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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 304 - 24 de Março de 2013

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 
 

Comentando o mal

"Lembre-se de que o mal não merece comentário em tempo algum."
André Luiz.


Já imaginaram o que seria dos jornais nas televisões se essa orientação de André Luiz fosse seguida? Muita gente diz que determinados noticiários fazem escorrer sangue pelo aparelho, mas não se dá conta de que os responsáveis são as pessoas que os alimentam sintonizando com esse tipo de noticiário. Sim, porque, se não atraíssem público, não renderiam os lucros dos patrocinadores desse tipo de programas.

De tal maneira que somos responsáveis na medida em que acolhemos esse tipo de noticiário e sentimos uma espécie de prazer mórbido com eles. Isso fica muito bem evidenciado quando ocorre um acidente de trânsito e várias pessoas se aglomeram para assistir ao desenrolar dos fatos. Existe uma espécie de prazer doentio em assistir à chegada do socorro médico e das autoridades de trânsito que aquele acontecimento exige. O que fazem os noticiários das televisões ou outros veículos de comunicação? Levam o “prato pronto” para o interior de nossos lares com a nossa permissão.

Existe muita coisa boa acontecendo no mundo sem nenhuma dúvida. Por que não sofrem divulgação intensa como as tragédias? Quem gosta de parar e contemplar um acidente, provavelmente também gostará de ver os detalhes de um acidente em seu aparelho de televisão, ou no jornal que assina, ou na estação de rádio que sintoniza. E isso é muito ruim. Muito mais do que possamos imaginar. Estabelecemos nesses minutos de atenção uma sintonia perigosa com o pessimismo, atraindo as companhias encarnadas e desencarnadas que se afinam com esse sentimento. Por isso André Luiz é taxativo: o mal não merece comentário em tempo algum!

Um dos exemplos recentes desse tipo de comportamento foi o noticiário sobre os acontecimentos ocorridos em Newtown, no estado de Connecticut, em que um jovem matou a própria mãe, pegou suas armas e foi até sua antiga escola, Sandy Hook, tendo matado vinte crianças com idade entre 6 e 7 anos, além de seis adultos que tentaram salvar os alunos.

Desde 1982, houve 62 (!) crimes como esse nos Estados Unidos. Doze em escolas. As teorias para explicar essas tragédias são várias: filmes violentos, videogames violentos, acesso fácil a armas naquele país etc. Seja qual seja a causa ou os vários fatores responsáveis por esses acontecimentos, o principal não está sendo feito que é exatamente a não divulgação do mal. Isso porque mentes que abrigam desequilíbrios em potencial, ao ver a divulgação que o mal alcança, podem se sentir estimuladas a repetir o fato de alguma maneira. São mentes enfermas. Não raciocinam como a maioria. Nessas cabeças doentes, se o assassino foi mostrado para o mundo através dos noticiários da televisão alcançando a fama fugaz de alguns minutos, mesmo pagando o preço da própria vida, ele, o criminoso em potencial, também poderá desejar ser alvo dessa divulgação infeliz, dessa fama lamentável. Não podemos nos esquecer que são mentes portadoras de patologias que se sentirão estimuladas a seguir o caminho amplamente noticiado.

Vamos a um exemplo corriqueiro e mais fácil de ser entendido. Você está na sua sala assistindo a um determinado programa de televisão de sua preferência. Seu filho pequeno está ali presente, brincando ao seu lado. De repente, em um dos intervalos, entra a propaganda de uma determinada bebida alcoólica com mulheres bonitas e homens “sarados”. Seu filho vê esses anúncios. Você acha que não tem importância porque ele é pequeno e não entende nada. Só que ele absorve a mensagem de que aquela bebida traz felicidade para todo aquele pessoal alegre que participa da propaganda exibida. Mais tarde, quando adulto, diante de uma bebida, a mensagem vem à tona na mente do seu filho. E ele pode querer experimentar beber para ser feliz como os jovens do filme a que assistiu quando brincava ao seu lado “inocentemente” na sala de televisão.

Percebeu o perigo das mensagens quando portadoras de determinadas informações? Agora imagine esse tipo de noticiário quando alcança uma mente adulta, mas portadora de determinado desequilíbrio! Por isso, mais uma vez, André Luiz está coberto de razão: o mal não merece comentário em tempo algum. Aliás, no livro Nosso Lar, capítulo 34, quando André conversa com uma recém-chegada à Câmara de Retificação, recebe uma advertência fraterna de Narcisa, a responsável pelo local, exatamente quando ele entabula conversa com o Espírito resgatado de zonas de sofrimento, procurando entrar em detalhes daquilo que lhe ocorrera. Narcisa é taxativa ao fazer duas afirmativas em forma de advertência sobre as informações que André procura: André, meu amigo, você esqueceu que estamos providenciando alívio a doentes e perturbados? Que proveito lhes advém de semelhantes informações? E, logo depois: Não comente o mal. Já sei tudo que lhe ocorreu de amargo e doloroso. Descanse, pensando que vou atendê-la.

Diante desses noticiários que ocupam demasiado espaço nos diversos tipos de imprensa em nosso país e no mundo, que tal, pelo menos nós espíritas, seguirmos as orientações de Narcisa a André Luiz, fechando o nosso jornal, ou mudando de sintonia nosso rádio ou aparelho de televisão?


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita