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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 357 - 6 de Abril de 2014
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 


Loucura e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 4)

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Loucura Obsessão, sexta obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1988.

Questões preliminares

A. Uma família pode tornar-se imune à ação maléfica urdida no plano espiritual?

Pode. A explicação sobre o assunto foi dada pela mentora à mulher que solicitara ajuda para afastar da esposa o homem casado a quem dizia amar. A mentora disse-lhe inicialmente que aquilo que ela denominava amor era tão somente paixão selvagem, capricho, que decorria da conquista malograda e que logo perderia o valor depois da posse breve. As ações geram reações semelhantes e sempre produzem choque de retorno. Quanto ao mal que ela pretendia contra o referido casal, ele não o atingiria, porquanto suas vítimas em potencial eram pessoas ligadas ao bem e possuíam o hábito salutar da prece, que as resguardava das perturbações nefastas. E disse mais a mentora, referindo-se às mesmas pessoas: “São cumpridoras dos deveres que abraçam, vibrando, emocionalmente, em faixa superior que as protege das agressões selvagens que você lhes desfere através dos petardos venenosos do ódio. Nenhum trabalho maléfico afetará a estrutura doméstica dessas criaturas, porque a sombra não afugenta a luz, nem o crime se apresenta com cidadania legal diante da honradez. Somente lobos caem em armadilhas para lobos, afirma o refrão popular”. (Loucura e Obsessão, cap. 3, pp. 35 a 37.)

B. Que disse o Dr. Bezerra de Menezes sobre a água magnetizada, conhecida também no meio espírita como água fluidificada?

Disse ele: “A água, em face da sua constituição molecular, é elemento que absorve e conduz a bionergia que lhe é ministrada. Quando magnetizada e ingerida, produz efeitos orgânicos compatíveis com o fluido de que se faz portadora”. Segundo Bezerra de Menezes, é crença ancestral que os banhos teriam o efeito de retirar energias deletérias que os poros eliminam; assim, quando a água recebesse a infusão de ervas aromáticas e medicinais, propiciaria bem-estar, revitalizaria o campo vibratório do indivíduo. Sabe-se, no entanto, que mais importante do que quaisquer práticas e ritualismos externos, a ação interior, mental, comportamental responde pela realidade psíquica do homem e opera a sua legítima recuperação. “No que tange às beberagens, algumas destituídas dos cuidados que requer qualquer produto para ser ingerido, não podemos ignorar o valor da fitoterapia, de resultados excelentes em inúmeros problemas de saúde”, acrescentou o mentor. (Loucura e Obsessão, cap. 3, pp. 40 e 41.)

C. A frigidez no campo da sexualidade pode estar ligada a algum evento ocorrido no passado?

Em medicina, frigidez significa ausência de desejo e/ou prazer sexual, que pode ter ligação, sim, com eventos ocorridos em existências anteriores. Foi o que aconteceu com uma jovem senhora que se queixou de distúrbio sexual, defluente da frigidez que a atormentava e estava a destruir-lhe o lar. Ela amava o esposo, que estava a perder, em razão do desconforto que experimentava por ocasião do conúbio sexual. Segundo a mentora espiritual, o distúrbio se originava de comportamento infeliz que mantivera em existência anterior, quando se deixara seduzir pelo noivo e fora levada a um aborto criminoso. Após outros deslizes morais, recolhera-se à vida religiosa, na qual, por mágoa do mundo, passara a ter uma conduta de castidade, detestando o sexo e submetendo-se a rudes cilícios entre pensamentos de ódio e revolta que lhe perturbaram a função genésica. Cabia-lhe, pois, reeducar a mente, receber assistência fluidoterápica, orar e renovar-se, a fim de, com o auxílio do tempo, recompor a situação. (Loucura e Obsessão, cap. 3, pp. 41 a 43.)

Texto para leitura

13. Somente lobos caem em armadilhas para lobos - Concluída a operação, a hábil orientadora falou, no linguajar próprio: “O seu problema tem solução fácil, que está em você mesma... Não é a esposa do seu namorado uma rival de sua pessoa, antes, você é a serpente que lhe ronda o ninho, preparando-se para destruí-lo. O homem honesto, que não a ama, age bem e merece respeito, não sujeição psíquica ou constrição perturbadora, a fim de atender-lhe a um capricho de mulher alucinada, que perdeu o rumo...” “O dinheiro não compra tudo” – prosseguiu no mesmo tom. “Embora auxilie na aquisição de alguns bens e responda pela solução de várias dificuldades, quase sempre, mal utilizado, é causa de desditas e misérias que se arrastam por séculos, naquele que o malversa como nas suas vítimas. Aquilo que você denomina amor, é paixão selvagem, capricho, que decorre do não conseguido, que logo perde o valor depois da posse breve. Além disso, ninguém pertence a outrem; todos são instrumentos da Vida, em viagem longa de crescimento para Deus... As ações geram reações semelhantes e sempre produzem choque de retorno. O mal que pretende contra essa família não a atingirá, porquanto as suas vítimas em potencial estão ligadas ao bem, possuem o hábito salutar da prece, que as resguarda das perturbações nefastas. São cumpridoras dos deveres que abraçam, vibrando, emocionalmente, em faixa superior, que as protege das agressões selvagens que você lhes desfere através dos petardos venenosos do ódio. Nenhum trabalho maléfico afetará a estrutura doméstica dessas criaturas, porque a sombra não afugenta a luz, nem o crime se apresenta com cidadania legal diante da honradez. Somente lobos caem em armadilhas para lobos, afirma o refrão popular.” Depois de breve silêncio, cujo objetivo era permitir à ouvinte apreender todo o conteúdo do ensinamento, a mentora completou: “O seu problema, real e grave, é a falta de discernimento a respeito de como comportar-se diante das lutas, para conseguir a paz. A primeira regra que deve ter em mente é: Nunca fazer aos outros o que não desejar para si mesma, conforme ensinou Jesus, e procurar, como efeito, realizar todo o bem possível em favor do seu próximo, de modo que o bem, por sua vez, passe a fazer parte da sua existência, como um fenômeno natural e transformador. Isto a ajudará a não ambicionar o que não tem direito e a saber receber o que lhe é de melhor para o seu progresso espiritual e eterno. Posteriormente, você necessitará de um tratamento desobsessivo, a fim de libertar-se da parceria degradante a que tem feito jus e que a vem explorando nos seus mais caros sentimentos de criatura humana e especialmente de mulher que anela por um esposo e um lar, que Deus lhe concederá, oportunamente, porém em outras bases de amor e de equilíbrio. Comecemos, agora, a fazer o trabalho solicitado, não conforme você veio buscar, mas de acordo com a sua necessidade de urgência”. (Loucura e Obsessão, cap. 3, pp. 35 a 37.)

14. Entre nós, discute-se muito e realiza-se pouco - Dito isto, a Entidade doutrinou o Espírito vampirizador da área sexual da paciente, incorporado em outro médium que lhe assessorava o labor. A ação fora totalmente inusitada para Miranda. Certo, as elucidações apresentadas à consulente, apesar da linguagem forte, estavam perfeitamente concordes com os códigos da Doutrina Espírita e seguiam a linha do pensamento evangélico, estabelecendo uma psicoterapia de alto valor para a enferma. A técnica do atendimento ao desencarnado, as beberagens e banhos, receitados como complementação, fugiram, porém, às diretrizes adotadas no Espiritismo. Dr. Bezerra, vendo a surpresa de Miranda, esclareceu: “Consideremos a Terra de hoje um campo de batalha, no qual a dor campeia desenfreada e as emergências se multiplicam, no que tange às áreas de socorro. Como há escassez de médicos e hospitais especializados, os pacientes são atendidos conforme as possibilidades ambientais. Enquanto os poucos médicos realizam cirurgias impostergáveis, enfermeiros e auxiliares, em ambulatórios improvisados, dão atendimento aos casos de menor gravidade ou mesmo aos que não podem ser removidos, até posterior solução mais adequada...” Transferindo a questão para a área espiritual, lembrou Dr. Bezerra que nas várias escolas do Espiritualismo e mesmo do Espiritismo são escassos os homens dispostos ao serviço da verdadeira fraternidade e da caridade em ação libertadora. “Discute-se muito e realiza-se pouco. Perde-se largo tempo em verbalismo inoperante, em detrimento da iluminação e do esclarecimento de consciências”, acentuou o Mentor, aditando: “Nenhuma censura, porém, de nossa parte. A citação é para ilustrar que, enquanto muitos discutem como distribuir víveres, em banquetes faustosos, numa época de fome, milhares morrem por total escassez de alimentos. É o que sucede neste setor espiritual”. Dr. Bezerra lembrou, ainda, que Kardec e a experiência demonstraram a ineficácia de certas práticas fetichistas. (O autor transcreveu, neste ponto, os itens 551 e 553 d’O Livro dos Espíritos.) “Como a morte não muda a ninguém – asseverou Dr. Bezerra –, sabemos que aqueles que conviviam com determinados cultos a que se afervoravam ou cujas práticas temiam mais do que respeitavam, ante a desencarnação não alteraram a forma íntima do ser, permanecendo vinculados aos atavismos que lhes dizem respeito. Católicos, protestantes e outros religiosos, após a morte, não se tornam espiritistas ou conhecedores da realidade ultratumular; ao revés, dão curso aos seus credos, reunindo-se em grupos e igrejas afins.”(Loucura e Obsessão, cap. 3, pp. 38 a 40.)

15. A flora medicinal foi a grande protetora dos nossos avoengos - Com as explicações dadas por Dr. Bezerra de Menezes, entende-se perfeitamente que os indivíduos originados das crenças derivadas do sincretismo afro-brasileiro continuem ligados às suas ideações religiosas. Miranda inquiriu-o, contudo, quanto aos banhos e beberagens receitados, e o nobre Mentor respondeu: “A água, em face da sua constituição molecular, é elemento que absorve e conduz a bionergia que lhe é ministrada. Quando magnetizada e ingerida, produz efeitos orgânicos compatíveis com o fluido de que se faz portadora. Assim, é crença ancestral que os banhos teriam o efeito de retirar energias deletérias que os poros eliminam, e quando a água recebesse a infusão de ervas aromáticas e medicinais propiciaria bem-estar, revitalizaria o campo vibratório do indivíduo. Sabemos, no entanto, que mais importante do que quaisquer práticas e ritualismos externos, a ação interior, mental, comportamental responde pela realidade psíquica do homem e opera a sua legítima recuperação”. “No que tange às beberagens, algumas destituídas dos cuidados que requer qualquer produto para ser ingerido, não podemos ignorar o valor da fitoterapia, de resultados excelentes em inúmeros problemas de saúde”, acrescentou o mentor. “As medicinas alternativas que estão encontrando consideração, mesmo entre os estudiosos mais ortodoxos, resultam de larga experiência humana e de diversas delas nasceram o que ora consideramos científico, acadêmico. A flora medicinal foi a grande protetora dos nossos avoengos que nela encontraram recursos saudáveis para muitos dos males que os afligiam e, posteriormente, submetida à ação dos laboratórios, dela extraíram incontáveis substâncias de ação rápida e eficaz.” Nesse momento, Miranda percebeu que o atendimento chegara ao fim e a consulente, embora entristecida, sem a revolta inicial, conduzia a salutar indução do conselho, sem a companhia dos seus exploradores espirituais, que haviam sido convidados a permanecer no recinto. (Loucura e Obsessão, cap. 3, pp. 40 e 41.)

16. Distúrbios do sexo com raízes no passado - O próximo consulente trazia o semblante sulcado por funda marca de dor. Vinha rogar auxílio para conseguir um emprego, que lhe desse segurança e apoio para o lar. Estava em aflição e sentia-se fracassado, sem saber o que fazer. A mensageira, após ouvi-lo, exortou-o à renovação e ao entusiasmo, aconselhando-o à perseverança e confiança em Deus. Falou-lhe da genitora desencarnada, que o conduzira até ali, na condição de perene anjo da guarda, buscando assim dissuadi-lo das ideias deprimentes que o assaltavam. O homem, surpreendido com a feliz informação, comoveu-se, recordando-se daquela que lhe fora uma luz acesa na existência, que a morte lhe havia arrebatado e a vida agora lhe devolvia. Aplicados recursos restauradores, ele saiu com novas disposições e de alma renovada, agradecendo a Deus. A seguir, uma jovem senhora queixou-se de distúrbio sexual, defluente da frigidez que a atormentava e estava a destruir-lhe o lar. Amava o esposo, que estava a perder, em razão do desconforto que experimentava por ocasião do conúbio sexual. A caridosa mensageira confortou-a, a princípio, auxiliando-a a fazer um relax, e infundiu-lhe confiança na misericórdia de Deus, que de ninguém se esquece. Discorreu sobre suas longas vigílias noturnas, demonstrando conhecer-lhe o drama, seus temores, suas lágrimas e as discussões que se vinham agravando nos últimos tempos, através das quais ambos os cônjuges se magoavam, por falta de um diálogo sincero, amigo, honesto... Explicou, depois, que seu distúrbio se originava de comportamento infeliz que mantivera em existência anterior, quando se deixara seduzir pelo noivo e fora levada a um aborto criminoso. Após outros deslizes morais, recolhera-se à vida religiosa, na qual, por mágoa do mundo, passara a ter uma conduta de castidade, detestando o sexo e submetendo-se a rudes cilícios entre pensamentos de ódio e revolta que lhe perturbaram a função genésica. Moça atraente, terminou por perturbar o leve equilíbrio de seu confessor, culminando por enredarem-se ambos num escândalo, então abafado. Ele foi transferido de cidade, enquanto ela se deixou consumir pelo horror, numa atitude contemplativa, na qual a mente, fixada à desdita, gerou a disfunção ora apresentada. Reencarnando-se, reencontrou o antigo religioso para, no matrimônio, se reajustarem, ao lado dos filhos, um dos quais ela expulsara antes... Cabia-lhe, pois, reeducar a mente, receber assistência fluidoterápica, orar e renovar-se, a fim de, com o auxílio do tempo, recompor a situação. A jovem senhora, devidamente informada e com perspectivas de paz, retirou-se, então, comovida. Chegara a vez de D. Catarina Viana, mãe de Carlos, a senhora a quem Dr. Bezerra e Miranda acompanhavam. (Loucura e Obsessão, cap. 3, pp. 41 a 43.) (Continua no próximo número.)


 


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