WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando a série André Luiz
Ano 6 - N° 296 - 27 de Janeiro de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Sexo e Destino

André Luiz

(Parte 15)

Damos continuidade ao estudo da obra Sexo e Destino, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1963 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. Cláudio conseguiu seu intento de se relacionar sexualmente com Marita?

Sim. Fazendo-se passar por Gilberto, namorado da jovem, o pai adotivo atraiu-a de encontro ao peito, e beijou-a, convulso. A jovem indefesa, hipnotizada pelos próprios reflexos, abandonou-se, vencida. A energia elétrica na casa de encontros havia sido desligada de propósito, a pedido de Cláudio, que para isso subornou um funcionário da casa, revelando já nesse ato quais eram seus propósitos. (Sexo e Destino, capítulo XIII, pp. 153 e 154.)

B. Após o fato, Márcia chegou de repente e fez ao marido importante revelação. Que é que ela lhe contou?

Ela, profundamente indignada com o que viu, disse-lhe, em prantos, que ele havia se relacionado com a própria filha. Eis suas palavras: "Como é que você não pensou? Tenho comigo todos os papéis de Aracélia, todos os seus bilhe­tes... Ela nunca esteve com outro homem, a não ser você mesmo!... Você nunca soube da última carta, em que ela me entregava a menina, dizendo que preferia morrer para que eu fosse feliz!... A me­mória dessa moça pobre e leal é a única coisa boa que eu tenho no co­ração... O resto você destruiu... Ah! Cláudio, Cláudio!... a que bai­xezas descemos nós?!... Louco! Você ultrajou sua própria filha!..." (Obra citada, capítulo XIII, pp. 155 e 156.)

C. Mesmo com a mente em desalinho, Marita procurou Gilberto. Qual foi o resultado desse encontro?

O contato foi pelo telefone e seu resultado foi desastroso. Sofreando a emoção de modo a fantasiar a alegria de Marina, sua irmã, Marita discou para a casa de Gilberto e ocorreu então o diálogo entre os dois jovens, com Marita fazendo-se passar por Marina. Na conversa, ela disse ao rapaz estar perturbada, ciumenta, e o motivo era Marita. Gilberto disse-lhe nada ter com a irmã e, na se­quência, acabou revelando o caso do encontro que não houve, infor­mando ter sido Cláudio quem lhe pediu não comparecesse à pensão. Ma­rita ou­viu o bastante para reconhecer-se desdenhada, batida, mas ainda não era tudo. Ao reportar-se ao pedido de Cláudio, Gilberto referiu-se à viagem para a Argentina, que o pai prometera oferecer a Marita, a tí­tulo de refazimento. Como a moça não entendeu o que tal viagem signi­ficava, ele riu-se, acrescentando de modo sarcástico: "Sanatório, meu bem. Sanatório ou hospício. Para Marita, só sanatório e, quanto mais longe, melhor!... Argentina para uma e Petrópolis para dois..." (Obra citada, capítulo XIV, pp. 161 a 163.)

Texto para leitura

71. Cláudio concretiza o seu desejo - Cláudio estacou à porta, en­laçado pelo vampirizador, justapostos um ao outro. Com sentimentos e propósitos iguais, emocionados, prelibavam a caça que não lhes escapa­ria. Enrodilhavam-se os dois num charco mental de lascívia, com ta­manha sofreguidão, que não cabia ali, naquele vulcão de apetites sexuais, a menor frincha pela qual se pudesse arremessar alguma ideia de elevação. Cláudio tivera o cuidado de usar o perfume de cravos pre­ferido de Gilberto e indumentária semelhante à do rapaz. Nenhuma par­ticularidade fora esquecida. A dupla avançou quarto adentro e André, que podia enxergar na obscuridade, viu a pobre moça levantar-se, sus­surrando frases de arrebatadora paixão e de intensa saudade, abrindo, ansiosa, os braços, sem guardar para si o mínimo resquício de vigilân­cia. Marita acreditava-se diante do amado. Era ele, não devia re­cear... Naquele instante, em todas as suas intenções e em todos os seus nervos, havia um único pensamento e um só apelo: entregar-se, en­quanto Cláudio e seu comparsa, a fremirem de emoção, guardavam abso­luto silêncio. O pai adotivo atraiu-a de encontro ao peito, e beijou-a, convulso. A jovem indefesa, hipnotizada pelos próprios reflexos, abandonou-se, vencida. Irmão Félix, tangido por sentimentos que An­dré não podia avaliar, deixou o recinto e o amigo o seguiu. Fora do quarto, o benfeitor, transido, se deteve, de olhos fitos no céu. An­dré, conturbado, incapaz de articular uma prece, calou-se, reverente, perante o agoniado coração paterno, que vinha das esferas superiores para desmanchar-se ali, em suplício indizível, velando, através da oração muda, que lhe extravasava então em grossas lágrimas! (André faz, nesse passo, um apelo comovente a todos nós: Quando estivermos a ponto de resvalar nos despenhadeiros da delinquência, pensemos nos nossos mortos queridos, pois eles, em muitas ocasiões, nos acompanham de perto e nos indicam o caminho correto, na noite das tentações, à feição das estrelas que removem as trevas!...) (Cap. XIII, pp. 153 e 154) 

