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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 297 - 3 de Fevereiro de 2013

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br

Matão, São Paulo (Brasil)

 
 

Valorização perniciosa


Infelizmente temos visto, especialmente pelos meios virtuais, uma supervalorização de aspectos perfeitamente dispensáveis da divulgação espírita. São ataques e críticas a médiuns e pessoas, a instituições, a ideias, e uma atenção muito especial para aspectos sombrios e negativos de nossa condição humana, com toda a gama de imperfeição que carregamos, desfocando o objetivo principal do Espiritismo: exatamente nossa melhora moral.

Fico perguntando por que dar tanto valor a quem está equivocado – aprendamos a respeitar os estágios e degraus de cada um no entendimento da proposta espírita – e tentar a todo custo denegrir médiuns e ideias, esquecendo que nosso compromisso principal é destacar os caminhos do progresso e da evolução.

Claro que ninguém está pregando aqui a omissão ou a indiferença aos descaminhos que se multiplicam diariamente por ausência de conhecimento doutrinário, com práticas distorcidas e distantes do Espiritismo. É preciso, lógico, esclarecer as coisas. Só que o que está ocorrendo é que, na ânsia de esclarecer, estamos virando combatentes uns dos outros, esquecendo o objetivo primordial da presença do Espiritismo no planeta, que é exatamente, repetimos, nossa evolução moral.

Com a energia despendida em combater, perdemos o foco, e nos perdemos na prática salutar de atividades que motivem a criatura humana a despertar das carências próprias que todos carregamos. Saturados da prepotência e da vaidade – erro singular – de nos considerarmos dominadores e sábios nesse ou naquele setor da vasta e inesgotável literatura espírita, iludimo-nos com suposta sabedoria que denigre e ataca companheiros que, certos ou errados, não nos cabe julgar. Afinal, o tempo colocará cada um de nós no seu devido lugar.

Já se sabe que cada um responderá pelo que faz. Não temos que ficar respondendo pelos outros ou tentando diminuir esforços alheios. Os degraus de amadurecimento são muito variados em tamanho, espessura, dimensão e tempo de permanência em cada um deles. Devemos, isso sim, aprender com a experiência alheia, ao invés dos exaustivos combates. Estamos transformando o movimento espírita numa guerra sem fundamentos.

Nosso compromisso é com o Espiritismo e não com ideias que não lhe dizem respeito. Se outros adotam tais posturas, o problema não é nosso, é deles, que aprenderão com as próprias experiências. Nosso dever é respeitar o Espiritismo por meio do movimento que o representa e mais, particularmente, com as instituições em que participamos.

Por outro lado, para mudar esse estado lamentável de ocorrências, não nos omitamos. Coloquemos nosso esforço no movimento espírita com palestras esclarecedoras e, principalmente, libertadoras, ao invés de criarmos condicionamentos perfeitamente dispensáveis.

Muitas inserções na prática espírita são incoerentes com o conteúdo doutrinário do Espiritismo, por ausência de reflexão sadia. Daí a necessidade de valorizar os clássicos da literatura espírita, estes, sim, capazes do esclarecimento que norteia. Uns surgem com a descabida teoria do Kardec ultrapassado, outros querem inserir práticas estranhas, outros sofrem de inveja e ciúme com o destaque alheio, outros ficam a atacar médiuns e pessoas. Para quê? A que isso levará?  

Isso tudo é muito pernicioso, pois rouba o tempo que deveria ser dedicado ao esclarecimento saudável e ao socorro à imensa gama de necessidades humanas. Desviar tais esforços pode ser classificado de crime lesa-humanidade, pois que ele representa autêntica falta de caridade. Pernicioso, porque semeia inverdades, cultiva vaidades, faz escolas despreparadas e vaidosas, combatentes por orgulho, e impede ou adia a instalação do reino de paz e amor desejado pelo Mestre da humanidade. Nosso dever é com o bem!

Por oportuno à abordagem, selecionei algumas frases de Emmanuel, retiradas de seu fabuloso Vinha de luz, edição FEB:
 

     “(...) Quem ama, compreende; e quem compreende trabalha pelo mundo melhor.” (último parágrafo do capítulo 5);


       
“(...) Não roubes o pão da vida; procura multiplicá-lo.” (idem, capítulo 6);


     
“(...) a marca do Cristo é, fundamentalmente, aquela do sacrifício de si mesmo para o bem de todos.” (idem, capítulo 8);

E, finalmente, para concluir: “(...) Todos podem transmitir recados espirituais, doutrinar irmãos e investigar a fenomenologia, mas para imantar corações em Jesus Cristo é indispensável sejamos fiéis servidores do bem, trazendo o cérebro repleto de inspiração superior e o coração inflamado na fé viva. (...)”.

Tratemos, pois, de colocar à disposição do público o manjar agradável e salutar dos clássicos do Espiritismo, do conhecimento genuíno apresentado pela Codificação, ao invés de fomentarmos o veneno da discórdia e da vaidade, infrutíferas por si mesmas.

Afinal, o que desejamos? A prisão das imperfeições morais, a ilusão das conquistas subjetivas ou a liberdade do conhecimento que esclarece?  É para pensar...

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita