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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 302 - 10 de Março de 2013

GEBALDO JOSÉ DE SOUSA 
gebaldojose@uol.com.br
Goiânia, Goiás (Brasil)

 
 


Deus, o Servidor

 
“Quando Deus quer suscitar florestas, usa pequeninas sementes; quando deseja encher oceanos, se vale de gotas d’água; na construção de mundos, utiliza átomos; quando quer redimir o mundo pelo amor, coloca uma criança numa manjedoura.”
– Anônimo (Reformador mar/81, p. 92).


No Youtube, pode-se ouvir a íntegra da inspirada canção de Gilberto Gil – do disco LP (vinil) editado em 1981: A gente precisa ver o luar – e dedicado à memória de John Lennon: “Se eu quiser falar com Deus, (...) Tenho que calar a voz. (...) Tenho que ter mãos vazias, (...) Tenho que aceitar a dor”.

Será Deus invenção dos homens?

O Livro dos Médiuns – Cap. XXVII, item 301, 5ª – admite Sua existência, quando registra: “O essencial é que (pessoas) pratiquem o bem e não façam o mal. Para isso, não há duas doutrinas. O bem é sempre o bem, quer o façais em nome de Alá, quer em nome de Jeová, visto que existe um só Deus para o Universo inteiro”.

Em o Antigo Testamento, conceito semelhante é expresso – Isaías (1:15 a 17): “Que me importa a abundância das vítimas? Julgais que me contento com o seu sangue e os seus holocaustos?

Tenho em abominação os vossos hinos, as vossas festas e as vossas orações.

Purificai os vossos corações; tirai das minhas vistas a iniquidade dos vossos pensamentos; não continueis a praticar obras perversas; aprendei a fazer o bem; procurai adquirir o discernimento; socorrei o oprimido; fazei justiça ao órfão e defendei o perseguido”. – CANTU, Césare. História Universal. V. I. São Paulo: Editora das Américas, 1958, p. 280.

Perde-se, pois, na memória dos tempos, uma vez que é inata no ser humano, a crença em um Ser superior. Não há como precisar seu início. Os pagãos cultuavam deuses mitológicos; os índios, o Deus sol, o Deus lua.

Lemos em O Livro dos Espíritos:

Q. 1: “Que é Deus?

Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.”

Q. 5: “Que consequência se pode tirar do sentimento intuitivo, que todos os homens trazem em si, da existência de Deus?

Que Deus existe; pois, de onde lhes viria esse sentimento, se não se apoiasse em alguma coisa? É ainda uma consequência do princípio de que não há efeito sem causa.”

Q. 6: “O sentimento íntimo que temos da existência de Deus não seria fruto da educação e das ideias adquiridas?

Se assim fosse, por que os vossos selvagens teriam esse sentimento?”

Na questão 13, do mesmo livro, lemos que, do ponto de vista humano, Deus é “(...) eterno, infinito, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom”.

Contudo, os Espíritos Superiores dizem-nos que há aspectos da Divindade que nossa inteligência não alcança e que nossa linguagem não expressa. E mais: que Amor e Conhecimento nos aproximam Dele.

*

Pestalozzi (1746-1829) preceitua: “Deus fica perto de onde as pessoas demonstram amor umas às outras”.

Jesus ensina-nos:

“Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”. – I Jo 4:8;

“Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, (...)” – Mt. 5:44/5.

Assim, o amor recíproco nos torna irmãos e identifica-nos como filhos de Deus.

Ele é, para nós, o maior exemplo de humildade: age tão imperceptivelmente que, em nossa cegueira, não vemos suas ações. Sua obra fala por Ele; de Sua bondade, sabedoria e grandeza, a partir do Mestre a quem nos confiou. Sejamos dignos deles!

No Universo, quanta beleza! Em toda parte vida, movimento! Céus, Terra, mar, astros, planetas, estrelas – soltos no espaço e não se chocam! E a variedade de árvores, de seres vivos, de frutos, de cores, sabores e formas!

Suas Leis tudo governam: desde o crescimento das plantas (na semente, em potencial, está a árvore) à rota dos astros! Tudo lembra Deus; tudo fala do Criador!

Atentemos para o macro e para o microcosmo – este inacessível aos cinco sentidos a olho nu!

Ao ler Voltaire, num quintal, via e ouvia manifestações da vida: árvores, borboletas, formigas, minhocas, passarinhos, latidos de cães, vozes de crianças a brincar...

Muitos não sentem Sua presença e outros até negam-Lhe a existência. Mas Deus é o Supremo Servidor: serve generosa e anonimamente.

Gabriela Mistral (Poetisa chilena – 1889/1957), em belíssimo poema, leciona:

“DEUS, O SERVIDOR”

Toda a natureza é um anelo de ‘serviço’.

Serve a nuvem, serve o vento, serve o sulco.

Onde houver uma árvore para plantar, planta-a tu;

onde houver um erro para corrigir, corrige-o tu;

onde houver uma tarefa que todos recusam, aceita-a tu.

Sê quem tira a pedra do caminho,

o ódio dos corações

e as dificuldades dos problemas.

Há a alegria de ser sincero e de ser justo;

há, porém, mais que isso, a formosa, a imensa alegria de servir.

Como seria triste o mundo se tudo já estivesse feito,

se não houvesse uma roseira para plantar, uma iniciativa para tomar!

Não te seduzam as obras fáceis.

É belo fazer tudo o que os outros se recusam executar.

Não cometas, porém, o erro de pensar

que só tem merecimento executar as grandes obras.

Há pequenos préstimos que são bons serviços:

enfeitar uma mesa, arrumar uns livros, pentear uma criança.       

Aquele é quem critica,

Este é quem destrói,

Sê tu quem serve.

O servir não é próprio de seres inferiores.

Deus, que nos dá o fruto e a luz, serve.

Poderia chamar-se: o Servidor.

E tem seus olhos fixos em nossas mãos e nos pergunta todos os dias:

Serviste hoje? A quem? À árvore, ao teu amigo, à tua mãe?”



Fonte:

Reformador, fev/77, p. 63.


        

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita