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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 300 - 24 de Fevereiro de 2013

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 
 

Celibato e castidade

“Diferença expressiva medeia entre a felicidade e o prazer, o gozo físico e as emoções que produzem dita...” – Joanna de Ângelis.


Interessante que, vira e mexe, determinadas pessoas descobrem ou lembram-se de Jesus. Não dos seus ensinamentos, mas de sua vida. Não de sua vida de exemplos fartos e robustos no campo do Amor, mas de sua vida amorosa. Talvez, psicologicamente, necessitemos buscar algo Nele que justifique os desequilíbrios atuais que caracterizam o sexo. Desse sexo que procura, em vão, traduzir-se ou confundir-se com o que seja verdadeiramente o amor. O jovem de hoje sabe muito sobre o sexo físico, mas desconhece quase tudo sobre o sexo fruto do amor. A parte ginecológica substituiu a emocional. Digo isso porque a revista VEJA, edição 2288, de 26 de setembro de 2012, traz uma reportagem com o título EXISTIU UMA SENHORA JESUS?

Vamos pinçar alguns trechos. “As especulações sobre a possibilidade de Jesus ter sido casado vêm dos primeiros séculos da era cristã. Os cristãos buscavam referências sobre o mestre para saber qual comportamento deveriam adotar, diz o historiador André Chevitarese, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O celibato do clero só foi definitivamente decretado no Concílio de Trento, que ocorreu entre 1545 e 1563.”

Interessante essa colocação porque os outros comportamentos que todo cristão deveria adotar exemplificado por Jesus até hoje não são seguidos. Mas quando se fala na vida sexual que Ele poderia ter vivenciado, isso desperta interesse. Por que tanto interesse assim? Para se justificar o que se faz ou o que se fez ao longo de tantos séculos com a força do sexo? Como a se dizer: se Ele se relacionou com uma mulher, então também tenho todo o direito! Ora, se o celibato foi um decreto humano, já ficou suficientemente esclarecido que não partiu Dele, mas sim de uma decisão dos homens que a tomaram por motivos que a consciência de cada um deles deve justificar. Justifique você as suas decisões sem querer empurrar a sua responsabilidade, fruto do seu livre-arbítrio, para as costas de alguém.

A reportagem continua insistindo: “A falta de documentação histórica sobre a vida de Jesus faz com que os olhos do mundo se voltem atentos a cada descoberta de manuscritos antigos que possam trazer mais elementos sobre ele. No século passado, surgiram vários textos apócrifos, ou seja, considerados ilegítimos pela Igreja, que contradizem os Evangelhos oficiais. O Evangelho de Judas diz que ele não traiu Cristo. O de Felipe afirma que Maria Madalena era sua companheira”.

Passemos às lições para Joanna de Ângelis: “Da coação a que a intolerância o jugulava (o sexo), como consequência da ignorância das suas sublimes funções e finalidades, passou à libertinagem com que se apresenta corrompido, em mixórdias repulsivas, nas quais se buscam expressões de gozo que o envilecem, o desnaturam e o desorganizam...

Incontestavelmente o sexo exerce profunda influência na vida física, emocional e espiritual das criaturas.

Santuário da procriação, fonte de nobres emulações e instrumento de renovação pela permuta de estímulos hormonais, a sexualidade tem sofrido agressão apocalíptica dos momentos transitórios da regeneração espiritual que se opera no planeta.

Isto porque o sexo, sem a dignidade do amor, desarvora, embrutecendo os apetites que não se fazem saciar e ressurgem mais violentos, constrangedores...

Das condenáveis críticas da mordacidade e da perseguição, o sexo saiu para a praça pública do desrespeito, como a desforçar-se dos padecimentos sofridos na suposição de que o extremado uso reabilitasse o erro da antiga coibição”.

Para Jesus o Amor não era sinônimo de sexo como é nos dias atuais. O sexo, atualmente, traz uma pequenina parcela de amor (amor?) que termina diante dos pequenos obstáculos. Por que vivemos preocupados com esse aspecto da vida Dele se os demais ensinamentos vivem esquecidos por nós em nosso dia-a-dia no relacionamento com aqueles que caminham ao nosso lado? Por acaso, alguém que vivenciou tudo o que Ele vivenciou por nós, se macularia se tivesse tido uma companheira? Nascemos através do relacionamento sexual de nossos pais, com ou sem amor, por isso somos filhos de um pecado? Até quando carregaremos em nosso interior esse conceito responsável por tantos conflitos psicológicos de intensa gravidade? Até quando continuaremos a confundir celibato com castidade? Jesus era, acima de tudo, casto. Castidade não ocorre pela ausência de relacionamento sexual. Castidade é a ausência do mal dentro de nós mesmos. Castidade é um estado de alma que se reflete nos atos da pessoa, e não a repressão contra o relacionamento sexual. Castidade em nossos pensamentos. Castidade em nosso relacionamento com aquele que caminha conosco. Quantos celibatários não se abrasam por dentro para manter uma aparência exterior que nada traduz? Quantos conflitos emocionais torturam as almas que despreparadas para serem castas fazem opção pelo celibato?

Que importa o que os Evangelhos, apócrifos ou não, falem sobre a vida amorosa de Jesus no sentido de Ele ter convivido com alguém, se o Amor sobre o qual ele tanto falou e viveu está tão ausente de nossas vidas? Essa deveria ser a nossa preocupação maior. Ficamos a traduzir pequenos fragmentos de papiro na língua copta e fugimos de traduzir a linguagem do Amor que Ele empregou para conosco e recomendou que a utilizássemos com os nossos semelhantes!  
 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita