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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 299 - 17 de Fevereiro de 2013

TÂNIA REGINA REATO
taniareato@hotmail.com
São João da Boa Vista, SP (Brasil)

 


Volta às aulas?


Atualmente, ao matricularmos nossas crianças nas pré-escolas e demais séries, nos vem a preocupação pelo que as espera ou a que elas estarão sujeitas. Especialmente, as questões voltadas à violência. Em todos os níveis.

Abordamos este tema a título de buscar ideias que intentem amenizar esse grave problema.

Bom seria se soubéssemos precisar onde brota a raiz dessa chaga que se alastra, atacando o meio estudantil. E arrancá-la, para sempre. Porém, enquanto isso não é possível, vejamos como poderemos contribuir para que esse mal não se perpetue e seja enfraquecido. Busquemos examinar as nossas atitudes, o nosso modo de agir e de pensar, relativos à criança que nos foi confiada aos cuidados, e a tudo que possa vir a influenciá-la. Desde seu meio familiar ao seu meio social. Destacando-se deste último a vida social escolar, que é o tema que se pretende examinar neste artigo.

Não se espere, contudo, um tratado pedagógico com a pretensão de solucionar os graves problemas existentes nas instituições escolares referentes às violências ocorridas no meio estudantil. Não! Apenas colocações que, talvez, possam servir de pontos a serem estudados, a fim de colaborar para a diminuição delas.

Podemos iniciar nossas colocações refletindo sobre a providência a ser tomada na compra de materiais escolares. A proposta aqui é a de que se reflita sobre essa simples mas importante atitude.

Munidos da lista de materiais e, geralmente, acompanhados dos filhos, muitos pais deixam que estes escolham esses materiais. E eles os escolhem de acordo com a moda ou a “onda” do momento, destacando-se, nesse item, as questões das “marcas famosas”, disponíveis no mercado, mas nem sempre acessíveis ao bolso de todos.

Entram na papelaria ou livraria, que neste período de início das aulas mais se apresenta como uma loja de brinquedos do que propriamente de artigos escolares. Deparam-se então com “mochilas ursinho”, “mochilas bonecas”, “mochilas bolas”, “mochilas carrinhos”. Além dos cadernos estampando em suas capas fotos de super-heróis, de ídolos do futebol, apresentadores de programas infantis, atores de novelas, atores de cinema, cantores da parada de sucesso e por aí afora. Todos idolatrados pelo público infanto-juvenil... E, não parando por aí, temos os lápis e canetas decorados com variadas formas de bonecos, carrinhos, bichinhos e outros.

Impossível enumerar a variedade de artigos motivados com temas não condizentes com a educação. Produtos que, exageradamente consumidos pelos alunos e aceitos ou aprovados pelas direções escolares, tendem a levar à criança e o jovem a desviar sua atenção do verdadeiro objetivo escolar que é o de aprender e se instruir. Desse modo, podendo não só comprometer o papel da escola, que é o de instruir educando, mas também comprometer o preparo de seus alunos para um futuro que todos esperam ser promissor e moralmente correto. Produtos esses elaborados sob o pretexto camuflado de estimular o estudo e a frequência dos alunos na escola, embora seja notória a desnecessária utilização deles, uma vez que nada contribuem para o aprendizado escolar. Em se respeitando a opinião de alguns que acreditam nesse tipo de estímulos, vale pesar os resultados obtidos com tal técnica e, por aí, verificar se ela é válida ou não.

Não seria mais interessante trabalhar a criança desde os primeiros anos escolares visando a prepará-la para a responsabilidade com os compromissos escolares, que nada mais são do que o prenúncio de suas responsabilidades futuras para consigo mesma, para com a família e para com a sociedade?

Aderindo a estes convites consumistas, oferecidos no mercado, põe-se em risco a seriedade com que a criança deve encarar essa nova etapa de sua vida.

É preciso atentar para os padrões e valores pelos quais as crianças estão sendo encaminhadas e conduzidas nesse período de suas vidas, pois estes implicarão, diretamente, sua conduta comportamental e seu proceder social.

É importante conscientizar-nos a respeito de certos caprichos próprios das crianças. Embora naturais na idade pré-escolar, deve-se evitar atendê-los, com o propósito de precavê-las de males futuros.

A adesão a determinados artigos ditos escolares, com tais motivos, pode provocar acirradas disputas e competições quanto ao “quem tem o brinquedo mais da hora”, em se tratando de marcas famosas, gerando, não raro, as famigeradas brigas entre grupos de alunos. Brigas e adversidades que vão desde o insulto verbal à agressão corporal grave.

Estendendo o assunto para as séries seguintes, chegamos ao ensino fundamental e, posteriormente, ao ensino médio e superior. Nesta etapa, nossas crianças já estarão mais crescidas, porém, nem por isso, deixaram de necessitar de nossa atenção e cuidados redobrados.

Não é improvável que um bom número dessas crianças siga adiante para as novas etapas trazendo heranças disformes do conceito escola para as séries seguintes. Nestes casos, substituindo a outrora disputa do “quem tem o brinquedo mais da hora”, pela disputa do “quem pode mais”, fruto daquela outra! Altera-se apenas o cenário. Vemos agora o pátio recreativo sendo palco de passarela de modas, incluindo acessórios pessoais que diferem entre si, demonstrando a condição econômica dos alunos, mais favorável em uns e menos favorável em outros.

Aqueles que mais se destacarem no meio, se não receberam dos pais e familiares a orientação adequada de modo a informá-los de que o núcleo de estudo não é local de competição e exibição pessoal, poderão se portar com arrogância e menosprezo diante daqueles que não se igualem às suas condições financeiras. Poderemos ter aí o surgimento das discriminações preconceituosas, e da mesma forma os outros poderão, também, por falta das mesmas orientações, reagir contra os primeiros, se não pelo desprezo, pelo despeito ou pela inveja. Teremos então, aí, instalado a revolta, nascida do inconformismo e da não-aceitação das naturais diferenças econômicas existentes na sociedade humana.

Outro fator a ser ponderado é o de se questionar o modo pelo qual temos lidado com nossa autoridade, diante da imaturidade de nossos jovens. Vale lembrar que uma criança que nunca recebe um “não”, na intimidade do lar, terá dificuldade de aceitar um “não” nas experiências que terá de vivenciar em sua trajetória terrena, o que pode ocorrer com todos, sem exceção, o que ocorrerá a partir do instante em que deverá ser “apresentada ou lançada” ao mundo exterior, longe de seu ambiente doméstico.

Sendo assim, pode-se esperar desse indivíduo uma reação contrária ao que se deseja ou se espera de uma pessoa, desde que não esteja ela completamente consciente, por falta de orientações adquiridas na família, a respeito das atribulações a que todos nós, seres sociais, estamos sujeitos.

Não nos faltam exemplos de jovens e adultos atuando de maneira arbitrária e irresponsável na nossa sociedade. Eles se encontram presentes em todas as classes sociais. Sejam os chamados “elitizados”, “burguesinhos”, “patricinhas”, sejam os chamados “mano”, “trombadinha”, quer estejam matriculados em escolas particulares, quer sejam os matriculados na escola pública.

É evidente que não são somente tais fatores relativos à educação estudantil que podem levar indivíduo a comportar-se de modo indesejado diante da família e sociedade. Entretanto, entre esses fatores os voltados a essa área são os que mais exercem influência sobre o comportamento e a conduta de nossos jovens.

Reflitamos sobre as ideias aqui apresentadas, cientes de que “se não podemos mudar o passado, podemos mudar o presente, renovando o futuro”.

 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita