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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 295 - 20 de Janeiro de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Nas Fronteiras da Loucura

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 21)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Nas Fronteiras da Loucura, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Qual o conselho do Dr. Bezerra para os integrantes de um grupo espírita, relativamente ao seu comportamento após o encerramento dos trabalhos mediúnicos?

Segundo Dr. Bezerra, é de bom alvitre que os cooperadores encarnados, após o encerramento dos trabalhos mediúnicos, se mantenham, quanto possível, no clima psíquico que fruíram durante a reunião, meditando no que ouviram, digerindo mentalmente melhor as comunicações, incorporando aos hábitos as lições recebidas e orando. (Nas Fronteiras da Loucura, cap. 26, pp. 192 a 194.) 

B. Na sessão manifestou-se um Espírito com a forma perispiritual degenerada, em um caso típico de zoantropia. Que fato levou esse Espírito a essa condição?

O Espírito, apesar de contido pelo psiquismo do médium e pelo controle mental do Mentor, extravasava desconcerto e fúria. Era o ódio o agente daquela situação dolorosa. O monoideísmo, mantido por longos anos, encarregara-se de degenerar sua forma perispiritual, moldando-a conforme a aspiração íntima acalentada. O desejo irrefreável de vingança, a alucinação decorrente da sede de desforço não logrado, respondiam pelo autossupliciamento que a si mesmo se impusera. (Obra citada, cap. 27, pp. 199 e 200.)

C. No caso ora examinado, que forma assumiu o infeliz Espírito?

O Espírito, que assumira uma forma perispirítica dantesca e assustadora, era um símile perfeito de um símio primitivo com avantajado porte. (Obra citada, cap. 27, pp. 200 a 202.)

Texto para leitura 

100. Descanso antes das sessões - Dr. Bezerra lembrou que, a pouco e pouco, trabalhadores do labor desobsessivo têm sido vitimados por lamentável torpor mental, que os induz à sonolência de que não se logram liberar. Tombam, assim, inermes, seja por desinteresse da ta­refa ou por invigilância, estabelecendo ou reestruturando ligações com as mentes perversas dos seus adversários espirituais que, dessa forma, os bloqueiam e prejudicam o ministério socorrista. "Seria de bom alvi­tre – recomendou o Mentor – que os membros de equipes mediúnicas, realmente responsáveis, conscientes da significação e gravidade do co­metimento, se impossibilitados de repousar ao cair da tarde que ante­cede ao compromisso espiritual, descansassem, à noite da véspera, maior número de horas, precatando-se contra o desgaste natural das forças." Assim procedendo, ensejariam aos Benfeitores prepará-los para a melhor cooperação, sincronizando com os portadores da mediunidade psicofônica os que irão comunicar-se. Os convidados para a sessão apresentavam-se relativamente lúcidos. "Estamos diante de um grupo me­diúnico de desobsessão portador de qualidades superiores, graças ao conhecimento espírita de que os seus membros se fazem portadores, as­sim como à sua dedicação natural ao bem", informou Dr. Bezerra, que aproveitou o ensejo para lembrar que seria ideal "que os cooperadores encarnados, após o encerramento dos trabalhos mediúnicos, se mantives­sem, quanto possível, no clima psíquico que fruíram durante a reunião, meditando no que ouviram, digerindo mentalmente melhor as comuni­cações, incorporando aos hábitos as lições recebidas, orando..."  Nesse sentido, o Benfeitor advertiu para as dificuldades que a televisão trouxe para a intimidade doméstica, com mensagens muitas vezes ne­gativas, que provocam agitação durante o sono e sérios distúrbios para o equilíbrio e a paz pessoal. (Cap. 26, pp. 192 a 194) 

101. A lógica do amor sem fronteiras - A oração feita por Dr. Bezer­ra, ungida de amor e sincera confiança em Deus, canalizara vi­brações poderosas para o recinto humilde onde os servidores do Cristo se congregavam para a vivência da caridade. Esclarecendo a todos quanto às finalidades especiais da reunião, o Benfeitor pediu-lhes guardassem a postura íntima da piedade cristã, em relação ao próximo, fosse qual fosse a situação que ali se apresentasse. "Quando o amor sem fronteiras nos comanda o raciocínio – asseverou Dr. Bezerra –, sempre logicamos com acerto." E aduziu: "Todos somos necessitados do auxílio do Senhor, seja qual for a faixa evolutiva em que transitemos. Desse modo, auxiliemos!" Em seguida, aplicou passes em Julinda, dis­persando os fluidos pesados e as substâncias antidepressivas que a anestesiavam. Juvêncio fez o mesmo em Angélica, que despertou, quase de imediato, procurando assenhorear-se do recinto em que se encon­trava. Juvêncio envolveu-a em abraço de ternura e reconforto, dizendo que suas preces em favor de Julinda encontraram ressonância na amorosa acústica do Mestre. Roberto acordou mais lentamente e identificou a sogra com compreensível dificuldade, sendo apresentado ao sogro, a quem não conhecera no plano físico. Julinda despertou atônita, a reve­lar toda a gama de perturbação que a assaltava. Suas fixações mentais negativas ressumavam com caráter de pavor e a presença do Dr. Bezerra afigurou-se-lhe como a de um severo juiz. (Cap. 27, pp. 195 e 196) 

102. Todos somos vítimas - A jovem prorrompeu em pranto de medo e rogou-lhe perdão, como se estivesse sob julgamento, aguardando grave condenação. O Benfeitor asserenou-a com aplicação de passes na região coronária e no epigástrio, acalmando-a com vigorosas cargas de forças positivas. Ato contínuo, foi a vez de Ricardo recuperar a claridade mental, mas ele o fez de forma diferente, em estado de agitação, blas­femando, agressivo, e erguendo os punhos em atitude ameaçadora. Ri­cardo não conseguia ocultar, em sua revolta, a decepção e a mágoa, o desespero e o desejo de vingança. "Sou vítima!", repetiu inúmeras ve­zes, com o semblante congestionado e a voz roufenha. "Confio na jus­tiça e estou destacado para fazê-la cumprir-se." Dr. Bezerra, que o man­tinha sob ação psíquica de contenção, afirmou-lhe: "Todos somos víti­mas... de nós próprios. Os nossos mapas de ação apontam mais rumos in­felizes do que roteiros de acerto. Concordamos com a tua assertiva, quanto à posição de vítima, conforme te encontras, porquanto o ódio é seviciador inclemente daquele que o gera e a vingança é algoz oculto que termina por vencer quem a estima e cultiva". Ricardo retrucou, blasfemando, mas o Benfeitor Espiritual, acentuando que não estava ali com a tarefa de julgar, disse que pretendia examinar junto com ele as causas dos males que o afetavam, assim como aos seus desafetos, bus­cando soluções compatíveis com a felicidade de todos. "Não desejo fe­licidade", protestou o Espírito. Dr. Bezerra recomendou-lhe calma: "Mantém-te tranquilo e observa. Perceberás que os nossos são os propó­sitos superiores de paz e edificação da felicidade geral". Ricardo, recebendo então as forças psíquicas harmonizadoras do Dr. Bezerra, pa­receu aquietar-se, embora o semblante contraído denotasse rancor e so­frimento. Foi quando dois cooperadores da equipe espiritual, trazendo numa maca um Espírito em estado desesperador, deram entrada no re­cinto. O infeliz irmão, com a forma perispiritual gravemente afetada, possuía caracteres simiescos e arfava, estorcegando, adormecido. Colo­cado ao lado de Jonas, a exteriorização psíquica deste pareceu absor­ver as cargas escuras que o envolviam, produzindo no médium estranha sensação de mal-estar. Subitamente, então, como se fosse magnetica­mente atraído pelo encarnado, o Espírito se lhe acoplou, ajustando-se com imensa di­ficuldade e sofrimento no molde perispirítico de Jonas e produzindo um fenômeno de transfiguração atormentada, numa cena cons­trangedora, na sua exteriorização grotesca. (Cap. 27, pp. 197 a 199) 

103. Os frutos do ódio - A custo, Manoel P. de Miranda percebeu que a zoantropia ocorria num ser que viera de uma reencarnação masculina. Os olhos avermelhados, miúdos, moviam-se nas órbitas da organização mediúnica, e os braços, alongados, balouçavam, em movimentos desordena­dos. A boca larga, descomunal, numa face típica dos macacos, babava, denotando estado de avançada ferocidade. Ricardo estampava na face lívida a máscara do horror, mas os demais familiares de Julinda e esta não entendiam totalmente o que estava ocorrendo. Dr. Bezerra cui­dava para que a comunicação de Espírito a Espírito se desse sem danos para Jonas. Concluída a tarefa de fixação mediúnica do visitante com o médium, este passou a apresentar os traços e forma do hóspede desen­carnado, tornando-se difícil distinguir se era o Espírito que se aco­plara em Jonas, ou o inverso. Nesse momento, o Benfeitor Espiritual saudou o visitante: "Sê bem-vindo, irmão querido. O teu martírio começa a diminuir, anunciando-se próximo o seu termo". O Espírito não pareceu en­tender a frase, mas registrou o pensamento, que lhe produziu uma grande reação de angústia, a exteriorizar-se em agitação e grunhidos. "Os longos anos de sofrimento – continuou Dr. Bezerra – cessam, e ressurges como o dia em triunfo após a noite densa..." Embora o Espí­rito nada falasse, o Mentor prosseguiu, captando suas reações mentais: "O amor de Deus não cessa nunca. Vê bem! Por mais dolorosa seja a nossa situação, a Misericórdia nos alcança, mesmo quando nos arrojamos aos abismos do ódio irracional, como aconteceu contigo. Hoje iremos recordar, pela última vez, toda a tua tragédia, a fim de que a esque­ças, abençoando-a com o perdão". O Espírito reagiu, readquirindo a ferocidade inicial. Apesar de contido pelo psiquismo do médium e pelo controle mental do Mentor, extravasava desconcerto e fúria. Era o ódio o agente daquela situação dolorosa. O monoideísmo, mantido por longos anos, encarregara-se de degenerar a forma perispiritual do Espírito, moldando-a conforme a aspiração íntima acalentada. O desejo irrefreável de vingança, a alucinação decorrente da sede de desforço não lo­grado, respondiam pelo autossupliciamento que a si mesmo se impusera. Foi por isso que Dr. Bezerra facultou-lhe a incorporação em Jonas. A medida propiciava-lhe duplo benefício: remodelava-lhe o ser, prepa­rando-o para os processos futuros de crescimento pela reencarnação, e equilibrava-lhe as reações, prevenindo assim atitudes graves e dano­sas... (Cap. 27, pp. 199 e 200) 

104. Zoantropia psíquica - Dr. Bezerra explicou ao Espírito que se iniciava ali uma nova etapa em sua vida, na qual o perdão substituiria o ódio e o amor se sobreporia à vingança. "Quem te feriu – informou o Benfeitor – não tem fugido da justiça, hoje vivendo sem paz. Por sua vez expunge, em igual loucura, erguendo a falsa clava da cobrança, por acreditar-se inocente. Propõe-se a ferir, porque se supõe injustiçado, qual ocorre contigo. Chega o momento de interromper-se a cadeia suces­sória da loucura que odeia e malsina. A vida é amor. Toda vez que o ser delinque, ferindo o código de ética do Amor Universal, inverte a orientação de avanço, afundando nos fossos do primarismo donde se deve evadir." "Não recalcitres, portanto, diante do aguilhão da felicidade, que ora dói, porque te contraria os interesses inferiores, para aben­çoar-te depois." O Espírito, apesar das palavras do Mentor, desprendia lampejos de cólera pelos olhos avermelhados, enquanto espumava em abundância, balouçando-se e grunhindo. Ricardo, que es­tava inquieto, fez menção de retirar-se, alegando não estar ali para ouvir ladainhas e arengas de consolações: "O problema dos outros é deles. O meu é o que me interessa... Vou-me retirar..." Atingido por essas palavras, o Espírito ergueu-se e passeou o olhar furibundo até encontrar aquele que assim falara. Fazendo Jonas dobrar-se para a frente e mover-se, embora sem sair do lugar, ele saltava, desconcerta­damente, e levantava os braços, num tormento indescritível. O médium desapareceu, então, para dar lugar a um símile perfeito de símio primitivo com avantajado porte. Aquele Espírito assumira uma forma perispirítica dantesca e assusta­dora. Contido pelos assisten­tes que se haviam postado a seu lado, Ricardo indagou, assustado: "Que tem esse animal contra mim?". "Não tenho afinidade com essa classe de se­res. A minha  área de ação é outra." Dr. Bezerra respondeu-lhe: "Esse animal é um irmão nosso, que a tua incúria levou ao desespero. Crês-te injustiçado, no entanto, en­contra-se ante os teus olhos uma das víti­mas das tuas ações malévolas, em passado não muito distante..." Ricardo alegou não ter relaciona­mento com bichos, especial­mente com os que se entregaram aos Falcões.(1) E afirmou não se recordar senão do mal que lhe fizeram.  (Cap. 27, pp. 200 a 202)  (Continua no próximo número.) 


(1)
Os Falcões são um grupo de Entidades perversas, que trabalham mediante hipnose profunda, agindo nos centros perispiríticos, de modo a produzir os fenômenos de zoantropia psíquica nos que caem em suas garras.


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita