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Estudando a série André Luiz
Ano 6 - N° 306 - 7 de Abril de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 


Sexo e Destino

André Luiz

(Parte 25)

Damos continuidade ao estudo da obra Sexo e Destino, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1963 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. Por que Nemésio mudou radicalmente seu comportamento, tornando-se agressivo para com Marina?

Nemésio Torres ficara decepcionado e irritado com a recusa de Marina em desposá-lo e, por isso, disse à jovem que ela lhe pagaria a desconsideração e jamais lhe permiti­ria a felicidade junto de Gilberto, seu filho, que ele passara também a odiar. Ciente disso, Moreira revelou a André Luiz que chusmas de Espíritos perturbadores, após a desencarnação de Bea­triz, se voltaram para Nemésio, a quem exploravam agora as energias gené­sicas, fato que concorreu para a mudança do seu comportamento. (Sexo e Destino, 2ª parte, capítulos VIII e IX, pp. 263 e 264.)

B. A que se destinava o instituto “Almas Irmãs”?

O instituto, que era formado por muitas cons­truções e ocupava quatro quilômetros quadrados de edifícios e arruamen­tos, parques e jardins, destinava-se ao socorro dos irmãos ne­cessitados de reeducação sexual. Neves, que já conhecia o instituto, disse que a agremiação possuía vasta dependência reservada a enfermos e que os verdadeiros alienados em consequência de alu­cinações emotivas, trazidas da Terra, permaneciam reclusos em manicô­mios, sob tratamento, sempre que apartados das falanges dementadas nas regiões tenebrosas. (Obra citada, 2ª parte, capítulo IX, pp. 265 a 267.)

C. O instituto preparava os futuros candidatos à reencarnação na Terra?

Sim. O instituto era, em verdade, um hospital-escola de suma importância para os candidatos à reencarnação. Os internados ou estudantes vinham, em maioria, de estâncias purgatoriais, após alijarem as consequências mais imediatas dos vícios e paixões aviltantes, acalentadas no plano físico. Examinados com rigor, atendiam a critério de seleção, nas paragens de angústia expiatória em que se demoravam, e somente depois de julgados dignos entravam naquele pouso de refazimento para estações mais ou menos longas de estudo e meditação, pesquisando as causas e observando os efeitos das quedas de natureza afetiva em que se haviam precipitado. Depois de instruídos, são eles recambiados ao do­micílio terrestre, onde reencarnam nos ambientes em que faliram e, tanto quanto possível, nas equipes consanguíneas que lhes impuseram prejuízos ou lhes sofreram os danos. (Obra citada, 2ª parte, capítulo IX, pp. 265 a 267.)

Texto para leitura

121. Márcia diz que entre ambos tudo acabou - Cláudio contou à es­posa que vinha orando, desde a véspera, rogando a Jesus o inspirasse, no sentido de revelar-se a ela, abertamente, para que ela lhe perdo­asse e o compreendesse. Concedia-lhes Deus o futuro à frente. Peni­tenciar-se-ia quanto aos erros cometidos; dispunha-se a testemunhar-lhe fidelidade, afeição. Márcia, porém, aprumou-se de um salto, pôs as mãos na cintura e, numa risada de escárnio, zombeteou: "Sim, se­nhor! O diabo, depois de velho, se fez ermitão!... sempre a mesma his­tória!..." E aditou, com ar de troça: "Era só o que faltava! Você es­pírita!... Eu logo vi!... Juro que no hospital você já estava nessa baboseira. Aquele jeito de conversar, quando Nemésio e eu fomos lá, aquele modo de tratar Marita!... Ora, ora!... quem teria hipnotizado você dessa forma?!..." Francamente ofendido, Cláudio perguntou-lhe se ela conhecia o Espiritismo. Márcia respondeu, irônica: "Perfeitamente, conheço sim! Quando Aracélia morreu, andei conversando nisso com ami­gas e acabei desistindo". "Os espíritas me parecem cães querendo sen­tar na poltrona da falsa virtude. Asneira deles! Temos de rolar é no chão mesmo..." Cláudio replicou dizendo não pensar assim. "Pois se você pensa de maneira diversa e se é verdade tudo o que você me falou –  continuou Márcia –, é pena que a mudança chegue tão tarde!... Venho de Petrópolis, justamente para dizer a você que entre nós tudo está acabado... Agora, meu velho, faça a sua vida, que eu vou me arran­jar..." Cláudio escutou-a, muito triste, e, recordando os textos lidos no hospital, concluiu que aquele matrimônio destruído era obra dele mesmo. Recolhia agora apenas o que semeara. Uma filha morta, ou­tra doente e a esposa obsessa. Mas, num átimo, o "homem velho" desper­tou e lhe veio a ideia do revide. Não estava habili­tado a receber tanta injúria sem revolta. Indignou-se. Quis esbrave­jar, reagir, es­pancá-la. Entretanto, ao querer deslocar a destra, a fim de agredi-la, a noção de responsabilidade acordou-se-lhe, de re­pente. Cláudio recordou, então, o hospital e reviu na imaginação a pequena mão gelada de Marita que o saudava, num gesto de perdão, no momento de adeus.  (2a parte, cap. VIII, pp. 257 e 258)

122. Cláudio visita a filha - Ao lembrar-se de Marita, súbita calma lhe to­mou o coração e ele entrou em lágrimas copiosas. Márcia diver­tiu-se. Destacou que não faria falta a um marido que se efeminara, tornando-se poltrão e choramingueiro, e afirmou que, mediante aquele espetáculo de covardia, estava decidida a não contar com Marina re­feita. Tomaria atitude. Nada mais tinha a ver com aquela casa. Dizendo que mandaria buscar depois os seus pertences, estrondou a porta, voci­ferando, colérica, sem dizer nem mais uma palavra ao esposo, que perma­neceu na sala, esmagado de sofrimento. Cláudio, após refazer as forças, procurou Salomão, em sua farmácia em Copacabana, de onde tele­fonou ao médico que a esposa nomeara. O especia­lista foi cortês. Cláu­dio poderia ver Marina no dia seguinte. Ciente do caso da jovem, Salo­mão prometeu ajudá-la, in­formando possuir diversos companheiros dedi­cados à desobsessão. Em se­guida, vendo que Cláudio estava desesperado, procurou confortá-lo, permutando confidências, projetos, esperanças. Partilhariam atividades espirituais, seriam irmãos no trabalho. Cláu­dio retornou ao Flamengo, aliviado, e no dia seguinte visitou a filha, que encontrou sob forte depressão. Emagrecera. Desfigurara-se. Seus olhos revelavam uma alma incendiada de angústia. Moreira, já a postos, esmerava-se por fazer o que prometera a Félix. A moça abraçou-se ao pai numa explosão de lágrimas e perguntou pela mãe. Por que não viera? Por que a desprezava? Empenhou-se Cláudio em acalmá-la e fê-lo de tal modo que a menina, espantada, cobrou mais ampla lucidez. O pai diri­giu-se a ela num tom que nunca ouvira e lhe falou, então, que fora iniciado nos júbilos da prece, desde o acidente que lhe arrebatara Ma­rita, de cuja desencarnação a inteirou com afetuosa cautela. Escla­recendo que lhe transmitiria oportunamente as instruções recebidas de amigos, acerca da reencarnação, do sofrimento reparador, da obsessão e do intercâmbio espiritual, pediu-lhe tivesse paciência, calma e con­fiança naqueles que a tratavam. (Cap. VIII, pp. 259 e 260)

123. Marina desabafa com o pai - Cláudio disse à filha que estava ali para alentá-la, entendê-la. Que desabafasse; nada lhe ocultasse; nada temesse. Queria vê-la robusta, feliz. Essas palavras foram ditas com tanto carinho e tanto amor, que ela se lhe aconchegou ao peito com mais devoção e, confiante no apoio paterno, confessou-lhe todo o seu envolvimento com Nemésio Torres, que se apaixonara por ela e de quem se fizera companheira. Narrou em seguida o namoro com Gilberto, que desde o primeiro encontro admitiu ser o homem com que sonhava. Reve­lou, então, sua dupla ligação com o pai e o filho, esclarecendo que a indiferença que sentia por Nemésio transformara-se depois em aversão, à medida que aumentava o amor pelo rapaz. A morte de Beatriz precipi­tara os acontecimentos. Vendo que o chefe estava positivamente deci­dido ao matrimônio, apegara-se a Gilberto com loucura, a ponto de ser surpreendida por Nemésio em situação desconcertante. Cláudio a escu­tava, compungido. Parecia que tomava contacto com os familiares pela primeira vez, em toda a vida. Machucado ainda pelas palavras de Már­cia, ignorava agora quais as feridas que mais lhe doíam na alma, se as que a insensibilidade da mulher lhe abrira no espírito, se as que lhe eram produzidas nos tecidos do coração pelos segredos da filha. Enla­çou-a, porém, com mais ternura, e Marina, encorajada, repetiu que ane­lava libertar-se de Nemésio, ansiando casar-se com Gilberto. Cláudio prometeu cooperar, destacando, no entanto, a necessidade da saúde pri­meiro. O doloroso relatório, porém, não terminara, porquanto Marina o cientificou de que, ali mesmo, quatro dias atrás, fora visitada por Nemésio, que lhe asseverara que não a cederia ao filho de modo algum e que a esperaria para as segundas núpcias, mantendo todos os compromis­sos anteriormente formulados, se ela abandonasse o rapaz, a quem, na qualidade de pai, pretendia remover para o Sul. Porque respondera cla­ramente que não renunciaria a Gilberto, Nemésio revoltara-se, amea­çando matá-la, caso o preterisse. (Cap. VIII, pp. 261 a 263)

124. Nemésio promete vingar-se - Marina chorara, suplicara compai­xão, assegurando não ter coragem de fingir por mais tempo. Amava Gil­berto, queria viver com ele e por ele. Nemésio, porém, rira, acen­tuando que ela lhe pagaria a desconsideração, que jamais lhe permiti­ria a felicidade junto daquele filho que passara a odiar e que, para humilhá-la, acintosamente, conquistara as atenções de Márcia, sem qualquer resistência, decidindo-se a levá-la para Petrópolis, em lugar dela mesma. Moreira confirmou para André essa informação, aditando que chusmas de Espíritos perturbadores, após a desencarnação de Bea­triz, lhe haviam arrebatado o marido, explorando-lhe as energias gené­sicas. Cláudio percebeu a gravidade do problema, mas reconfortou a filha, prometendo tudo fazer para que seus planos de felicidade fossem concretizados. Quando ele se retirou do hospital, André foi com Neves ao encontro de Félix. Neves encontrava-se asserenado, contente, porquanto acompanhava o restabelecimento de Beatriz, nutrindo júbilos no­vos. Relatou então as surpresas da filha recém-chegada ao plano supe­rior, onde afeições de outros tempos e familiares queridos chegavam de longe para felicitá-la. É que Beatriz concluíra nobre tarefa –  den­tre as muitas empresas admiráveis cuja extensão é avaliável apenas na pátria dos Espíritos –  a tarefa da renovação íntima, obtida à custa de sacrifícios ignorados. As lágrimas vertidas no silêncio e as dores anônimas lhe haviam granjeado paz e luz. Decerto não retornara alçada à glória angélica, mas, tanto quanto possível, na condição em que re­nascera, voltara triunfante. (2a parte, cap. VIII e IX, pp. 263 e 264)

125. O instituto "Almas Irmãs" - Em breve tempo, Neves e André che­gavam ao instituto "Almas Irmãs", destinado ao socorro dos irmãos ne­cessitados de reeducação sexual e que, exibindo plano extenso de cons­truções, ocupava quatro quilômetros quadrados de edifícios e arruamen­tos, parques e jardins. Inalava-se ali tranquilidade, alegria. Rostos sorridentes os saudavam, de permeio com os semblantes circunspectos que lhes lançavam olhares de simpatia. Todas as idades ali se expres­savam nos companheiros de ambos os sexos. Neves, que já conhecia o instituto, informou que a agremiação possuía vasta dependência reservada a enfermos e que os verdadeiros alienados em consequência de alu­cinações emotivas, trazidas da Terra, permaneciam reclusos em manicô­mios, sob tratamento, sempre que apartados das falanges dementadas nas regiões tenebrosas. As entidades que os cumprimentavam, tranquilas, pacificadas e lúcidas, remanesciam de tragédias passionais vividas in­tensamente no mundo. Belino Andrade, amigo que André não via fazia aproximadamente dez anos, avisou-os de que Félix os atenderia mais tarde, na própria residência. O amigo, depois dos cumprimentos, infor­mou-os de que eles pisavam num hospital-escola de suma importância para os candidatos à reencarnação. Os internados ou estudantes vinham, em maioria, de estâncias purgatoriais, após alijarem as consequências mais imediatas dos vícios e paixões aviltantes, acalentadas no plano físico. Examinados com rigor, atendiam a critério de seleção, nas pa­ragens de angústia expiatória em que se demoravam, e somente depois de julgados dignos entravam naquele pouso de refazimento para estações mais ou menos longas de estudo e meditação, pesquisando as causas e observando os efeitos das quedas de natureza afetiva em que se haviam precipitado. Depois de instruídos, todos são recambiados ao do­micílio terrestre, onde reencarnam nos ambientes em que faliram e, tanto quanto possível, nas equipes consanguíneas que lhes impuseram prejuízos ou lhes sofreram os danos. No instituto obtinham a láu­rea do conhecimento; na Terra volviam a aplicá-lo, através das dificuldades e tentações da faina material, que nos comprovam a assimilação das vir­tudes adquiridas. (Cap. IX, pp. 265 a 267) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita