo, pela fé inabalável que insinua, é, de quantas doutrinas filosóficas conhecemos, a que exerce mais poderosa influência. O espírita sério não se limita a crer, porque compreende, e compreende porque raciocina; a vida futura é uma realidade que se desenrola incessantemente a seus olhos; uma realidade que ele toca e vê, por assim dizer, a cada passo, de modo que a dúvida não pode empolgá-lo, ou ter guarida em sua alma. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.)

213. A vida corporal, tão limitada, amesquinha-se diante da vida espiritual, da verdadeira vida. Que lhe importam os incidentes da jornada se ele compreende a causa e utilidade das vicissitudes humanas, quando suportadas com resignação? A alma eleva-se-lhe nas relações com o mundo invisível; os laços fluídicos, que o ligam à matéria, enfraquecem-se, operando-se, por antecipação, um desprendimento parcial que facilita a passagem outra vida. A perturbação consequente à transição pouco perdura, porque, uma vez franqueada o passado, logo se reconhece no seu novo estado, nada estranhando, antes compreendendo a situação em que se encontra. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.)

214. Com certeza, não é só o Espiritismo que nos assegura tão auspicioso resultado, nem ele tem a pretensão de ser o meio exclusivo, a garantia única de salvação para as almas. Força é confessar, porém, que pelos conhecimentos que fornece, pelos sentimentos que inspira, como pelas disposições em que coloca o Espírito, fazendo-lhe compreender a necessidade de melhorar-se, facilita enormemente a salvação. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.)

215. E ele dá algo mais, e a cada um: os meios de facilitar o desprendimento de outros Espíritos ao deixarem o invólucro material, abreviando-lhes a perturbação pela evocação e pela prece. Pela prece sincera, que é magnetização espiritual, provoca-se a desagregação mais rápida do fluido perispiritual; pela evocação criteriosa, sábia, prudente, com palavras de benevolência e conforto, combate-se o entorpecimento do Espírito, ajudando-o a reconhecer-se mais cedo, e, se é sofredor, insinua-se-lhe o arrependimento, único meio de abreviar os seus sofrimentos. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XIV - O Passamento.)  (Continua no próximo número.)  



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita