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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 301 - 3 de Março de 2013

PAULO ARTUR GONÇALVES
pauloarturgoncalves@gmail.com
Paraisópolis, MG (Brasil)

 


Conversando sobre a
criação e o Criador


Matéria e energia são a mesma coisa (matéria é energia condensada) e para simplificar vamos chamar ambos só de matéria. Além da matéria temos o princípio inteligente que é como é chamado, no Livro dos Espíritos, o espírito.

Deus é a Inteligência Suprema do universo e causa primária de todas as coisas, segundo o Livro dos Espíritos. Segundo Einstein, Deus é a lei e o legislador do universo. Para mim as duas definições são convergentes e completas.

A cosmologia é uma ciência que está dando os primeiros passos e nela está dito ser o big bang, uma singularidade, a origem de nosso universo.

Isto, se comparado com a astronomia, ainda estamos no tempo em que a Terra era o centro do universo.

Quero dizer que esta teoria do big bang só representa o primeiro passo. Já se concluiu que o big bang foi big mas não foi bang. Bang é explosão e o universo infla, logo não é bang. Entretanto vamos  continuar com este nome na falta de outro.

O universo inflando fica incompatível a lei da gravidade atuando só na matéria visível.

Daí se concluiu que existem matéria e energia escura (não se vê nem se sabe o que é) e que ambas só representam cerca de 96% da matéria (matéria + energia) do universo.

Com isso se conclui que toda a cosmologia está baseada em 4% da matéria existente.

Isto é um indício que vai mudar e muito.

A teoria do Big Bang único está sendo complementada pela teoria das cordas, em que existem 11 dimensões.

Vou dar uma simplificada nela para me fazer entender, o que, aliás, eu mesmo só entendo de forma simplificada.

Existem vários  “branas” (lâminas espessas e flexíveis) e o nosso universo é uma destas  “lâminas”. Cada dimensão é invisível para a outra dimensão, embora coexistam simultaneamente.

Imaginando duas “lâminas” paralelas e próximas entre si, a quarta dimensão seria a distância entre elas. Por serem “lâminas flexíveis”,  elas tremulam até que duas delas acabem por se tocar. No ponto em que elas se tocam surge um ponto de intensíssima energia concentrada. É um Big Bang que se forma, só que agora não mais do nada.

Uma vez formado o Big Bang, ele começa a inflar e se espalhar como na teoria inicial, só que quase uniformemente.

Também, nesta nova teoria o Big Bang não é único. Estas “lâminas” são paralelas e se movimentam como se tremulassem, sendo que a ciclos, hoje estimados, de três trilhões de anos,  se tocam em algum ponto.

Neste ponto de contato aparece um “Big Bang” que se expande no universo de sua “lâmina”, como uma inflação ou uma onda, até que se dilua. Assim, vários Big Bangs vão se formando de forma contínua e eterna.

Como consequência disto, o Big Bang não é a singularidade da criação que se pensava, e sim o ponto inicial de cada uma das expansões em nosso Brana, nas três dimensões que conhecemos.

Isto resolve a questão do que Deus fazia antes da criação porque não há antes...

Agora vamos dar uma olhadinha no que diz o hinduísmo sobre a gênese. Do blog do indiano Abhilash Rajendran temos:

“Carl Edward Sagan - um astrônomo americano e astrobiólogo - é um divulgador de grande sucesso da astronomia, astrofísica e outras ciências naturais, compara o conceito de início e fim do universo do hinduísmo com a da cosmologia moderna.
A seguir está um resumo do texto do vídeo que ele gravou e que esteve disponível em You Tube, porém agora o mesmo só pode ser obtido no Hindu Blog.

A religião hindu é a única das grandes religiões do mundo dedicada à ideia de que o próprio cosmos sofre uma imensa, certamente um número infinito de mortes e de renascimentos.
É a única religião em que as escalas de tempo correspondem, sem dúvida, por acaso, aos da cosmologia científica moderna. 

Um dia de Brahma (Deus) dura 8.640.000.000 (8,6 bilhões) de anos nossos. Isto é mais do que a idade da Terra ou do Sol e cerca de metade do tempo desde o big bang de 13,5 bilhões de anos. 

E há muito mais escalas de tempo mais longo ainda.
É  profunda e interessante a noção de que o nosso universo não é senão o sonho de Deus.

Após 100 anos (1 século) de Brahma o universo dissolve-se em um sono sem sonhos.  Depois de um século Brahma, o universo recompõe-se começando novamente o sonho ... o sonho cósmico de Deus.”

100  anos de Brahma equivalem a 315 trilhões de anos e logo o 3 trilhões de anos da teoria das cordas é menos de 1% do século de Brahma (Deus).
Este sonho cósmico de Deus não poderia ser chamado de forma-pensamento?

Universo dissolver-se num sono sem sonhos não é a dissolução de um big bang como consequência de sua inflação?

Aí vem outro big bang, outra inflação e tudo se repete, como diz o Budismo com seu conceito de gênese continuada.

O Budismo fala em gênese continuada sem entrar nos detalhes como entra o hinduísmo.

Isto em cada Brana e eles são 11.... logo estes universos se sobrepõem.

O Espiritismo ensina que Espíritos puros (escala máxima da evolução segundo Kardec) ou anjos colaboraram com Deus na cocriação. Logo, eles são deuses no sentido de que um deus é um colaborador de Deus.

Também o Espiritismo ensina que Jesus é um Espírito puro (logo, um deus) e o governador de nosso pedacinho do universo, estando presente desde a formação de nosso sistema solar, sendo que alguns estendem isto para o sistema Capela. Ele é um cocriador.

Agora vamos voltar ao hinduísmo.

“Enquanto isso... em outro lugar... há um número infinito de outros universos... cada um com seu próprio deus... sonhando o sonho cósmico.
Estas grandes ideias são moderadas por outra, talvez ainda maior, é dito que os homens não podem ser os sonhos dos deuses, mas sim que os deuses são os sonhos dos homens.
Na Índia, há muitos deuses e cada deus tem muitas manifestações.

Eles são representados por estátuas de bronze e incluem várias diferentes representações do deus Shiva.”

Shiva segundo o hinduísmo é o deus cocriador do nosso universo, menos da vida animal (inclui o homem), que fica a cargo de outro deus: Vishnu.

Esta segunda cocriação foi feita em 10 etapas, sendo que em cada uma delas Vishnu se apresenta com outro nome e com outra imagem.

Estas manifestações de Vishnu, por terem outros nomes e outras imagens, são confundidas

com deuses diferentes. Não vou entrar nisto para não estender mais o que já o fiz, porém adianto que parte destas 10 etapas estão muito próximas do que ensina Charles Darwin.

Simplificando, Jesus seria a soma de Shiva e Vishnu!

Sei que acabo de dar nó na cabeça de muita gente e garanto que o nó na minha cabeça ainda está atado.

Nós fazemos parte do mundo Abraâmico (ensinamentos bíblicos que se iniciaram com Abraão), que inclui Judeus, Islâmicos e Cristãos não espíritas (católicos, protestantes, evangélicos, ortodoxos etc.). Todas essas religiões Abraâmicas pregam o criacionismo bíblico do universo em sete dias e do homem com Adão e Eva. O Espiritismo, religião cristã não Abraâmica, aceita só a ciência.

Como esse mundo Abraâmico diz que a bíblia foi inspirada por Deus, fui compará-la com os Vedas, no qual é dito o mesmo. Se ambos fossem inspirados por Deus, teriam que ser convergentes, por só existir um Deus, mas não o são. Logo foram inspirados por deuses diferentes.

No caso da bíblia estamos falando de Iahweh (Jeová e outros nomes), o deus de Moisés, em que ele mesmo, no primeiro mandamento do decálogo, se apresenta como um dos deuses e não como Deus.

Vejamos:

”Eu sou o senhor, vosso deus, que vos tirei do Egito, da casa da servidão. Não tereis, diante de mim, outros deuses estrangeiros. - Não fareis imagem esculpida, nem figura alguma do que está em cima do céu, nem embaixo na Terra, nem do que quer que esteja nas águas sob a terra. Não os adorareis e não lhes prestareis culto soberano, porque eu, o senhor vosso deus, sou deus zeloso, que puno a iniquidade dos pais nos filhos, na terceira e na quarta gerações daqueles que me aborrecem, e uso de misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.”

No caso dos Vedas nem desconfio.

Entretanto existe uma corrente de estudiosos, nos quais se inclui Erich von Däniken, que diz que esses deuses  são “extraterrestres" e, além da bíblia e do hinduísmo, acrescentam o antigo Egito, Maias, Incas, etc.   

Segundo o Espiritismo, Espíritos mais elevados que nós trabalham também orientando a humanidade, em colaboração com os Espíritos puros e cocriadores como o Mestre Jesus. 

Dentre esses espíritos mais elevados Iahweh é um deles e tantos outros existem.

Exemplos são “santos”, “budas”, muitos guias espirituais, etc.

Se eles não estão diretamente na Terra podem ser chamados de “extraterrestres”... Prefiro não entrar nisto...

Como resultado disto, plagiando Sócrates, digo que só sei que nada sei.

O Espiritismo se apresenta como sendo a terceira revelação e eu acho que é uma das terceiras revelações. Como espíritas, temos que manter a nossa mente aberta e não nos julgarmos donos da verdade. Temos que nos esclarecer, sim, porém um de nossos aspectos é o científico. Isto significa que temos que pesquisar por todos os lados e estar preparados para aceitar fatos comprovados que contradigam nossa doutrina. Aí ela deve mudar!

Galileu, no cap. VI, item 6, de A Gênese, esclarece: "Há questões como essas (origem da matéria), as quais nós mesmos, Espíritos amorosos da Ciência, não podemos aprofundar, e sobre  as  quais  não  poderíamos emitir senão opiniões pessoais, mais ou menos conjecturas; sobre tais questões, ou me calarei, ou justificarei minha maneira de encará-las; porém, esta não pertence a tal número".

No item 9, continua Galileu: "Uma vez que venho aqui tratar da questão das leis e das forças que regem o Universo, eu que não sou senão um ser relativamente ignorante frente à Ciência verdadeira (e nisso somos idênticos), apesar da aparência de superioridade que me dá sobre meus irmãos da Terra a possibilidade de estudar as questões naturais que lhes são interditas em vossa posição...".

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita