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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 293 - 6 de Janeiro de 2013

F. ALTAMIR DA CUNHA 
altamir.cunha@bol.com.br
Natal, RN (Brasil)
 


Invigilância e suicídio


Confúcio em sua sabedoria afirmava: “Não são as más ervas que causam a morte da boa semente, mas sim a negligência do camponês!”.

Inegavelmente, as más ervas poderão sufocar a boa semente, impedindo a germinação e sua transformação em árvore frutífera e sombrosa. Entretanto, uma pergunta torna-se oportuna: será que a semente morreria, se o camponês operoso e responsável impedisse que o campo fosse invadido por ervas daninhas?

Aquele que é agraciado com a vida no corpo, tal qual o camponês que recebe uma gleba, não pode negligenciar. Vários motivos surgirão ameaçando o bom resultado, exigindo dessa forma oração, vigilância e operosidade por parte do encarnado.

Imaginemos a vida como uma viagem em estrada composta de curvas, de obstáculos, e retas sem obstáculos. Essa estrada é trafegada por vários veículos, cada um, dirigido por um condutor. As habilidades dos mesmos serão diversificadas entre alguns, e até iguais entre outros, dependendo da experiência adquirida com o tempo.

Há condutores que entram em algumas curvas a 100 km/h com sucesso, já outros, menos hábeis, dirigindo à mesma velocidade, sobram na curva causando acidente espetacular. Uns mais experientes percorrem trechos com obstáculos, na velocidade adequada e se desviam com maestria, evitando danificar o veículo ou sofrer acidente. Outros, tanto depreciam o veículo quanto sofrem acidentes; uns, no trecho reto e sem obstáculos, mantêm a vigilância, não se deixando vencer pelo sono, enquanto outros, na mesma reta, poderão ser dominados por uma certa monotonia, adormecem e provocam acidentes.

Perguntamos: Se todos se submeteram a circunstâncias idênticas, qual foi a causa dos acidentes e/ou depreciação dos veículos? As curvas, obstáculos e retas ou a inabilidade e invigilância dos condutores?

Creio que não serão necessários profundos conhecimentos para responder corretamente. Os fatores desencadeantes do suicídio são como as curvas, obstáculos e retas da estrada, e os suicídios tanto conscientes quantos os inconscientes são os acidentes e depreciações causados pela inabilidade do condutor (Espírito) do automóvel (corpo físico).

Ainda podemos considerar outra situação: Por que será que algumas pessoas enfrentam uma enfermidade de caráter irreversível, dolorosa e limitante, ou uma situação de humilhação e abandono, com extrema resignação, enquanto outras, em provações mais simples, blasfemam, se revoltam e até se suicidam?

A diferença se faz pelo pensamento, pela interpretação que cada um dá aos acontecimentos da vida e consequentemente pela posição que estes acontecimentos ocupam em sua escala de valores.

Muito oportuna a lição que Jerônimo Mendonça, já desencarnado, figura conhecida no Movimento Espírita Brasileiro, transmitiu a uma senhora, que se compadecia da sua situação – ele era cego e tetraplégico: - Como a vida é dura, não é meu irmão?

Ele lhe respondeu bem-humorado: - A vida não é dura, minha irmã; nós é que somos moles!

Na escala de valores da pessoa que o interrogou, o bem-estar físico e o resultado imediato estavam no topo; mas na de Jerônimo Mendonça, no topo estava a fé e a confiança no futuro. Como espírita ele sabia que seu sofrimento era passageiro, e que após o resgate doloroso pelo qual estava passando, tudo se normalizaria.

Com essa visão sobre a vida, Jerônimo distribuiu mensagens impressas e palavras de conforto e ânimo a todos que o procuravam. Aceitou a sua dolorosa provação, mantendo-se produtivo e otimista, desencarnando naturalmente, sem nunca ter pensado em suicídio.

Para o bom aluno da escola da vida, há uma lição que ele não poderá esquecer: não são os males de fora que mais nos têm causado dores e sofrimento, mas, sim, aqueles que por invigilância permitimos que cresçam dentro de nós.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita