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Estudando a série André Luiz
Ano 6 - N° 299 - 17 de Fevereiro de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 


Sexo e Destino

André Luiz

(Parte 18)

Damos continuidade ao estudo da obra Sexo e Destino, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1963 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. Márcia e Marina foram ao hospital ver Marita?

Não. Nem uma, nem outra. Ambas alegaram motivos para não ir, e Cláudio sentiu-se abandonado naqueles momentos para ele tão importantes. Ninguém o apoiava, ninguém entendia-lhe o su­plício moral. Mas, quando eram cinco horas, chegou ao hospital o Sr. Salomão, o farmacêutico, que se declarou amigo da jovem e seu vizinho de loja. Dizendo ter sido uma das últimas pessoas com quem ela conversara antes do acidente, ele narrou ao pai aflito, pormenor a pormenor, quanto sabia. Com certeza, a jovem ingerira os soporíferos que lhe dera e, identificando-lhes o caráter inofensivo, projetara-se sob um automóvel em disparada. (Sexo e Destino, 2ª parte, capítulo II, pp. 189 a 191.)

B. Além do apoio moral de sua presença, a ida de Salomão ao hospital acabou sendo providencial. Por quê?

O motivo é que ele se ofereceu para trazer ao recinto um amigo espírita, como ele o era, fato que se deu no mesmo dia, às oito da noite, quando ele e o senhor Agostinho ali chegaram. Agostinho interessou-se delicadamente pela moça e inteirou-se de todas as minudências do desastre. Em seguida, orou, emocionado, suplicando a bênção do Cristo para a menina atropelada e aplicou-lhe passes de longo curso. O atendimento infundiu grande bem à moça, melhorando-lhe a condição geral. A respiração desoprimiu-se e Marita conseguiu entrar, enfim, em sono calmo. (Obra citada, 2ª parte, capítulo II, pp. 191 e 192.)

C. Que efeito produziu em Cláudio a presença ali do senhor Agostinho?

Um efeito muito grande. A participação de Agostinho entre os espiritistas agitou-lhe o espírito, visto que, comerciante abastado e instruído, ele evidentemente não se deixaria enrolar em tapeações. Cláudio conhecia-lhe a agudeza de raciocínio, a honestidade. Que doutrina seria aquela, capaz de induzir um homem respeitável a entrar em prece, num quarto de hospital, chorando de compaixão por uma menina à beira da sepultura? Que princípios impeliam, assim, um homem educado e rico a esquecer-se, no socorro aos infelizes, imbuído daquele amor que somente os pais conhecem? Movido por esses pensamentos e influenciado por André Luiz, Cláudio começou, então, a ler o livro que Agostinho lhe havia ofertado: um exemplar d´O Evangelho segundo o Espiritismo. (Obra citada, 2ª parte, capítulo III, pp. 193 e 194.)

Texto para leitura

86. Moreira passa a ajudar a enferma - Félix, sereno, acercou-se de Cláudio, administrou-lhe energias de refazimento e, após levantá-lo, despediu-se, avisando que voltaria e enviaria cooperadores. Cláu­dio também se afastou, buscando o especialista. Moreira, que observara André desde a chegada, fitava-o agora com simpatia. Em dado momento, amaciando o tom de voz, disse reconhecê-lo e queixou-se dos irmãos desencarnados que se avizinhavam da porta e acenavam com asco, apontando Marita com desprezo. Alguns traçavam gestos no ar, sugerindo quadros obscenos, outros faziam figurações despudoradas, e um deles chegou ao desplante de indagar quem era aquela mulher que transpirava carniça. André o consolou, informando que tudo aquilo passaria, pois esperava companheiros abastecidos com os recursos necessários para isolamento do quarto. Em seguida, afirmando ter presenciado o acidente, rogou a Moreira permissão para cooperar. Ficaria contente se ele lhe aceitasse o concurso ali, ao pé daquela jovem, pois, havendo colhido alguma ex­periência em hospitais, poderia ser útil. Moreira comoveu-se e aprovou a ideia. Sim, disse ele, devotava-se à Marita com ardente afeição e contaria com André. Conhecia meios de auxiliá-lo, defendê-lo-ia, ser-lhe-ia companheiro fiel. Depois, examinou o processo pelo qual a res­piração da moça era auxiliada e pediu instruções. Desejava substituí-lo. E se colocou com tanta diligência e humildade, que, em breves mi­nutos, atendia à manutenção da jovem, com segurança superior à que An­dré se esforçava em cultivar. Diante disso, André con­cluiu que nem sempre é o salva-vidas tecnicamente construído a peça que assegura a sobrevivência do náufrago, e sim o lenho agressivo que teimamos em desdenhar. (2a parte, cap. II, pp. 185 e 186)

87. Márcia recusa-se a ir ao hospital - Cláudio, enquanto aguar­dava o médico, telefonou para dona Márcia. A esposa folgava em saber que Marita estava viva, mas entendia que, se a Medicina já entrara em cena, era melhor encerrarem o assunto. Cláudio rogou-lhe, contudo, que ela comparecesse ao hospital, para amenizar a situação. Márcia esqui­vou-se, alegando compromissos inadiáveis. E fez ironia, dizendo que, se Marita estava tão mal quanto ele dizia, cabia a ele, na condição de pai, permanecer ao lado dela, eximindo-a de sacrifícios maiores do que aqueles que já lhe sobrecarregavam os ombros. Na verdade, dona Márcia ficou desapontada com a notícia de que Marita não estava morta, o que impelia os constrangimentos da família à estaca zero. Declarando-se, por fim, cansada de bobagens e arrufos entre jovens namorados, dona Márcia afirmou preferir tricotar a fazer adulação para uma filha que não era sua e que sempre timbrara em loucura e faniquito. Cláudio, de­solado, insistiu, pintando o quadro em que se contristava, mas a mu­lher encerrou a conversa, atirando-lhe uma frase que lhe despedaçou as esperanças: "Bem, Cláudio, tudo isso é problema seu". Ele discou então para a residência dos Torres. Como Marina ainda não chegara de Teresó­polis, telefonou a seu chefe, a quem, após sucinto relatório dos acon­tecimentos, solicitou a concessão de férias. O diretor prometeu aju­dar. Em seguida, conversou com o médico, que disse ser cedo para um pronunciamento mais claro. Cláudio pediu para a filha o melhor tra­tamento. Não importava quanto custasse. Acomodada a filha em novo quarto, viu-se que aqueles dois Espíritos, que antes se avalentoavam por bagatela, manifestavam-se então diferentes, submissos. Cláudio trazia os olhos marejados de pranto. Partira-se-lhe a alma. A certeza de que Marita tentara o suicídio, por culpa sua, requeimava-lhe o co­ração. (2a parte, cap. II, pp. 187 e 188)

88. Salomão, o boticário, vai ao hospital - O passado remoía a ca­beça de Cláudio... Delitos que supunha para sempre esquecidos asso­mavam-lhe agora à lembrança, exigindo reparação. Lembrou-se de Ara­célia, a mãe de Marita que ele próprio aniquilara, a peso de sarcasmo e ingratidão. A imagem daquela moça inexperiente da roça crescia-lhe por dentro. Lastimava-se, acusava, perguntava pela filha, pedindo-lhe contas! Cláudio julgava-se às portas da loucura. Não fosse o desejo de recuperar a filha prostrada, usaria o revólver contra si mesmo, porquanto o suicídio se lhe afigurava como sendo a válvula de livra­mento. Se Marita morresse, não desejaria sobreviver. Enquanto as re­flexões de Cláudio lhe obscureciam a mente, Moreira colava-se aos pulmões da triste menina, num espetáculo comovedor de paciência e de­dicação. O corpo machucado não lhe inspirava repugnância. Enlaçava Ma­rita com a veneração de quem se consagra a uma filha padecente. Aquele Espírito a amava profundamente, porque é preciso amar alguém, com extremada ternura, para sorver-lhe com alegria o hálito fétido e acariciar-lhe a pele manchada de excrementos. O dia avançou. À tarde, a solidão fez com que Cláudio telefonasse para Marina. Eram três da tarde. A filha disse-lhe ter esperança de que a ocor­rência não passasse de um susto, mas alegou não ser possível com­parecer ao hospi­tal, porque dona Beatriz piorara muito. Cláudio regressou ao quarto, esma­gado pelo desânimo. Ninguém o apoiava, ninguém entendia-lhe o su­plício moral. Às cinco horas, no entanto, ele recebeu a visita de Sa­lomão, o farmacêutico, que se declarou amigo de Marita e seu vizinho de loja. Di­zendo ter sido uma das últimas pessoas com quem ela conver­sara, antes do acidente, ele narrou ao pai aflito, pormenor a porme­nor, quanto sabia. Com certeza, a jovem ingerira os soporíferos que lhe dera e, identificando-lhes o caráter inofensivo, projetara-se sob um automóvel em disparada. (2a parte, cap. II, pp. 189 a 191)

89. Marita recebe passes e melhora - Cláudio ouviu-o, chorando... Sem dúvida, a filha não pudera sobreviver ao insulto que ele lhe fi­zera. Considerando-se o mais abjeto dos homens e amargamente arre­pendido de seus atos, abraçou Salomão, num impulso de louvável since­ridade, salientando que ele, o visitante gentil, era o verdadeiro e talvez o único amigo daquela criança que procurara a morte e que tudo fariam para reaver. O farmacêutico, apiedado, arriscou um alvitre. Confessando-se espírita, assinalou que os passes, sob a cobertura da oração, beneficiariam a menina prostrada. Se Cláudio permitisse, bus­caria o senhor Agostinho, a quem poderiam recorrer. Cláudio aceitou com humildade. Não lhe seria lícito recusar um auxílio oferecido com tanta espontaneidade. Queria apenas rogar a permissão do facultativo em serviço. O médico, homem experimentado em angústias hu­manas, asse­verou que Cláudio dispunha do direito de prestar à filha a assistência religiosa que desejasse, e que, dentro do quarto, ele es­tava como em sua própria casa. Compadecido, prometeu favorecer, ele próprio, a vinda de Salomão com o espírita que indicasse. Foi assim que, às oito da noite, Salomão e seu amigo penetraram o quarto de Ma­rita. Cláudio espantou-se, porquanto o senhor Agostinho, um comer­ciante distinto, era um dos clientes mais respeitados em seu banco. O novo amigo inte­ressou-se delicadamente pela moça e inteirou-se de to­das as minudên­cias do desastre. Em seguida, orou, emocionado, supli­cando a bênção do Cristo para a menina atropelada e aplicou-lhe passes de longo curso. Moreira a tudo assistia, sequioso de aprender. O atendimento infundiu grande bem à moça, melhorando-lhe a condição geral. A respiração deso­primiu-se. Marita conseguiu entrar, enfim, em sono calmo. Na saída, Agostinho ofereceu a Cláudio o livro que trazia, um exemplar de "O Evangelho segundo o Espiritismo", prometendo voltar na manhã se­guinte. (2a parte, cap. II, pp. 191 e 192)

90. Cláudio é induzido a ler o Evangelho - Cláudio, logo que os dois amigos saíram, ficou no seu aposento, a pensar. A presença de Agostinho entre os espiritistas agitava-lhe o espírito. Comerciante abastado e instruído, não se deixaria enrolar em tapeações. Conhecia-lhe a agudeza de raciocínio, a honestidade. Além disso, possuiria ocu­pações mais vantajosas em que aplicar atenção e tempo. Que doutrina seria aquela, capaz de induzir um homem respeitável a entrar em prece, num quarto de hospital, chorando de compaixão por uma menina à beira da sepultura? Que princípios impeliam, assim, um homem educado e rico a esquecer-se, no socorro aos infelizes, imbuído daquele amor que so­mente os pais conhecem? Fitou Marita que dormia, calma, e recordou os dois homens abnegados que lhe haviam trazido alívio, sem nada pergun­tar. Ele, que jamais se aproximara de ensinamentos religiosos, aco­lhia-se agora a vasta série de porquês. Abafado, agoniava-se com a sede de algo. Aspirava a sair, correr ao encontro de Agostinho e Sa­lomão, a fim de perguntar-lhes pela fé em Deus. Anelava inteirar-se de como conseguiam entesourar tanta crença. Reconhecendo-se enfermo da alma, náufrago que afundava no redemoinho do desespero, queria agar­rar-se a alguém, a alguma coisa. Tinha fome de companhia. Vendo-lhe tais ideias, André sugeriu-lhe a leitura. O livro com que fora brin­dado ser-lhe-ia companheiro. Cláudio assimilou a indução e tomou a brochura. Acusava-se, no entanto, incapaz, inquieto, sem serenidade para ler com aplicação ao assunto. André insistiu. Os dedos de Cláudio tatearam, então, o índice e, através das legendas, esbarrou no cap. XII com o item intitulado "Caridade para com os criminosos". (2a parte, cap. III, pp. 193 e 194) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita