Festas acabadas,
músicos a pé
Acabadas as
festas, tudo
volta ao normal.
Como numa farra,
em que os
músicos,
embriagados e
tontos,
perdem-se pelos
caminhos e têm
que retornar a
pé, para a
retomada das
atividades, a
maioria dos
brasileiros
entorpecidos
pelos louros das
festas desperta para
a vida real.
Fazendo nossas
as palavras do
saudoso “locutor
da torcida
brasileira”,
agora, não
adianta chorar.
Há que se pôr
as mãos no
batente e
batalhar pelo
pão de cada dia,
uma vez que o
dinheiro do
décimo terceiro
e das férias já
foram gastos.
Descanso, agora,
só nos domingos,
feriados e dias
santificados. Contando
na folhinha bem
à nossa frente,
teremos, a
partir de
março, dias
santificados e
feriados.
É hora do
batente, em que
devemos desempenhar
de maneira
sadia as nossas
atividades,
sejam elas quais
forem,
remuneradas ou
não. Pois quando
não se dedica a
uma atividade
útil e fica-se
sem ter o que
fazer, sem um
pensamento bom
que preencha as
horas, os
minutos e os
segundos, dá-se
oportunidade a
que os Espíritos
levianos, que
riem e zombam
das nossas
traquinadas e
impaciências,
nos prejudiquem
e nos levem a
cometer atos
indignos.
Neste
sentido, se diz
que “viver é a
arte de
preencher
espaços vazios”.
A atitude do bom
cristão é
preencher esses
espaços com
ações que
engrandeçam a
sociedade e o
país em
que vive.
Agindo assim,
atrairemos os
Espíritos
sérios, que
lamentam as
nossas
trapalhadas e
somente querem
nos ajudar. O
Livro dos
Espíritos explica
(resposta à
questão 459) que
a influência dos
Espíritos sobre
os nossos
pensamentos e
nossas ações é
maior do que
supomos, porque
muito
frequentemente
são eles que nos
dirigem.
É com muita
propriedade que
se diz que o
pensamento é uma
força. No livro A
Gênese (capítulo
XIV – Os
Fluidos), Allan
Kardec explica
(item 15):
“O pensamento
cria imagens
fluídicas, e
se reflete no
envoltório
perispiritual
como num
espelho; o
pensamento toma
corpo e aí se
fotografa de
alguma forma.
Tenha um homem,
por exemplo, a
ideia de matar
outro; embora
seu corpo
material esteja
impassível, seu
corpo fluídico é
posto em ação
pelo pensamento,
do qual reproduz
todas as
variações;
executa
fluidicamente o
gesto, o ato que
tem o desígnio
de cumprir; o
pensamento cria
a imagem da
vítima, e a cena
inteira se
pinta, como em
um quadro, tal
como está em seu
Espírito.
É assim que os
movimentos mais
secretos da alma
repercutem no
envoltório
fluídico; que
uma alma pode
ler em outra
alma como num
livro, e ver o
que não é
perceptível
pelos olhos do
corpo. Todavia,
vendo a
intenção, pode
pressentir a
realização do
ato que se lhe
seguirá, porém
não pode
determinar o
momento em que
ele se
realizará, nem
precisar seus
detalhes, nem
mesmo afirmar se
ele virá a
realizar-se,
pois as
circunstâncias
ulteriores podem
modificar os
planos e mudar
as disposições.
Ela não pode ver
aquilo que ainda
não está no
pensamento; o
que ela vê é a
preocupação
habitual do
indivíduo, seus
desejos, seus
projetos, seus
desígnios bons
ou maus”.
Portanto, neste
período
produtivo em que
estamos,
projetemos bons
pensamentos,
cultivemos ideias
úteis, estejamos
sempre bem
dispostos e
tenhamos
iniciativas que
somente nos
levem a ações
que dignifiquem
o mundo em que
vivemos.