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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 304 - 24 de Março de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Painéis da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 4)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares 

A. A mediunidade, inconscientemente exercida, é muito comum em nosso mundo?

Sim. A mediunidade funciona em escala ampla e contínua, muito mais do que se pensa ou do que notam as criaturas. O mundo mental, constituído de ondas que se movimentam em faixas vibratórias específicas, faculta a sintonia daquelas outras da mesma frequência, facilitando a identificação entre as criaturas, no mundo físico, destas com os desencarnados e entre es­tes últimos. Por exemplo, na cirurgia de Argos, houve momentos em que dificilmente se poderia distinguir quem o operava: se o Espírito do Dr. Arnaldo ou se o médico encarnado Dr. Vasconcelos, ambos em perfeita união mental e em atos bem coordenados. (Painéis da Obsessão, cap. 4, pp. 34 e 35.) 

B. Por que as pessoas que lidam diariamente com tuberculosos não ficam igualmente enfermas?  

Isso ocorre com frequência com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e voluntários diversos que lidam com hansenianos, tuberculosos e portadores de outras baciloses violentas, sem que o contato demorado com os enfermos lhes cause qualquer contágio, enquanto outros, que não convivem com portadores de inu­meráveis moléstias, fazem-se de um momento para outro vítimas das doenças citadas. O motivo é que, no caso destas últimas, encontram-se no seu mapa cármico as condições propiciatórias para que se lhes manifestem os males que merecem ou de que necessitam, em razão dos delitos praticados no passado. (Obra citada, cap. 4, pp. 36 e 37.) 

C. Que procedimento permitiu que a moratória concedida a Argos fosse concretizada?  

A sobrevida de Argos resultou de um procedimento complexo, assim explicado pelo Dr. Froebel: "Iremos – informou o médico – retirar o tônus vi­tal que degenera em Argos, predispondo-o à desencarnação e o faremos ser absorvido pelo pulmotor onde já  depositamos regular quan­tidade de maa­prana (1) ou energia superior e de vitalidade extraída dos vegetais ter­restres. Na parte superior interna e transparente da máquina serão misturadas, sob a ação de uma pequena bomba encarregada de fazer a oxigenação da substância fluídica." Ele explicou, em se­guida, que fora pro­videnciado um doador encarnado, porque, no caso em tela, fazia-se ne­cessário também o fluido humano e, tal como acontece nos trabalhos de transfusão de sangue, em que a identidade dos tipos é condição indis­pensável, ali o princípio era o mesmo. E assim se fez. (Obra citada, cap. 5, pp. 42 e 43.)

Texto para leitura

14. Antigo médico paulista auxilia na cirurgia - Dr. Vasconcelos, o médico que operou Argos, era um verdadeiro cristão, embora desrotu­lado e sem qualquer compromisso direto com a fé. Seu tirocínio inte­lectual rebelava-se contra os dogmas que lhe feriam a razão, e a acei­tação bíblica, pura e simples, agredia-lhe a lucidez cultural. Resol­vera, por isso, desligar-se dos grilhões tradicionais e crer segundo suas próprias concepções. Admitia Deus e a indestrutibilidade da vida, e isso lhe bastava para estruturar uma conduta digna, fiel ao jura­mento de Hipócrates, cujo conteúdo vivia. Essa forma de ser granjeara-lhe excelentes amigos e tornara-o dúctil à inspiração dos Bons Espíri­tos. Embora não costumasse orar, reflexionava sempre sobre a vida e seus intrincados e complexos mecanismos, o que não deixava de ser uma forma especial de ligar-se com as Fontes Divinas. Considerando o pa­ciente como um ser necessitado de amor, não se permitira profissiona­lizar, a ponto de ficar indiferente ante os problemas daqueles que lhe recebiam os serviços. Com tal disposição interior e sensibilizado pelo drama de Argos, fez-se instrumento maleável à ajuda de dedicados médi­cos desencarnados que atuam ao lado de facultativos dignos, contri­buindo para os resultados exitosos dos seus tentames. Irmã Angélica providenciou a cooperação de antigo médico paulista, que estudara a tuberculose oferecendo um expressivo contributo no trato da doença. Dr. Arnaldo Lustoza, em espírito, conseguiu manter com o colega encar­nado uma perfeita identificação, o que redundou em sucesso a técnica de extirpação pulmonar. A mediunidade, inconscientemente exercida na Terra, funciona em escala ampla e contínua, muito mais do que se pensa ou do que notam as criaturas. O mundo mental, constituído de ondas que se movimentam em faixas vibratórias específicas, faculta a sintonia daquelas outras da mesma frequência, facilitando a identificação entre as criaturas, no mundo físico, destas com os desencarnados e entre es­tes últimos. Durante a cirurgia, houve momentos em que dificilmente se poderia distinguir quem operava Argos: se o Espírito do Dr. Arnaldo ou se o abençoado Dr. Vasconcelos, ambos em perfeita união mental e em atos bem coordenados. (Cap. 4, pp. 34 e 35) 

15. O caso do senhor de escravos - Concluída a cirurgia, Dr. Ar­naldo informou à Mentora que tudo fora realizado conforme o programa adredemente estabelecido e que as matrizes perispirituais que propi­ciaram a irrupção e virulência da enfermidade foram, por sua vez, igualmente reequilibradas, no transcurso da cirurgia. Manoel P. de Mi­randa pôde verificar mais uma vez a excelência do amor e a sabedoria dos desígnios superiores. Médicos e enfermeiros, assistentes sociais e voluntários, bem como religiosos dedicados que se entregam a tarefas sacrificiais em Sanatórios que lidam com hansenianos, tuberculosos e portadores de outras baciloses violentas, sem que o contato demorado com os enfermos lhes cause qualquer contágio, adquirem resistências imunológicas, enquanto outros, que não convivem com portadores de inu­meráveis moléstias, fazem-se de um momento para outro vítimas de vigo­rosas doenças que lhes exterminam o corpo, em razão de se encontrarem no mapa cármico de cada um as condições propiciatórias para que se lhes manifestem os males que merecem ou de que necessitam, em razão dos delitos praticados. Movimentando-se no Sanatório com o Dr. Ar­naldo, Philomeno pôde examinar detidamente alguns enfermos. Um deles, senhor de meia idade, debatia-se sob hemoptise expressiva. Dr. Arnaldo resumiu o caso. O paciente fora antigo senhor de escravos, que se com­prazia em fazer justiça com as próprias mãos e houvera afogado, pesso­almente, diversos infelizes que lhe caíram sob o jugo, nas águas do rio Paraíba. Expiando seus erros através da enfermidade, sofria o do­ente, além disso, a pressão de alguns inimigos mais diretos que não conseguiram perdoá-lo, apesar de transcorridos quase cento e oitenta anos desde que deixou a carcaça carnal pela última vez na Terra. A seu lado, uma nobre Entidade procurava amparar o enfermo e falar com bon­dade com o adversário, que se locupletava nas emanações do sangue que a vítima expelia aos borbotões. A Entidade fora genitora do infeliz perseguidor e, nessa condição, haviam sido vendidos ao fazendeiro, que os separou colérico, no primeiro dia, objetivando maltratá-los pelo simples prazer de os atormentar. Calejada no eito da escravidão, a mãe suportou a prova, mas o filho, que contava menos de dezoito anos, dispôs-se à vingança e tramou uma conspiração, que foi denun­ciada, vindo a cair na própria armadilha. (Cap. 4, pp. 36 e 37) 

16. A razão dos tormentos do doente - Passara-se menos de um ano que o jovem escravo se encontrava na fazenda, mas a punição do impie­doso amo foi terrível. O fazendeiro mandou prendê-lo ao mourão e de­terminou que se lhe buscasse a mãe, que servia então em terras próxi­mas. Diante da sofrida mulher, o rapaz foi chibateado até desmaiar e, em cada desfalecimento, lhe era aplicada água com salmoura nas carnes rasgadas, findo o que, quando todas as suas forças se haviam esvaído, procedeu-se a seu afogamento. A genitora, vencendo porém as próprias dores, conseguiu perdoar, na certeza íntima de que deveria haver razões para tantos sofrimentos. Quase dois séculos depois, ei-los reu­nidos novamente no Sanatório, embora em situações inteiramente dife­rentes: o antigo algoz sofria a sandice que se permitiu; o filho en­louquecido procurava vingar-se, e a genitora se esforçava por al­cançá-lo e libertá-lo do terrível e injustificado desforço. Dr. Arnaldo explicou, então, que o enfermo não demoraria muito a desencar­nar, acen­tuando que a nobre mulher, por amor, conseguiria diminuir a carga de ódio nutrido pelo filho, recambiando-o à renovação, através do renas­cimento carnal futuro, com o que se quebraria o círculo vi­cioso das contínuas desgraças. Como Philomeno havia imaginado, a valo­rosa mulher já possuía altos créditos por ocasião de sua existência como escrava, pois aceitara tal condição, a seu pedido, para ressarcir antigo débito e ajudar, assim, o filho, que fora a causa do deslize em que ela se comprometera em existência anterior. (Cap. 4, pp. 37 a 39) 

17. Prepara-se a moratória - O pós-operatório de Argos foi dolo­rido. Do Centro Cirúrgico foi conduzido à Unidade de Terapia Inten­siva, possi­bilitando a Áurea retornar ao lar onde se hospedava, para um necessário repouso. Na hora aprazada, Manoel P. de Miranda reuniu-se ao grupo espi­ritual que se encarregaria de proporcionar ao enfermo os recursos para a moratória. Argos encontrava-se, em espírito, ima­nado ao corpo, igualmente entorpecido pelos fortes anestésicos. Irmã Angé­lica aplicou-lhe passes longitudinais, detendo-se mais na região do epi­gástrio e, em poucos segun­dos, ele se exteriorizava, denotando as sen­sações traumatizantes que a cirurgia operara no corpo. Com uso da volição, o grupo conduziu Argos a uma instituição localizada na esfera espiritual. Argos, amparado por Dr. Arnaldo e pelo técnico de passes, não se deu conta da ocorrência. O grupo dirigiu-se a uma ampla e agra­dável sala onde não havia a monotonia das linhas arquitetônicas nem os instrumentais hospitalares da Terra. Havia ali uma mesa cirúrgica e alguns aparelhos que Philomeno desconhecia, e janelas laterais permi­tiam a entrada do ar balsâmico da Natureza, em sua­ves e contínuas lu­fadas. Colocado o enfermo sobre a mesa, Irmã Angélica fez as apresen­tações. (Cap. 5, pp. 40 e 41) 

18. A técnica de sobrevida - O diretor da Clínica era um luta­dor ab­negado que ali se radicara fazia mais de trinta anos e que fora, na Ter­ra, dedicado estudioso das cirurgias cardíacas em campo aberto, o que constituía, na época, verdadeira temeridade. O Dr. Froebel ex­plicou a técnica da sobrevida. "Iremos – informou o médico – retirar o tônus vi­tal que degenera em Argos, predispondo-o à desencarnação e o faremos ser absorvido pelo pulmotor onde já  depositamos regular quan­tidade de maa­prana (1) ou energia superior e de vitalidade extraída dos vegetais ter­restres. Na parte superior interna e transparente da máquina serão mistu­radas, sob a ação de uma pequena bomba encarregada de fazer a oxigenação da substância fluídica." O diretor explicou, em se­guida, que fora pro­videnciado um doador encarnado, porque, no caso em tela, fazia-se ne­cessário também o fluido humano e, tal como acontece nos trabalhos de transfusão de sangue, em que a identidade dos tipos é condição indis­pensável, ali o princípio era o mesmo. "Um antigo amigo de Argos – in­formou o médico – que o acompanha desde o apelo do Sol de Assis aos co­rações terrenos, tentando conduzir os homens a Jesus, será  o tipo ideal para o tentame, ainda mais considerando que este, exercendo a mediuni­dade, está  de certo modo mais adestrado em labores do nosso lado." Ele se referia ao irmão Venceslau, que se re­encarnara com tarefas definidas na seara espírita. Dr. Froebel pediu à Irmã Angélica que orasse, suplicando o divino beneplácito para o tra­balho a iniciar-se. Foram introduzidos dois cateteres no braço direito de Argos, que se ligavam ao pulmotor. De imediato, viu-se que saía uma substância pardo-acinzentada para o inte­rior da máquina. O médico fe­chou pequena válvula, interrompendo o fluxo. Um outro cateter foi li­gado do apa­relho ao braço esquerdo do enfermo, por onde deveria retor­nar a ener­gia purificada. (Cap. 5, pp. 42 e 43)  (Continua no próximo número.) 
 

(1) Maaprana, de origem sânscrita, significa energia proveniente de Brama. Segundo a tradição bramanista, de sua atuação com a acaxa, ou substância, dá-se origem à pracrite, ou matéria.
 


 


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O Consolador
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