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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 303 - 17 de Março de 2013

CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 
 

Controle universal de espiritualidade


Embora kardecista, e sendo de família kardecista, nos meus trinta anos de estudos e divulgação da Doutrina e assuntos a ela relacionados, sempre me causou espécie, e voluntária rejeição, o apego aos rótulos. Porque basta-nos uma investigação superficial dos resultados negativos deste apego no histórico das grandes religiões institucionalizadas do passado, para se avaliar com acerto que, a qualquer tempo, a liberdade de pensamento e o uso do dom do raciocínio são pilares fundamentais ao bom desempenho do ser humano, em quaisquer jornadas de autoconhecimento.

São de grande auxílio os exemplos oferecidos pela vida no decurso do cotidiano. Assim, observo simples simpatizantes do Espiritismo, em inumeráveis vezes, dando melhor exemplo de espiritualização do que outros, habituados a se arvorar orgulhosamente de espíritas, ou de conhecedores ou defensores dos princípios kardecistas, ostentando para prova, infelizmente, no seu dia-a-dia, nada muito além do que mero verniz de espiritualidade, tanto em palavras quanto em atitudes.

Já mencionei anteriormente em meus artigos uma amiga e irmã espiritual que participa de meus dias no âmbito profissional há vários anos. É ela, para menção, um exemplo digno do que quero significar. Não é espírita, embora médium natural. E, isto, afirma categoricamente. Diz-se simpatizante do tema, em razão de discordar, particularmente, de alguns dos pressupostos da Doutrina. Todavia, a sua simpatia, e mesmo crença bastante convicta das realidades da vida espiritual, conforme costuma explicar à roda mais próxima de suas amizades, se baseia em vivências, e em fatos presenciados – referencial de convicção cuja autoridade se estabelece por si. Pois é, a percepção direta de uma realidade, o maior fator conclusivo de que dispomos para com as revelações sucessivas do aprendizado da vida, que, no entanto, não devem nem podem ser compulsoriamente transmitidos a outrem, cujo percurso exclusivo de pensamentos e de experiências precisamos respeitar.

É, pois, esta amável criatura, um bom exemplo do que seria uma espírita ideal, se oficialmente se declarasse confreira dentro dos círculos do nosso Movimento. Pois, aliada às características expostas acima, há a base moral de sua natureza sensível e cristã, sempre predisposta ao auxílio aos outros. Vez houve em que eu mesma me beneficiei deste seu traço de altruísmo. Presa com a família numa estrada em hora tardia de um começo de madrugada, em virtude de um problema extemporâneo no carro de meu marido, para o qual o seguro não prestou concurso eficiente, foi bem ela, esta alma querida, quem, em comum acordo com o esposo, se abalou sem hesitar da enorme distância da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, para prestar-nos o auxílio valioso de que necessitávamos, para o transporte de volta à nossa residência, meu e das crianças, enquanto prosseguiam as complicações junto ao deficitário serviço de seguro com o qual negociávamos.

Exponho a introdução explicativa anterior para abordar o conceito de que, em matéria de Espiritismo e o de se ser ou não espírita, ou o que concerne ou não a isto com maior ou menor autenticidade, longe se acha o raciocínio deficitário de alguns que aludem a uma espécie de fórmula pronta – e, em se tratando do trabalho literário espírita, particularmente, apelando-se sempre para a referência da moda: o respeitável Controle Universal do Ensino dos Espíritos!

Já citei anteriormente, e o faço novamente na oportunidade, a percepção de que a transmissão das realidades espirituais obedece a processo, e não a qualquer espécie de definição confinada em obra ou texto literário de qualquer procedência – e isto o afirmo tendo todas as obras de Kardec como livros de cabeceira e, como referência maior e segura, pesquisadas, estudadas e reestudadas durante o decurso de meu próprio trabalho literário mediúnico com as equipes do invisível que me assessoram a colaboração modesta. De modo que, se à época da Codificação, na questão 234 de O Livro dos Espíritos, apenas superficialmente os Espíritos nos sugerem estâncias transitórias de repouso na vida invisível, para estadia dos desencarnados até a chegada da sua próxima etapa evolutiva, não quer isto dizer que não havia muito mais a ser revelado, e a prazo curto.

Inconcebível que, com o impulso irrefreável que a Doutrina emprestou à compreensão humana sobre os mundos infinitos e esfervilhantes de vida, e apenas que, velado aos sentidos ordinários da matéria, não sobreviesse a necessária continuidade das novidades reveladoras das expansões infindáveis da vida do mais além, pela sucessão e gradativa ampliação do trabalho mediúnico inaugurado outrora com a pedra fundamental das obras de Kardec!

O parâmetro essencial a uma avaliação correta da autenticidade de procedência de uma obra dita mediúnica, deste modo, e segundo preconiza o próprio CUEE, é a concordância de variadas fontes desconectadas para a informação ou revelação de alegada origem espiritual. Se, portanto, médiuns de localidades absolutamente disparatadas uns dos outros, e sem a mais remota chance de contato ou de diálogo, ou conhecimento posterior, transmitem mensagens cujo conteúdo é portador de inegável estatura moral, ainda coincidindo em termos de contexto - como no aludido caso das colônias espirituais, mencionadas tanto por André Luiz, pela mediunidade de Chico Xavier, quanto por muitos outros Espíritos através da mediunidade de diversos trabalhadores da seara literária espírita – eis, aí, o comprobatório razoável da veracidade do que se é veiculado para conhecimento de quem estagia na materialidade.

Do mesmo modo, no entanto, entenda-se que a referência segura de qualidade íntima para que este ou aquele se afirme espírita, ou espiritualista, ou espiritualizado, ou autoridade de tribuna ou dirigente digno de almas buscadoras da fonte iluminada das revelações incessantes da Espiritualidade trabalhadora em prol da vida manifesta nos círculos da matéria, é exemplo e exemplo! Largueza de entendimento, de sensibilidade, e de percepção que eleve o indivíduo ao nível inerente aos Espíritos comunicantes, pois, de onde operam, em absoluto, não priorizam deter-se encarniçadamente nalguma caça às bruxas da era atual, em busca de indivíduos ou obras que podem ou não ser ditas espíritas, ou fiéis a Kardec, ou mesmo aos requisitos do CUEE!

Um outro controle – um Controle Universal de Espiritualidade – que nos indicia o espírita mais fidedigno, meus amigos e confrades, é, e será a qualquer tempo, o exemplo, do ser encarnado ou desencarnado, afim à atitude espiritualizada, nos detalhes mais ínfimos do cotidiano. É a obra literária, ou trabalho espírita, que espelhe, nada mais, nada menos, do que ressonância para com o que as promessas do Cristo nos sugeriram, dois mil anos atrás! E estas promessas nos falaram de Vida eterna e abundante, pela magnificente bondade do Criador e nos iniciaram na realização da Verdade Maior e definitiva de que não somos detentores de nada; nem de veredictos pessoais definitivos contra as atitudes e intenções do nosso próximo, e, menos, da palavra final sobre a grandiosidade das realidades do Universo, cuja soleira mal logramos alcançar, tanto com o nosso entendimento extremamente restrito das coisas da matéria, quanto mais daquilo que se refere ao Infinito!
        

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita