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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 302 - 10 de Março de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Painéis da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 2)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares 

A. O que esta obra procura demonstrar?  

Esta obra demonstra como ao lado do desequilíbrio emocional, causado pelos perturbadores do além-túmulo, a tuberculose mais facilmente se manifesta em razão do bombardeio sofrido pelos macrófagos, degenerados pela contínua ação mental leviana do próprio paciente e pela intoxicação por sucessivas ondas mentais desagregadoras do seu perseguidor, fatores que favorecem a instalação e a virulência do bacilo de Koch. (Painéis da Obsessão, pp. 13 a 16.) 

B. A crença racional e o conhecimento ajudam realmente as pessoas?

Sim, quando o indivíduo se resolve honestamente a vivê-los. Mas não representam recurso de imunização, se aquele que conhece não aplica, na vivência, as informações que possui.  (Obra citada, pp. 13 a 16.)

C. É verdade que uma psicosfera de sombra dominava o ambiente no Sanatório?

Sim. Reduto de reparações espirituais e de aprimoramento moral, nem sempre vitoriosos, o Sanatório reunia antigos estroinas e delinquentes portadores de vários delitos, sob a inexorável presença da dor, moldando-os para futuros cometimentos; mas as blasfêmias, os ódios, as revoltas, as perseguições e as animosidades criavam ali uma psicosfera de sombra e desdita que, não fosse a presença de abnegados Benfeitores Espirituais vigilantes, transformaria em caos e cenário de justas lamentáveis o abençoado reduto hospitalar. Além disso, misturados aos enfermos aturdidos, pululavam chusmas de sofredores desencarnados em desalinho emocional, de perseguidores inclementes e de Espíritos recém-desligados do corpo que ignoravam o próprio estado.  (Obra citada, cap. 1, pp. 19 a 21.)

Texto para leitura

5. Objeto deste livro - Feito de painéis que retratam obsessões, este livro procura demonstrar como ao lado do desequilíbrio emocional, causado pelos perturbadores do além-túmulo, a tuberculose mais facil­mente se manifesta em razão do bombardeio sofrido pelos macrófagos (1), degenerados pela contínua ação mental leviana do próprio paciente e pela intoxicação por sucessivas ondas mentais desagregadoras do seu perseguidor, o que favorece a instalação e virulência do bacilo de Koch.(2) Nesta obra, Manoel P. de Miranda examina ainda ocorrências di­versas em que a obsessão se encontra presente, bem como as técnicas e terapias espiri­tuais aplicadas, nem sempre aceitas ou assimiladas pe­los enfermos de ambos os lados da vida. As personagens centrais da nar­rativa eram co­nhecedoras da Doutrina Espírita, o que não impediu tombassem nas cila­das que lhes foram armadas por seus inimigos ou criadas por elas mes­mas. A crença racional e o conhecimento ajudam muito quando o indiví­duo se resolve honestamente a vivê-los. Mas não representam recurso de imunização, se aquele que conhece não aplica, na vivência, as informações que possui. Dr. Bezerra de Menezes, em mensagem psicografada por Chico Xavier, assevera que os painéis da ob­sessão pintados por Ma­noel P. de Miranda assemelham-se a chapas radio­gráficas revelando lar­gos traços da doença espiritual de todos os sé­culos – a obsessão, enfermidade quase sempre oculta nos escaninhos do ser. Divulgar esses painéis, pela feição de aviso e socorro que ex­pressam, afirma Dr. Bezerra, "é para nós um nobre dever". (Painéis da obsessão, pp. 13 a 16) 

6. O caso Argos - Num imenso Hospital localizado em região privi­legiada, onde o ar puro da Serra da Mantiqueira beneficiava os pacien­tes vencidos pela tuberculose pulmonar devoradora, havia nos doentes, ao lado do desconforto, das dores lancinantes, das alternâncias de febre e frio, da asfixia contínua e das hemoptises (3) sufocantes, todo um somatório de rebeldia e insatisfação. Jovem ainda, Argos fora colhido pela insidiosa enfermidade logo após o matrimônio. A presença do mal pernicioso já se lhe fizera notada antes, mas, moço ambicioso e inquieto, ele enfrentara o compromisso conjugal sem as necessárias re­servas do equilíbrio, ocultando à futura esposa o problema que o mi­nava e o levaria, logo depois, ao recolhimento no Sanatório. Todas as providências e a terapêutica aplicada resultavam inócuas. Dia a dia o organismo parecia diluir-se sob as reações voluptuosas do bacilo em terrível multiplicação. Semimorto, Argos era tomado, de espaço a es­paço, por torrentes hemópticas que mais o depreciavam, predispondo-o a uma parada cardíaca ou à asfixia irreversível. A assistência carinhosa da esposa, que o auxiliava em enfermagem piedosa, ao lado das religio­sas e dos funcionários do Sanatório, minorava-o moralmente, sem que os métodos então em voga dessem o resultado esperado. Nesse clima de aflição, o médico recomendou a extração do pulmão perdido pelos ful­cros cavernosos, numa audaciosa tentativa de prolongamento da vida fí­sica. O prognóstico envolto em perspectivas fatais fez que Argos orasse como há muito não fazia. Ele não era leigo em matéria reli­giosa, pois conhecera as lições do Espiritismo num grupo juvenil, em sua cidade natal. (Cap. 1, pp. 17 e 18) 

7. O ambiente no Sanatório - O encontro com a Doutrina Espírita produzira-lhe um impacto salutar e conseguira sensibilizá-lo profunda­mente. Com a ajuda da reencarnação, pôde entender as tormentosas indagações que lhe demoravam na mente. Ele nascera num lar de lutas e em terra adusta, onde a miséria do povo disputava com a aridez do solo. Provara a orfandade desde cedo e, embora atraído pela riqueza e pelo poder, fora constrangido a sorver a taça de amarguras e dificuldades que o revoltavam, sem poder extravasar. A doença pertinaz era o ápice das suas provações e, por isso, o espectro da cirurgia, cuja probabi­lidade de êxito era reduzida, e a preocupação em deixar viúva e jovem a esposa amada trucidavam-lhe a mente e esmagavam-lhe o coração. A noite que antecedeu a cirurgia lhe fora longa e inquieta, não obstante o sedativo administrado como medida preparatória para o ato cirúrgico. O Espírito não se desligara do corpo pelo sono reparador, visto que todas as aflições, em caleidoscópio sombrio, impregnaram-lhe a consciência com os clichês de angústia e medo, que lhe impossibilitaram o entorpecimento da razão. Havia, além disso, no quadro, outros fatores de ordem parafísica. Reduto de reparações espirituais e de aprimora­mento moral, nem sempre vitoriosos, o Sanatório reunia antigos estroi­nas e delinquentes portadores de vários delitos, sob a inexorável pre­sença da dor, moldando-os para futuros cometimentos; mas as blasfê­mias, os ódios, as revoltas, as perseguições e as animosidades criavam ali uma psicosfera de sombra e desdita que, não fosse a presença de abnegados Benfeitores Espirituais vigilantes, em ação de socorro e caridade, transformaria em caos e cenário de justas lamentáveis o aben­çoado reduto hospitalar. Misturados aos enfermos aturdidos, pululavam chusmas de sofredores desencarnados em desalinho emocional, de perse­guidores inclementes e de Espíritos recém-desligados do corpo que ig­noravam o próprio estado.  Evidentemente, luzia também ali o amor do Cristo, graças às religiosas abnegadas, aos médicos e enfermeiros de­dicados, que se faziam instrumento dos Bons Espíritos em favor dos in­ternos. Argos, sob a inquietação e o mal-estar da noite indormida, voltou a orar, enquanto aguardava a transferência para a sala especia­lizada. (Cap. 1, pp. 19 a 21) 

8. O caso Áurea - O grupo juvenil era álacre e idealista, e cons­tituía um setor de respeitável Sociedade Espírita, onde o esclareci­mento e a orientação segura formavam a pauta dos deveres morais com vistas ao futuro. Áurea se deixara clarificar pela Doutrina Espírita, na qual haurira as alegrias que lhe acenavam felicidade e realização íntima. Sonhava conhecer o mundo, alongar-se por terras distantes, aprofundar conhecimento e relações. Almejava conseguir emoções num mundo de largas conquistas, embora vivesse num burgo onde as possibi­lidades de evolução fossem pequenas. Com tal estado de espírito, aguardava o seu momento. Ao encontrar Argos, na festa de confraterni­zação juvenil, o impacto foi imediato. Sentimentos desencontrados do­minaram-na. De um lado, experimentou inaudito júbilo por ver-se notada e estimada. De outro, estranho receio assaltou-a, como se imagens diá­fanas assomassem ameaçadoras, atemorizando-a com lembranças que não chegavam a delinear-se claramente. Assim se iniciou, ou teve prosseguimento, o drama de duas almas que restabeleciam os vínculos na área da afetividade para o processo de justa reparação e de progresso ina­diável. Em breve tempo, sob o beneplácito do pai de Áurea, pois a genitora via algo de estranho e perturbador no futuro genro, foi anunciado o noivado e, mais tarde, consumada a boda. A enfermidade sorrateira veio à tona quando eles viviam ainda os róseos dias do ca­samento, sendo importante lembrar que, na época, a tuberculose consti­tuía verdadeira peste, assinalando altas incidências obituárias. A viagem a Campos do Jordão fez-se, desse modo, sem maior delonga, gra­ças à interferência de amigos afeiçoados. (Cap. 2, pp. 22 a 24)  (Continua no próximo número.) 
 

Notas:

(1) Macrófago: célula de tecido conjuntivo, com grande capacidade de pinocitose e de fagocitose; pode ser fixo, denominado histiócito, ou móvel. 

(2) Bacilo de Koch: agente causador da tuberculose humana, descoberto em 1888, que deve seu nome a Robert Koch (1842-1910), médico alemão, ganhador do Prêmio Nobel de 1905.

(3) Hemoptise: expectoração sanguínea ou sanguinolenta.
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita