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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 303 - 17 de Março de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Painéis da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 3)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares 

A. Qual o diagnóstico feito pelo médico no tocante a Argos?

Segundo o médico, num dos pulmões de Argos, os alvéolos, encarregados da transformação do sangue venoso em arterial, graças à presença do oxigênio, encontravam-se gravemente comprometidos, infestados pelos bastonetes de Koch, que os dilaceraram, produzindo as contínuas hemoptises. A técnica do pneumotórax, que objetivava impedir as contínuas hemorragias, não resultara positiva, em razão do avançado estado de desgaste do órgão. Somente a ablação total da câmara pulmonar poderia ensejar um prolongamento da vida física, agravado o problema em razão da bilateralidade da infecção danosa. (Painéis da Obsessão, cap. 2, pp. 24 e 25.)

B. A tuberculose de Argos fora programada antes do seu nascimento?

Sim. O organograma do corpo de Argos apontava claramente a presença da tuberculose pulmonar, programada antes do berço, em razão dos compromissos negativos adquiridos por Argos em reencarnação relativamente próxima, na Boêmia, quando traiçoeiramente cravara um florete na região pulmonar de um desafeto. O crime ficara impune e ignorado, exceto da sua mente e da consciência da vítima, que, nos estertores de sua agonia, entre golfadas sanguíneas e asfixia cruel, jurara vingança. (Obra citada, cap. 3, pp. 28 a 30.)

C. Argos recebeu dos Benfeitores espirituais o auxílio que ele solicitou?

Sim. Mas Irmã Angélica o advertiu seriamente, lembrando-lhe a célebre lição evangélica segundo a qual “muito se pedirá a quem muito for dado”. Disse-lhe a Irmã: “Não te serão regateados os socorros, todavia, esperamos que saibas corresponder aos juros, porque os dias de borrasca irrompem sem aviso prévio e é durante a aparente saúde que a doença se insinua, desencadeando o seu sucessivo movimento de desgaste e aflição". (Obra citada, cap. 3, pp. 31 a 33.)

Texto para leitura

9. A prece é socorro nas horas difíceis - Jovem, inexperiente e presa de tormentosas incertezas, Áurea passou a enfrentar o primeiro grande testemunho de sua curta existência, que a iria amadurecer e despertar para as superiores finalidades da reencarnação. No imo ha­via imensa frustração, quase mágoa, pelo comportamento do esposo, que lhe ocultara o problema, sem conceder-lhe a opção de preservar a pró­pria saúde, expondo-a a um contágio que, felizmente, não se consumou. Argos, na sua formação moral egoísta, não conjecturara quanto ao sa­crifício que impunha à pessoa a quem julgava amar. No Sanatório, ela procurou, contudo, amparar o esposo, logrando gerar simpatias e con­quistar amizades que lhe seriam de relevante utilidade durante os transes futuros. Embora espírita, recolhia-se na capela do Hospital em homéricos solilóquios de prece, nos quais granjeava as forças necessá­rias para enfrentar as penas morais e físicas que a pungiam. É que, além da enfermidade do marido, Áurea viu-se muita vez assaltada por galanteios vulgares e assediada por pessoas levianas que equiparavam o comportamento alheio ao seu próprio, de nível moral inferior. Não tendo a quem apresentar os conflitos que a dominavam, confiava no Cristo e recorria aos Bons Espíritos, suplicando apoio e socorro para o esposo. Religiosas gentis, que atendiam os enfermos por amor a Je­sus, compreendiam-na e, inspiradas, emulavam-na à fé, à coragem, ao valor. Assim, quando foi avisada da necessidade irrevogável da extra­ção do pulmão direito de Argos, ela compreendeu que o momento decisivo se avizinhava. O médico explicou-lhe a ocorrência e os riscos. "O pulmão direito – informou o tisiologista – é constituído por três lobos e, excepcionalmente, por quatro, o que não é o caso do nosso do­ente. Os alvéolos, encarregados da transformação do sangue venoso em arterial, graças à presença do oxigênio, em Argos encontram-se grave­mente comprometidos, infestados pelos bastonetes de Koch, que os dila­ceraram, produzindo as contínuas hemoptises. A técnica do pneumotórax, que objetivava impedir as contínuas hemorragias, não resultara posi­tiva, em razão do avançado estado de desgaste do órgão. Somente a ablação total da câmara pulmonar poderia ensejar um prolongamento de vida física, agravado o problema em razão da bilateralidade da infec­ção danosa." (Cap. 2, pp. 24 e 25)

10. É longa a noite de quem espera chorando - No lado esquerdo, explicara o especialista, ainda seria possível deter o curso da do­ença, caso Argos suportasse a delicada cirurgia. "O tempo de vida do seu esposo – completou o médico – é mínimo e não há razão para de­longar-se a cirurgia." Não foi fácil para Áurea tomar uma decisão, mas ela não se conteve e anuiu, aduzindo: "Que se faça tudo pela vontade de Deus", após o que, como prorrompera em soluços, foi auxiliada por Madre Teresa de Jesus, que acompanhara o diálogo em frente às radio­grafias de aspecto lamentável. Os destinos do jovem casal enfrentavam, assim, o seu momento de dor reparadora e debatiam-se no corpo, em luta de su­peração das vicissitudes. Longa, assevera Manoel P. de Miranda, é a noite da espera, e sem claridade a vigília de quem aguarda cho­rando. A conjuntura que surpreendeu os jovens nubentes era o desfecho de um drama que se arrastava pelo tempo, sem consumar-se ainda... Diante da séria terapia a ser aplicada em Argos, a equipe médica não ocultava sua natural apreensão. A cirurgia levaria várias horas e, à vista da debilidade orgânica do paciente, as ensanchas de recuperação faziam-se mínimas. Era, pois, perfeitamente previsível o desenlace do enfermo no transcurso da intervenção cirúrgica que objetivava salvá-lo. (Cap. 2 e 3, pp. 25 a 27)

11. A causa da doença estava no passado de Argos - Despertando da ação do forte anestésico que lhe fora administrado – em tais casos o Espírito encarnado é atingido através dos delicados tecidos do peris­pírito –, Argos observou, em espírito, a sala e as pessoas presentes, detectando a presença dos Benfeitores Espirituais que o amparavam na­quele importante momento de sua vida. Demonstrava receio e aturdi­mento, mas, a pouco e pouco, sob o carinhoso concurso magnético dos benfeitores, conscientizou-se do que acontecia, identificando a pre­sença de Irmã Angélica, que dirigia o grupo de cooperadores espiri­tuais e era, de certo modo, fiadora da sua atual etapa reencarnatória. Ante a veneranda Entidade, que lhe abriu os braços acolhedores, Argos deixou-se vencer pelas lágrimas que lhe irromperam espontâneas. A amiga benévola o reconfortou com palavras de estímulo. Reassumindo a posição de equilíbrio, apesar do temor que o sacudia de quando em quando, efeito natural das sensações que o perispírito experimentava durante a cirurgia e que eram transmitidas aos equipamentos do Espí­rito, Argos ouviu com atenção a abnegada irmã. "Aqui estamos – disse ela – para um estudo de intransferível urgência, no qual nos encontramos envolvidos..." Dito isto, ela chamou o irmão Bernardo, que trazia na mão um material, pedindo-lhe explicasse o seu conteúdo. Era uma larga folha de papel com alguns gráficos, que representavam o or­ganograma do corpo de Argos, apontando a presença da tuberculose pul­monar, programada antes do berço, em razão dos compromissos negativos por ele adquiridos em reencarnação relativamente próxima, na Boêmia, quando traiçoeiramente cravara um florete na região pulmonar de um de­safeto. O crime ficara impune e ignorado, exceto da sua mente e da consciência da vítima, que, nos estertores de sua agonia, entre golfa­das sanguíneas e asfixia cruel, jurara vingança. Omitindo detalhes e adiantando explicações, Bernardo adiu esclarecimentos sobre a existência posterior de Argos, que não fora tão bem sucedida como seria de desejar, detendo-se na atual, cujo término estava previsto para aquele dia, com possibilidades de prosseguimento mediante generosa moratória, a depender das circunstâncias que seriam no momento examinadas. Irmã Angélica falou em seguida. "Atendendo aos teus anseios de renovação – disse a Entidade –, não nos furtamos ao dever de interferir em teu favor, junto aos programadores das reencarnações, embora reconhecendo a precariedade das tuas forças morais e emocionais... O passado de to­dos nós é pesada carga que nem sempre conseguimos conduzir como seria de desejar. Não raro, muitos reinícios de atividades para a redenção culminam em agravamento de débitos que somente as expiações lenifica­doras conseguem ajustar mediante processos mais drásticos para o ser espiritual." (Cap. 3, pp. 28 a 30)

12. Argos suplica pela moratória - "Prometeste lutar, na arena íntima, com todos os recursos ao teu alcance", prosseguiu a Benfei­tora. "Rogaste a claridade da fé, a fim de que dispusesses dos valores mais preciosos da vida, e anelaste pela presença de Áurea com quem de­verás marchar, de modo que ambos cresçam para Deus e para a superação de vós próprios. Esclarecido quanto à gravidade da empresa, informaste que não medirias esforços e, recordado daqueles que ficariam na reta­guarda, desejosos de te atingir, reuniste argumentos para demonstrar que o teu amor venceria o ódio e o teu sacrifício superaria o orgulho, abrindo portas à comunhão fraternal. Advertido quanto aos convites à insensatez e às veleidades, mediante amigos frívolos e invigilantes que te chegariam através do impositivo dos reencontros, te dispuseste a abraçar a cruz do trabalho, a usar a meditação para discernir e a prece para triunfar." Angélica informou, então: "Chegamos ao momento decisivo da primeira etapa do teu programa de ascensão. O amor escasso não te facultou evitar o agravamento da enfermidade cármica e a cirur­gia se te impôs como medida recuperadora... A partir de então, maior soma de aflição e desconforto te chegará, para que não olvides compro­missos que te cumpre desenvolver. A dor será o teu sinal de libertação e a deficiência orgânica te constituirá um motivo para vinculares-te a nós outros, deixando-te sustentar nos tentames da elevação espiri­tual". E finalizou, explicando que a vida dele dependeria de suas ações e do seu estado mental. Amigos queridos se prontificaram a auxi­liá-lo, mas dependeria somente dele a vitória. Argos não cabia em si de angústia e expectativa, porque, enquanto ouvia os conceitos enérgi­cos, embora enunciados com brandura, recordava-se dos naturais proble­mas que o assinalavam e evocava os sérios insucessos em que já tom­bara. Mesmo assim, rogou à Benfeitora amiga lhe concedesse o prosse­guimento na luta terrena. Encontrara a Doutrina Espírita, compreendia a importância e a finalidade da reencarnação, sabia dos benefícios da dor e, por isso, não desejava saúde, nem posição de destaque, mas, sim, que não lhe fossem regateados testemunhos que lhe curvassem a cerviz, nem frustrações que o concitassem à reflexão, anelando pelo serviço de Jesus, a que se consagraria... (Cap. 3, pp. 30 e 31)

13. O pedido de Argos é deferido - Em seu pedido, Argos confessou ter reencontrado Áurea, que lhe acenava esperança e em quem desejava localizar refúgio e paz na afetividade. "Agora que a vida me faculta ver melhor e entender os meus próprios erros – asseverou Argos –, bendiria prosseguir no corpo, limitado que seja, o qual transformarei num santuário... Se a paternidade me honrar as horas, terei alcançado o momento máximo e não trepidarei em imolar-me, superando-me em dedi­cação ao Cristo Libertador..." Dominado pela emoção, ele não pôde prosseguir e Angélica, então, lhe respondeu: "O livre arbítrio, meu filho, responde pelo crescimento do Espírito, desde que não interfira no determinismo das Leis Soberanas, tanto quanto estas não se impõem sobre aquele, em violência de ação... Terás o teu pedido deferido pe­los Maiores da Espiritualidade e novo reforço de energia te será apli­cado ainda hoje, à noite, quando passem estas horas de traumatismo or­gânico. Não acreditamos que a paternidade sanguínea esteja nos planos atuais, não obstante, outros filhos necessitados de socorro, quanto tu deles, para o teu próprio bem, te chegarão como aves tombadas do ninho, anelando por carinho e esclarecimento, educação e amor, em cuja tarefa Áurea igualmente está incursa, e que não pode ser postergada, nem deixada à margem, à indiferença ou ao desprezo... Cuidado, porém, meu filho, porquanto `muito se pedirá a quem muito for dado', conforme a recomendação de Jesus. Não te serão regateados os socorros, todavia, esperamos que saibas corresponder aos juros, porque os dias de bor­rasca irrompem sem aviso prévio e é durante a aparente saúde que a do­ença se insinua, desencadeando o seu sucessivo movimento de desgaste e aflição". Argos, amparado por Bernardo, adormeceu e a cirurgia prosse­guiu, com a extirpação da câmara pulmonar que apresentava os singula­res danos produzidos pelo bacilo de Koch. (Cap. 3, pp. 31 a 33) (Continua no próximo número.) 
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita