WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 292 - 23 de Dezembro de 2012

LUIS ROBERTO SCHOLL 
robertoscholl@terra.com.br
Santo Ângelo, RS (Brasil)
 


Reajustes


Sarah era a filha mais nova de Margareth. A sua infância fora um verdadeiro inferno por causa do gênio da mãe. Raivosa, dominadora, violenta, Margareth impunha uma vida muito cruel para seus quatro filhos.

Assim que foi possível, Sarah e seus irmãos se afastaram da impiedosa mãe. Após alguns anos, quando Sarah estava se preparando para casar, houve uma reaproximação com Margareth, de tal forma que o relacionamento entre as duas sofreu profundas modificações. Conversavam muito e, pela primeira vez, Margareth passou a demonstrar interesse pela filha sem criticá-la a todo o momento. O futuro genro era muito querido pela mãe de Sarah. Faltando dois meses para a cerimônia do casamento, enquanto ambas planejavam a festa, o vestido e os detalhes, Margareth morreu. 

Apesar da aproximação no final da vida, Sarah ficara extremamente traumatizada com a infância infeliz e, através de terapias, procurou trabalhar seus sentimentos para que, numa atitude inconsciente, não reproduzisse com seus filhos os maus tratos que sofreu em sua infância. Neste processo terapêutico, Sarah conseguiu entender as difíceis circunstâncias que aconteceram na sua vida infantil, compreendendo que a infância de sua mãe também fora terrível, repleta de agressões, e ela espelhava na maternidade o modelo que havia vivenciado quando criança. Assim, de certa forma, conseguiu perdoar a sua genitora já desencarnada e teve mais tranquilidade para ter os seus filhos. 

No primeiro ano de casada, Sarah deu à luz a Kyle. No segundo, nasceu Miles. Com Kyle era um relacionamento afetuoso, harmonioso e tranquilo. Miles se mostrou desde pequenino uma criança indócil e difícil, dominadora e autoritária, a ponto de Sarah, por muitas vezes, desejar ficar afastada do menino, o que a deixava ainda com mais sentimento de culpa. Normalmente, Miles, após seus acessos de fúria e agressões psicológicas, perguntava à mãe: “Se eu for mau você ainda vai me amar? Você sempre vai me amar?”. 

Outra característica marcante de seu segundo filho era a obsessão que tinha por elefantes de brinquedo. Desejava e conseguia todos os tipos: de pelúcia, porcelana, para o seu deleite. Certa vez “obrigou” Sarah a comprar uma gravura deste animal desenhada por um determinado artista.  

Associando a paixão de Miles por elefantes e por aquele pintor, que era a mesma de Margareth, entre muitas outras “coincidências”, Sarah começou a pensar na possibilidade de seu filho ser a reencarnação de sua mãe. Tudo se encaixava: gostos, características comportamentais, psicológicas, interesses, a dúvida do amor incondicional... Após aceitar esta possibilidade, Sarah mudou profundamente a sua relação com Miles. Deixou de se culpar pelo péssimo relacionamento até então, vendo esta como uma extraordinária oportunidade de ajudar a alma de sua mãe a quebrar o ciclo de agressões a que estava acostumada. Com mais paciência e tolerância aprendeu a lidar com o difícil gênio do filho, observando, inclusive, as boas qualidades de Margareth que ainda predominavam nele, construindo assim uma relação de amor e carinho. 

Esta é apenas uma de inúmeras histórias documentadas em que o entendimento da reencarnação facilita a convivência, possibilitando o reajuste das almas imperfeitas que necessitam umas das outras para que possam encontrar o caminho da paz e do amor. Mesmo quando não se tem provas concretas, sabemos que todos somos Espíritos entrelaçados nas teias do passado, que temos a bênção da reencarnação e não devemos desperdiçar esta maravilhosa possibilidade permitida por Deus para que todos seus filhos encontrem a felicidade através do autoperdão e do perdão ao outro. 

James Van Praagh, no prefácio da obra O amor me trouxe de volta, de onde foi extraída esta história, afirma¹: A Terra é uma escola do Espírito. É um lugar para o qual retornamos muitas e muitas vezes para avançar na estrada da autoconsciência. (...) Somente quando formos capazes de nos ver honestamente e assumir responsabilidade pessoal, conseguiremos perceber que estamos todos conectados com um ser único e contemplaremos o verdadeiro sentido de Deus. 

Manoel Philomeno de Miranda² esclarece: A reencarnação é abençoada concessão da Divindade para facultar o processo de evolução moral e intelectual do Espírito, ampliando-lhe os horizontes da emoção e do discernimento para ação dignificadora, aprimorando-lhe sempre mais e superando os obstáculos que se lhe opõem naturalmente pela via ascensional. 

A Doutrina Espírita já diz e comprova isso há mais de 155 anos! 


Notas

¹  BOWMAN, Carol. O amor me trouxe de volta. Editora Sextante....

² FRANCO, Divaldo Pereira. Mediunidade: Desafios e Bênçãos. Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda. Salvador: BA: Livraria Espírita Alvorada Editora, 2012.
 



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita