WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando a série André Luiz
Ano 6 - N° 303 - 17 de Março de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Sexo e Destino

André Luiz

(Parte 22)

Damos continuidade ao estudo da obra Sexo e Destino, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1963 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. Márcia acabou visitando Marita no hospital?

Sim. Levada ao hospital pelo senhor Torres, assim que recebeu a notícia de que o estado de Marita se agravara, ela foi inteirada pelo médico da gravidade do estado da filha adotiva. (Sexo e Destino, 2ª parte, capítulo VI, pp. 227 a 229.)

B. Márcia se comoveu ao ver a filha adotiva?

Sim. Ela e o senhor Torres fitaram, atônitos, a jovem acidentada e Márcia sentiu-se esmagada de assombro, mesclado de piedade, mas reprimiu-se. Pouco depois derramou algumas palavras de carinho, mas, percebendo que Nemésio estava constrangido naquele ambiente, convidou-o ao regresso. (Obra citada, 2ª parte, capítulo VI, pp. 229 e 230.)

C. Ocorreu algum fato que tenha agravado o estado psíquico de Marina e determinado sua internação?

Sim. Ela foi vista pelo senhor Torres – seu amante – com Gilberto, seu namorado e filho do senhor Torres, no momento em que se beijavam. Gilberto nada percebeu, mas ela sim. Minutos depois, Marina piorou, após ligeiro delíquio, do qual voltou francamente possessa. A jovem gritava, chorava, mordia-se, feria a si mesma... Tentando socorrer Marina, André reconheceu que a obsessão se instalara. Os vampirizadores trazidos por Moreira, coadjuvados por outros, haviam dominado, de todo, a jovem desprevenida e o choque experimentado esbarrondara-lhe as últimas resistências. Marina estava hipnotizada, vencida, dementada, irreconhecível. O médico determinou, então, sua hospitalização imediata. (Obra citada, 2ª parte, capítulo VI, pp. 233 a 235.)

Texto para leitura

106. Márcia fica perplexa com o caso - Dona Márcia sentiu-se per­plexa, esmagada, e não sabia em que pensar, se no inusitado da situa­ção, se na sagacidade da filha. Reconheceu-se excedida em astúcia, atirada para trás. Imaginou também, em fração de segundos, a posição de Gilberto. Como ele estaria, arrebatado à outra? Ficara muito claro que Nemésio e Marina eram amantes... Mas, inferindo que as qualidades do senhor Torres, com os cabedais financeiros de que dispunha, não eram um partido para desprezar, Márcia ouviu tudo, tendo um sorriso complacente no rosto. Quando se dispunha, no entanto, a dizer qualquer coisa, o telefone tocou. Era o médico de Marita, em aviso confiden­cial, comunicando-lhe a piora da filha. Se desejasse vê-la, não atra­sasse a visita. Cláudio não compreendia a gravidade do problema e so­nhava com o reerguimento da filha, mas, na realidade, não havia motivo para es­perança. Dona Márcia agradeceu e fez-se pálida, a tal ponto que Nemé­sio se viu forçado a correr para ampará-la. Inteirando-se do ocor­rido, ele ofereceu-se para conduzi-la ao hospital, aproveitando o en­sejo para cumprimentar a jovem acidentada e levar um abraço pessoal ao pai de Marina. (2a parte, cap. V, pp. 225 e 226)

107. Márcia visita Marita pela primeira vez - Valendo-se da con­dução, André seguiu igualmente para o hospital, em objetivo de ser­viço. Minutos depois, o casal foi recepcionado pelo médico, que pres­tou à dona Márcia todas as informações relativas ao estado da filha. Cláudio os recebeu, entre sóbrio e atento. A princípio, o desconforto íntimo... Depois, a conformação. O senhor Torres pareceu-lhe agora de forma diferente. Na verdade, eram os ensinamentos espíritas-cristãos que o levavam a ver com outros olhos o explorador de sua filha. Recor­dou Jesus e a lição da primeira pedra... Se Torres se entretinha com uma jovem que lhe dava liberdade, ele, Cláudio, não vacilara em abusar da própria filha, depois de encantoá-la na sombra, através de embuste soez. Com que direito assumiria, ante a própria vítima tombada, o pa­pel de censor? Concluiu então que amigos espirituais lhe traziam o negociante detestado, a quem um dia desejou esmurrar, para experimentar a sua renovação. Volveu, depois, o olhar para a esposa e não mais en­controu em dona Márcia a inimiga cordial de tantos anos, mas um cora­ção insatisfeito, cujos desastres haviam sido provocados por ele mesmo, logo após o casamento. (2a parte, cap. VI, pp. 227 a 229)

108. O estado de Marita comove os visitantes - Cláudio recordou-se naquele momento de como se enfadara, desapiedado, da esposa, então me­nina cândida e espontânea, tão-só por vê-la disforme durante a gravi­dez da qual nascera Marina, e de como transferira, na direção de Ara­célia, os instintos de homem selvagem. Desde o choque em que se vira coagida a criar duas filhas, em vez de uma, a personalidade real de Márcia desaparecera. Desequilibrara-se. E ele, ao invés de regenerar-se, recuperando-a, jamais regressara da caça de aventuras. Como exi­gir, assim, contas da mulher, se devia acusar-se? Prosseguindo nessas reflexões, percebeu que Márcia e Torres lhe estranhavam a atitude. Desse modo, para não incomodá-los, olhou para a filha desfigurada, que somente as energias de Moreira conjugadas com a alimentação artificial retinham no corpo, e falou para Nemésio: "Veja o senhor... Nossa filha está muito mal..." Os recém-chegados fitaram, atônitos, a jovem acidentada. Dona Márcia sentiu-se esmagada de assombro, mesclado de pie­dade, mas reprimiu-se. Torres, muito nervoso e evocando, com aquela cena, a imagem de Beatriz, recém-desencarnada, buscou Cláudio para confortá-lo, mas deparou com o pai de Marita, de lenço ao rosto, ten­tando sofrear, em vão, o pranto que lhe escorria abundante. Dona Már­cia aproveitou o ensejo para transmitir a Torres a versão do acidente por ela arquitetada. Cláudio percebeu que Márcia mentia para impres­sionar o visitante, mas não lhe rebateu as afirmativas. Limitava-se a chorar em silêncio. Em vez de indignação, sentia apenas pena, imagi­nando-se na posição do viajante que houvesse espalhado farpas em todo o caminho, por onde seria fatalmente impelido a regressar... Márcia derramou, por fim, algumas palavras de carinho e, percebendo que Nemé­sio estava constrangido naquele ambiente, convidou-o ao regresso. (2a parte, cap. VI, pp. 229 e 230)

109. Agrava-se o problema de Marina - Atendendo a instrução de Fé­lix, André retornou com Torres e Márcia, com vistas a socorrer Marina, cujo problema obsessivo se agravava. Nemésio, dominando-se, escolheu caminho mais longo, em marcha lenta. A tortura de Cláudio suscitava-lhe falsas impressões. Cotejando-se com ele, qualificava-se por homem de rija têmpera que assistira à morte da própria esposa, sem quebrar-se, ao passo que Cláudio se derretia ao pé de uma filha adotiva... De vez em vez, deitava olhares furtivos para Márcia, comparável à filha em beleza e inteligência, supondo que, certamente, ela não seria feliz junto daquele cavalheiro chorão. Retomando, assim, as características próprias, a pouco e pouco olvidou a jovem acidentada e o bancário arrasado, que classificava por maricão, e começou a conversar com Már­cia, como se aspirasse a despertá-la para a ideia de que se achava no automóvel sob o patrocínio de alguém compreensivo e vigoroso, capaz de assegurar-lhe euforia. Indagou-lhe, então, se ela frequentava os pas­seios cariocas mais estimáveis, referindo-se aos almoços das Painei­ras, aos piqueniques da Pedra do Conde, aos banhos em Copacabana, à vista inigualável no Pico da Tijuca... Márcia conhecia todos esses lu­gares, como a palma das mãos, mas fez-se de ingênua. Afetando-se no­vata, em matéria de experiências romanescas, informou ter-se casado muito nova e que, desde então, a existência lhe fora um suplício entre escovões e panelas, com a obrigação de tolerar um marido resmelengo, segundo ele próprio, Nemésio, pudera verificar. E acrescentou, fi­tando-o demoradamente, que havia tempo vivia separada do esposo, em­bora continuassem sob o mesmo teto. Nemésio entendeu a insistência da­queles olhares e experimentou recôndita satisfação ao ver-se reques­tado. A futura sogra não lhe desagradava. Não fosse Marina –  pensou – e não hesitaria atraí-la a convívio mais íntimo. Não era, contudo, conveniente precipitar-se. (2a parte, cap. VI, pp. 231 e 232)

110. Marina é internada - A convite de Nemésio, eles almoçaram no Catete, ocasião em que Márcia falou o possível, no intuito de cativar o companheiro. Agradeceu-lhe, então, o devotamento à filha e pediu-lhe permissão para assinalar que a moça era demasiado jovem e, por isso, temia pela inexperiência dela... Ficava evidente, no entanto, que en­tre ambos a relação afetiva estava selada, apesar de todos os itens do acordo se evidenciarem por entrelinhas, suspiros e reticências. A prova disso é que, quando Nemésio retomou o volante, admitiu-se visi­tado mentalmente pela imagem de Márcia. Fugindo-lhe à influência, opunha-lhe a figura de Marina e, por causa disso, ao entrar em casa, estava decidido a ver a jovem. Foi assim que tomou o pijama, calçou os chinelos silenciosos e, absorto, andou, de manso, na direção do quarto em que pretendia surpreendê-la e dissipar os pensamentos intrometidos que Márcia lhe suscitara. Empalmando, de leve, a maçaneta, abriu a porta, sem ruído, mas a cena que viu quase o levou ao chão, tal seu assombro, visto que Gilberto e Marina se beijavam em amplexo apaixo­nado, efusivo. De costas para a porta, o filho não viu o pai, mas Ma­rina, situada de frente, cruzou o olhar com o dele, viu-lhe o rosto crispar-se e desmaiou. Foi tudo muito rápido. Nemésio retirou-se, à maneira de um cão espancado, arrastando-se em terrível asfixia. Estava arrasado e tomado por ponderações contraditórias que lhe varavam o cé­rebro. Como deslindar o enigma doloroso? Gilberto abusara da moça en­fraquecida ou ela dividia-se pelos dois? Buscou, então, erguer-se, mas, como se houvesse recebido uma pedrada no coração, o peito doía-lhe muito e ele, suando frio, sufocava-se. Depois de um quarto de hora, Gilberto, que ignorava por completo a angústia do pai, veio co­municar-lhe que Marina piorara, após ligeiro delíquio. Voltara da sín­cope francamente possessa. Gritava, chorava, mordia-se, feria a si mesma... Pousando nele os olhos magoados, Nemésio pediu ao rapaz co­mandasse as medidas necessárias. Chamasse o médico, telefonasse para dona Márcia, insistisse com a genitora para vir... Tentando socorrer Marina, André reconheceu que a obsessão se instalara. Os vampirizado­res trazidos por Moreira, coadjuvados por outros, haviam dominado, de todo, a jovem desprevenida e o choque experimentado esbarrondara-lhe as últimas resistências. Marina estava hipnotizada, vencida, demen­tada, irreconhecível. O médico determinou a hospitalização imediata. Cláudio foi avisado, sem ser inteirado por Márcia de toda a verdade sobre a filha. Gilberto estava atarantado e infeliz, mas Nemésio, dois dias depois, já permutava confidências com Márcia, cultivando conso­lações um no outro. (2a parte, cap. VI, pp. 233 a 235) (Continua no próximo número.)



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita