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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 301 - 3 de Março de 2013

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, MG (Brasil)

 


As tensões nossas de cada dia

O que nos faz adoecer é o jeito como a gente lida
com a gente mesmo

“Vinde  a  mim,  todos  vós  que  estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei.” - Jesus.  (Mt., 11:28.)


“Stress”
é um neologismo inventado por engenheiros ingleses para expressar o ponto de tensão máxima capaz de causar a ruptura de uma estrutura.

Hoje em dia, com a explosão demográfica e o novo “status quo” vigente, isto é, a vida interpessoal, deixando aquela característica pachorrenta e morigerada dos tempos de nossos avoengos para o frenesi e desassossego da atualidade, a palavra “stress” transcendeu sua etimologia e hoje é sinônimo do mal do século. O “stress” tem motivado a maior parte das doenças que acometem o homem moderno...

José M. Martins, que fez doutorado em Psicologia Clínica nos U.S., afirma:

“(...) Ao longo de sua vida o homem moderno vai se repletando de lixo psicológico, ou seja: acumula no cerne do ser situações psicológicas não equacionadas que, num processo de somatização, provocam, a longo prazo, a implosão do ‘stress’.

O corpo humano possui defesas naturais para situações de conflito, mas são defesas que têm as suas limitações. O arsenal defensivo se esgota rapidamente e o indivíduo fica à mercê dos desgastes perniciosos”.

O “stress”, segundo Martins, “(...) é uma resposta de alerta diante de uma ameaça: O coração dispara, o sangue foge das superfícies (colapso periférico) e a criatura fica pronta para atacar ou fugir como o homem primitivo ficava diante das feras. Há descarga de hormônios no organismo, a musculatura fica tensa, pronta para a ação. O organismo tem um dispositivo automático regulador do desarme dessa tensão, mas se a situação se repete com muita frequência, sem a respectiva resposta do esgotamento da tensão, o ‘stress’ se torna crônico, e daí surgem as doenças. Se a pessoa dilui a descarga hormonal em uma consequente ação de defesa ou ataque, respondendo adequadamente ao conflito que a gerou, a situação passa, e o seu organismo se reequilibra”.

 Eliminar ou diminuir o “stress” nem sempre significa descansar, tirar férias.  Segundo ensina o referido psicólogo: “(...) As pessoas precisam reaprender ou permitir que aconteçam os períodos de restauração. E esse período só ocorre se houver a expressão emocional. Faz-se necessária uma aprendizagem específica das relações da emoção com o corpo. A mesma parte do sistema nervoso que coordena a relação emocional é responsável, também, pelo funcionamento da digestão, da circulação etc. Chama-se Sistema Nervoso Autônomo (SNA). Isso quer dizer que, pela lei natural, é um sistema independente, que deveria funcionar por si próprio, mas nós estamos sempre tentando interferir nele com reações do tipo: não posso, não devo...

O ‘stress’ em si não é problema.  O problema é a forma como a pessoa reage a ele, tentando bloquear o sistema nervoso autônomo. Portanto, não é uma situação externa que leva à doença: o que nos faz adoecer é o jeito como a gente lida com a gente mesmo.

Há que se permitir - cada um - o seu momento de ‘staccato’.  Temos que ter a nossa ‘ilha de sossego interno’; parar as correrias, as azáfamas...”

A prece e a meditação são componentes importantes de nosso arsenal defensivo; uma leitura edificante, uma música suave, relaxante, a indispensável prática da visualização terapêutica também atendem à nossa necessidade de refazimento.

Quando, porém, toda a nossa munição foi gasta e o desassossego íntimo continua, quando não estamos mais sabendo lidar conosco mesmos, recorramos a Jesus, o Médico das Almas, lembrando-nos de Suas consoladoras palavras: “Vinde a mim, todos que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”.

O autoconhecimento é outro expressivo fator de combate ao “stress”; e Sócrates, identificando isso, propalou a alto e bom som a frase que encontrou gravada no Templo de Delfos, na Grécia, de autoria do filósofo Sólon: “Conhece-te a ti mesmo”.

Hoje em dia, a psicologia vem reafirmando a necessidade de viajarmos aos escaninhos interiores do “Self”.   

Segundo o psicólogo espírita Adenáuer Novaes[1], “(...) A mente humana cria mecanismos de defesa para seguir as tendências arquetípicas, face à necessidade de manutenção do complexo do ego, que, ao longo do processo evolutivo, vai se estruturando com muita autonomia, e, enquanto não se encontra fortalecido, evita o desabrochar da verdadeira personalidade que é o Espírito imortal.

A própria vida nos ensina que devemos encontrar nossa via pessoal, que se constitui na descoberta do próprio caminho traçado por Deus.  Essa via é o fio condutor de nossas vidas. Somos como a seta do arqueiro que não sabe em que direção vai, mas ela é previamente estabelecida e obedece ao impulso inicial de ir sempre para frente.

Disse Jesus: ‘Todo aquele, pois, que ouve as minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha’. Certamente que Seu objetivo não é nos ensinar técnicas de construção de fundação de casas. Ele apenas Se utiliza de uma comparação de solidez da rocha à maturidade de quem segue e pratica os Seus ensinamentos.

Do ponto de vista psicológico, percebe-se que Ele nos leva à base do psiquismo humano, trazendo-nos a necessidade de perceber a dialética entre a prática e a teoria.   Construir a casa sobre a rocha equipara-se a construir, na consciência, um ‘ego’ estruturado sobre a segura orientação do ‘Self’.  A consolidação do ‘ego’ como agente consciente do ‘Self’ é fundamental ao progresso espiritual. Colocar o ‘ego’ em sintonia com o ‘Self’ equivale a descobrir os propósitos da encarnação, isto é: o porquê e o para que se está encarnado. Construir a casa sobre a rocha equivale a dizer que o processo é interno, e não externo; é profundo, e não superficial”.

Jesus, o inigualável Psicólogo, já nos orientava a respeito da importância do autoconhecimento como fator de alforria espiritual e liberação de toda e qualquer forma de “stress” ao informar que “o Reino dos Céus está dentro de nós”.  Encontrá-lo em nós mesmos, tal a finalidade das reencarnações, tal o diploma da libertação e do equilíbrio, tal a profilaxia e ao mesmo tempo o antídoto para as enfermidades!...      

 


 

[1] - NOVAES, Adenáuer M. Ferraz. Psicologia do Evangelho. Salvador: Fundação Lar Harmonia, 1999, cap. 18.

 

 


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