72. Desvendado o segredo sobre o pai de Marita - Diante de Fé­lix, em pranto amargo, André passou a recorrer ao Evangelho e confor­tou-se ao lembrar que Jesus, o Divino Mestre, fora também o amigo sen­sível e carinhoso, ao chorar, um dia, na Terra, ante Lázaro morto! Passados quase vinte minutos de expectação, a luz voltou e ouviu-se um grito agoniado, em que o espanto e a dor se mesclavam com terrível acento. Marita, com a rapidez de uma corça dilacerada, saltou a ja­nela, e dis­parou em desalinho. Antes, porém, que fosse possível es­boçar qual­quer socorro, alguém chegou, apressadamente, e abordou a porta do so­litário aposento, abrindo-a com fúria. Era dona Márcia. Cláudio recom­pôs-se num átimo e, fazendo um risinho ridicularizador, exclamou, mor­daz: "Era só o que faltava!... Você também?! Aqui?..." Márcia, que costumava entreter-se no pôquer, junto de amigas, não longe dali, fora avisada por Crescina quanto à chegada do marido. A dona da pensão te­mia que ele entrasse em rixa com os jovens. Essa, a razão da pre­sença de Márcia no aposento. Vendo, porém, que a filha adotiva saíra em disparada e que Cláudio ali se encontrava, sem Gil­berto por perto, Márcia entendeu, sem dificuldade, tudo o que se passara... "Canalha! –  bradou, indignada –  eu não acreditei nessa me­nina infe­liz! Eu que poderia ter evitado!..." E acrescentou, comovida: "Como é que você não pensou? Tenho comigo todos os papéis de Aracélia, todos os seus bilhe­tes... Ela nunca esteve com outro homem, a não ser você mesmo!... Você nunca soube da última carta, em que ela me entregava a menina, dizendo que preferia morrer para que eu fosse feliz!... A me­mória dessa moça pobre e leal é a única coisa boa que eu tenho no co­ração... O resto você destruiu... Ah! Cláudio, Cláudio!... a que bai­xezas descemos nós?!... Louco! Você ultrajou sua própria filha!..." Ao ouvir isto, Cláudio apoiou-se, cambaleante, na porta, como que fulmi­nado por um raio, enquanto dona Márcia prorrompia em soluços. (Cap. XIII, pp. 155 e 156) 

73. A ideia do suicídio martela a mente de Marita - Félix e André foram ao encontro da jovem, que estugava o passo, amarfanhada, atur­dida. Da Lapa, onde ficava a pensão, até à Cinelândia, ela correra quase. Traída nos mais íntimos sentimentos de mulher, a injúria expe­rimentada transcendia para ela toda a noção de sofrimento. A revolta sacudia-lhe os membros. Tremia, desesperada. Na cabeça, uma única ideia: o suicídio. Ansiava atirar-se sob os carros que passavam. Mor­rer... desaparecer... meditava, chorando. Era preciso, entretanto, vi­ver um tanto mais. Por que Gilberto se esquivara? Que trama haveria entre ele e o pai adotivo? Por que desistira? Como soubera Cláudio do encontro? As interrogações sem resposta convulsionavam-na toda. Des­vairava. Rangia os dentes. A morte, a morte!..., pedia mentalmente, tentando apertar os lábios que se abriam se voz. Decidiu, mesmo assim, consultar Gilberto. Era indispensável vê-lo, uma vez só que fosse. Im­perioso conhecer a verdade, morrer com a verdade... Talvez o rapaz lhe estendesse um fio de luz, porque, se ele dissesse: "vive, vive para mim", conseguiria esquecer o insulto daquela noite, continuando a vi­ver. Do contrário, tudo estaria acabado. Com a mente num turbilhão de ideias, Marita repelia, automaticamente, qualquer demonstração de ternura e consolo por parte de Félix. Debalde, o benfeitor, ao enlaçá-la, lhe assoprava conceitos de paciência e cordura, inutilmente se re­feria à bondade e ao perdão. Aquele coração juvenil, embora bondoso, figurava-se, então, um lago límpido que vulcão oculto, de inesperado, fazia referver. Não havia nela nenhum lugar exposto à receptividade, nenhum ponto marcado ao equilíbrio e ao silêncio. (Cap. XIV, pp. 157 a 159) 

74. Marita decide procurar Gilberto - No crânio tumultuado da moça, surgiu a ideia de telefonar para Gilberto, que, com toda a cer­teza, estaria em casa, visto que Marina estava fora da cidade e dona Beatriz, sua mãe, requeria cuidados cada vez maiores. Ela temeu, porém, que o rapaz, a distância, lhe embaísse a boa-fé. Não descorti­nava, contudo, saída melhor. Era preciso conversar, ouvi-lo. Ansiava saber a verdade. Várias ideias entrechocaram-se, então, na sua cabeça atribulada, até que estranho pensamento assomou-lhe, de súbito. Dis­farçar-se, fingir... Para obter a verdade, mentiria, entrando, dessa maneira, no jogo com aquilo que se lhe apresentou à imaginação como sendo a cartada final. Sabendo que ela e Marina tinham vozes semelhan­tes e maneiras afins, telefonaria a Gilberto, como sendo Marina, imi­tando-lhe, quanto possível, o tom de palestra e repetindo-lhe as pa­lavras de uso mais frequente. Simularia estar voltando de Teresópolis e o rapaz, assim abordado, confessaria, sem dúvida, tudo o que sen­tisse com respeito a ela própria. O relógio marcava dez minutos para as nove. Marita dirigiu-se, então, até à casa de dona Cora, cliente da loja em Copacabana, que se lhe fizera amiga íntima e em cujo apartamento costumava telefonar. Dona Cora a atendeu, gentilmente. Marita podia telefonar à vontade, ninguém a interromperia. (Cap. XIV, pp. 159 e 160) 

75. Gilberto revela imenso desprezo pela jovem - A dona de casa afastou-se para a cozinha, isolando a sala, e Marita, sofreando a emo­ção de modo a fantasiar a alegria da irmã, discou para a casa dos Tor­res. Gilberto atendeu e verificou-se o diálogo entre os dois jovens, com Marita fazendo-se passar por Marina. Na conversa, ela disse estar per­turbada, ciumenta. Duas amigas em Teresópolis lhe encheram a cabeça e o motivo era Marita. Gilberto disse-lhe nada ter com a irmã e, na se­quência, acabou revelando o caso do encontro que não houve, infor­mando ter sido Cláudio quem lhe pediu não comparecesse à pensão. Ma­rita ou­viu o bastante para reconhecer-se desdenhada, batida, mas ainda não era tudo. Ao reportar-se ao pedido de Cláudio, Gilberto referiu-se à viagem para a Argentina, que o pai prometera oferecer a Marita, a tí­tulo de refazimento. Como a moça não entendeu o que tal viagem signi­ficava, ele riu-se, acrescentando de modo sarcástico: "Sanatório, meu bem. Sanatório ou hospício. Para Marita, só sanatório e, quanto mais longe, melhor!... Argentina para uma e Petrópolis para dois..." (Cap. XIV, pp. 161 a 163) (Continua no próximo número.)



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita