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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 293 - 6 de Janeiro de 2013

MARCUS DE MARIO
marcusdemario@gmail.com
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
 


Sinais da imperfeição


Os Espíritos Superiores classificam o planeta Terra como um mundo de expiações e provas, atualmente em transição para mundo de regeneração, conforme podemos estudar no capítulo 3 da obra O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec. Em qualquer dos dois estágios os habitantes do planeta são classificados como Espíritos imperfeitos, ou seja, ao mesmo tempo em que fazem o bem, igualmente, em muitas circunstâncias, fazem o mal. Pois bem, quais são as características, os sinais que demonstram a imperfeição espiritual? A resposta está no capítulo 12 da 3ª parte de O Livro dos Espíritos, com tema “Perfeição Moral”, a obra de referência do Espiritismo, lançada por Kardec em 1857. Vejamos, em síntese, os sinais apontados pelos Espíritos Superiores quando respondem ao questionamento do Codificador.

Sinais da imperfeição

Interesse Pessoal – Sempre que nos movemos na existência visando ao ganho pessoal, mesmo que isso signifique prejuízo ao próximo, damos sinal de nossa imperfeição moral e, portanto, espiritual. Isso fica claro quando tentamos barganhar com Deus fazendo promessas que na verdade não vamos cumprir: “Se eu ficar curado da doença, prometo auxiliar voluntariamente numa instituição de amparo à criança”; “Se eu ficar livre do obsessor, prometo parar de fumar e beber”. Tudo isso revela interesse pessoal, normalmente marcado pelo ganho de uma vantagem material.

Apego às Coisas Materiais – Trabalhar a vida toda colocando em primeiro plano os ganhos financeiros e a aquisição de bens materiais, chegando mesmo a prejudicar o relacionamento familiar, e nunca tendo tempo para as aquisições espirituais, é sinal característico de imperfeição. Possuir armários e gavetas lotados de coisas que nunca usamos, tendo extrema dificuldade de doar ou jogar fora, quando imprestável, é sinal evidente de apego às coisas materiais. Viver nos shoppings e às voltas com faturas de cartão de crédito, sem efetiva necessidade, é sinal de alerta.

Gastar sem Proveito – A chamada malversação do dinheiro público também ocorre com o dinheiro de nosso salário, de nossa poupança, de nossos investimentos financeiros, ou seja, gastar sem utilidade, sem controle, todo mês “estourando” o orçamento pessoal ou doméstico, quando os recursos financeiros poderiam prodigalizar o bem, auxiliar os mais infortunados. Quantos empresários – não apenas os grandes, mas também os pequenos e médios – que poderiam pagar melhores salários, amparar organizações não governamentais de assistência e educação, mas preferem gastar consigo mesmos em festas, compra de propriedades, carros de marca e assim por diante?

Guardar sem Utilidade – Há uma grande diferença em poupar parte do que se ganha para prevenir situações futuras, e guardar tudo por sovinice, por não querer ajudar a ninguém e nem a si mesmo, chegando ao ponto de viver miseravelmente quando se poderia viver bem, apenas evitando os excessos. Quantos familiares e amigos nossos vivem a se queixar da vida, sempre alegando falta de recursos financeiros, quando na verdade estão com a conta bancária recheada de altos valores? Essa conduta revela a imperfeição moral em que nos encontramos.

Criticar sem Proveito – A crítica pela crítica, feita com leviandade, levantando falso testemunho, caluniando o outro, é sinal do quanto estamos atrasados moralmente, não tendo ainda compreendido o “amai-vos uns aos outros” ensinado por Jesus Cristo. O deleitar-se com os escândalos, as fofocas, gastando horas intermináveis em conversações fúteis sobre esses assuntos, caracterizam o espírito imperfeito que todos somos, em maior ou menor grau.

Abuso da Paixão – Sabemos que a paixão, em si mesma, não é boa nem má, é um princípio natural que deve ser trabalhado para alcançar o amor, o maior dos sentimentos. O problema está na ligação que fazemos da paixão com o instinto, e então passamos para o crime passional, para a sensualidade desmedida, o sexo sem controle, o ciúme exagerado, quando ferimos, magoamos e até matamos o outro. A paixão sem freios escraviza, atropela, desequilibra e, diz, a boa lógica, não poderia fazer parte do comportamento de um espírito perfeito.

Egoísmo – Gera o orgulho, a ambição, a cupidez, a inveja, o ódio, o ciúme, a infelicidade. Dele derivam todos os vícios que desonram o caráter. Os vícios do alcoolismo, das drogas, do fumo, da sexualidade indisciplinada e outros, têm por base o egoísmo, gerador do personalismo exagerado, desmedido, centralizador. O egoísmo é responsável pelo pensamento materialista que ainda predomina na sociedade humana.

Remédio contra a imperfeição

Os Espíritos Superiores dão uma única receita, com indicação de um único remédio, para combater na raiz a imperfeição espiritual que caracteriza o homem: educação moral. Isso está na questão 917 de O Livro dos Espíritos. Vejamos:

“É o contato que o homem experimenta do egoísmo dos outros que o torna geralmente egoísta, porque sente a necessidade de se pôr na defensiva. Vendo que os outros pensam em si mesmos e não nele, é levado a ocupar-se de si mesmo mais que dos outros. Que o princípio da caridade e da fraternidade seja a base das instituições sociais, das relações legais de povo para povo e de homem para homem, e este pensará menos em si mesmo quando vir que os outros o fazem; sofrerá, assim, a influência moralizadora do exemplo e do contato. Em face do atual desdobramento do egoísmo, é necessária uma verdadeira virtude para abdicar da própria personalidade em proveito dos outros, que em geral não o reconhecem. É a esses, sobretudo, que possuem essa virtude, que está aberto o reino dos céus; a eles, sobretudo, está reservada a felicidade dos eleitos, pois, em verdade vos digo que, no dia do juízo, quem quer que não tenha pensado senão em si mesmo será posto de lado e sofrerá no abandono”.

E Allan Kardec, em seu comentário a essa questão, finaliza:

“A cura poderá ser prolongada porque as causas são numerosas, mas não se chegará a esse ponto se não se atacar o mal pela raiz, ou seja, com a educação. Não essa educação que tende a fazer homens instruídos, mas a que tende a fazer homens de bem. A educação, se for bem compreendida, será a chave do progresso moral. Quando se conhecer a arte de manejar os caracteres como se conhece a de manejar as inteligências, poder-se-á endireitá-los, da mesma maneira como se endireitam as plantas novas. Essa arte, porém, requer muito tato, muita experiência e uma profunda observação. É um grave erro acreditar que basta ter a ciência para aplicá-la de maneira proveitosa. Quem quer que observe, desde o instante do seu nascimento, o filho do rico como o do pobre, notando todas as influências perniciosas que agem sobre ele em consequência da fraqueza, da incúria e da ignorância dos que o dirigem, e como em geral os meios empregados para moralizar fracassam, não pode admirar-se de encontrar no mundo tanta confusão. Que se faça pela moral tanto quanto se faz pela inteligência e ver-se-á que, se há naturezas refratárias, há também, em maior número do que se pensa, as que requerem apenas boa cultura para darem bons frutos”.

Podemos finalizar agradecendo ao Espiritismo por nos abrir os olhos e revelar o que precisamos fazer para sair do estado de imperfeição, o mais rápido possível, e, assim, alcançar a felicidade.


Marcus De Mario é Educador, Escritor e Consultor Educacional e Empresarial. Colabora no Centro Espírita Humildade e Amor, da cidade do Rio de Janeiro. É programador e apresentador na Rádio Rio de Janeiro, a emissora da fraternidade.


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita