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Brasil
Ano 6 - N° 292 - 23 de Dezembro de 2012
GIOVANA CAMPOS
giovana@ccbeunet.br
Santos, SP
(Brasil)
 

 
 

 

“Amor é o único antídoto para alguém vencer a si mesmo”

Um público numeroso compareceu ao VI Seminário Médico-Espírita organizado pela AME-Ribeirão Preto no início de dezembro


O VI Seminário Médico-Espírita de Ribeirão Preto realizou-se no dia 1º de dezembro, com presença de mais de 600 pessoas, no auditório da Faculdade UNISEB COC, em Ribeirão Preto-SP (fotos)
 

O presidente da AME-Ribeirão Preto, Dr. Tácito Sgorlon, fez as saudações iniciais ao público presente e agradeceu a oportunidade oferecida pela instituição universitária pelo espaço cedido para a realização do evento. Falou também sobre a importância da revista Saúde da Alma, publicação trimestral da AME-Brasil, com assuntos atuais sobre a ciência e a espiritualidade.

Antes das palestras, apresentou-se o coral da Unimed-Ribeirão com várias músicas populares brasileiras harmonizando e entretendo a plateia. 

A importância de Chico Xavier para a medicina 

Na sequência, o palestrante apresentou o tema A Importância de Chico Xavier para a Medicina, com um breve relato sobre a biografia do médium, pautada pelos exemplos de moral e ética em benefício ao próximo, e as homenagens póstumas realizadas por emissoras de televisão e revistas brasileiras.

O palestrante fez uma ligação com o pensamento médico e as correntes filosóficas que foram se modificando ao longo dos tempos, entre 1500 e 1900. Relatou a medicina psicossomática, que integra a medicina e a psicologia nos efeitos sociais e os atuais desafios na relação médico-paciente. Citou o capítulo 19 do livro Ação e Reação, em que Chico Xavier aponta a relação da dor como forma de evolução, expiação e auxílio. Também apresentou trechos que o médium cita nos livros Nosso Lar, Missionários da Luz, Evolução em Dois Mundos, entre outros livros da série André Luiz, escritos na década de 40, e que posteriormente, geralmente duas a três décadas depois, foram comprovados por pesquisas na Medicina.

O palestrante também trouxe ao público importante questões bioéticas apresentadas nos livros Entre a Terra e o Céu, Sexo e Destino e No Mundo Maior, que apontam os desequilíbrios causados pelo grande número de abortos realizados, focalizando também a questão da eutanásia e dos embriões congelados, bem como as desarmonias que os vícios da mente causam no corpo espiritual. No final, falou sobre a crescente importância da terapêutica complementar espírita e da utilidade do perdão para a cura de almas. 

Espiritualidade e cuidados paliativos
 

Vista parcial do público

Coral Unimed Ribeirão

Dr. Tácito Sgorlon da AME-Ribeirão

Dr. Flávio Braun - Pres. da AME-Santos

Dr. Rafael Talorraca - AME-S.Paulo

Músicos harmonizando do ambiente

A segunda palestra foi proferida pelo Dr. Rodolfo Moraes, especialista em clínica médica e presidente da AME-Franca(SP), que discorreu sobre a Espiritualidade  e Cuidados Paliativos. Começou sobre o modelo curativo, onde o foco é a doença, que deve ser curada. Este é o modelo preconizado pelas faculdades de medicina, onde a doença e sua erradicação é o principal, muitas vezes colocando o paciente em segundo plano. É importante que os profissionais de saúde tornem-se mais humanos, se aproximando da realidade daquele paciente que sofre e necessita muito mais do que apenas a cura de sua enfermidade. O modelo paliativo tem o foco no indivíduo como um todo. São cuidados prestados aos doentes em situação de intenso sofrimento decorrente de doença incurável em fase avançada, promovendo as necessidades que requerem apoio específico, organizado e interdisciplinar. O sistema de suporte deve ser em várias esferas englobando a família, amigos e incluir a religiosidade e a espiritualidade deste paciente. Ratificou a importância da ortotanásia, que é a morte no tempo certo e que o médico não deve se obstinar pela distanásia, que é um prolongamento desnecessário e por muitas vezes com sofrimento, não apenas do paciente, mas também dos familiares que o cercam. 

Dependência química e espiritualidade 

A palestra seguinte também abordou um tema atual, a questão da dependência química e espiritualidade, apresentada pelo psiquiatra Rafael Latorraca, da AME-São Paulo. Iniciou conceituando a dependência não apenas pela intensidade do uso, mas também pelas complicações psicossociais decorrentes. Citou as origens de algumas drogas lícitas e a forma de utilização inclusive para a sociabilização e questões culturais de cada povo.

O tamanho do problema é assustador. Estudos apontam de 52% dos brasileiros acima de 18 anos bebem pelo menos uma vez ao ano e a idade do inicio do consumo tem diminuído, sendo frequente o número de adolescentes a partir de 14 anos e a intensidade tem crescido. O mesmo acontece com o cigarro, cocaína e maconha, causando danos físicos e podendo acarretar problemas psiquiátricos. Outro ponto colocado foi a utilização de anabolizantes por jovens e seus efeitos, em busca de um corpo perfeito. Ele também colocou as comorbidades de cada tipo de droga, exemplificando os transtornos e problemas clínicos que podem advir deste tipo de dependência. Ressaltou que é fundamental para o dependente buscar a própria cura para que se tenha mais êxito, citando os passos para a manutenção do bem-estar e qualidade de resultados. Relacionando com a espiritualidade, citou a parceria com o Centro Espírita Cairbar Schutel, de São Paulo, onde há um trabalho denominado como Instituto de Saúde que passa a agir como ambulatórios espirituais reforçando os cuidados para com os pacientes. Citou o amor e a família como meios de transformação e citou a questão 207 do Livro dos Espíritos, que fala sobre o parentesco, deixando claro que nada se perde aos olhos do Pai Maior por mais que a situação da dependência seja dramática àqueles que optam por não aderir a um tratamento num primeiro momento. 

Por que será que adoecemos? 

No período da tarde, a odontóloga Solange Bataglion, membro da AME-Ribeirão Preto(SP) palestrou sobre Por que adoecemos? A oradora citou que estamos aqui no planeta Terra para aprendermos as leis Divinas ou naturais e que, quando fugimos destas leis, adoecemos. O momento da doença é uma oportunidade de reajuste da consciência do espírito.  E como ressaltado em Os Missionários da Luz, do espírito André Luiz através da psicografia de Chico Xavier: “Todos os nossos órgãos estão subordinados à nossa ascendência moral”.

Ao alimentarmos pensamentos sombrios em nossas mentes, nossas células são bombardeadas, agindo e reagindo conforme a qualidade destes conteúdos, podendo desenvolver diferentes mecanismos em nosso espírito, nos levando à diferentes doenças. Nosso sistema imunológico reage a estes pensamentos, se enfraquecendo cada vez mais. Os estados mental e psicológico em que a pessoa se encontra são os maiores responsáveis pelo binômio saúde-doença.  

Reflexões sobre alimentação e espiritualidade 

Logo após, o Dr. Alexandre Anefalos, cirurgião gastroenterologista e presidente da AME-Piracicaba (SP) falou sobre Reflexões sobre a Alimentação e Espiritualidade. Primeiramente, ele colocou o conceito de saúde exposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de afecções ou enfermidades. Isto posto, fez a colocação de Emmanuel para o mesmo tema que “saúde é a perfeita harmonia da alma”. Esta afirmação deixa bem claro que estamos aqui para nossa evolução. Então como relacionar isto com a alimentação? Dr. Alexandre pontua que em nenhum trabalho foi encontrado maior prevalência de doenças em vegetarianos (cinco estudos com 76 mil indivíduos). Outros estudos apontam redução de 31% das mortes por doença cardiovascular em homens e 20% em mulheres vegetarianas, redução de 14% de níveis de colesterol em ovolactovegetarianos. Também redução na pressão arterial e colesterol 35% mais baixo em vegetarianos e consequente redução dos níveis de obesidade. Redução de 50% de diverticulite nos vegetarianos e risco de diabetes 100% maior em onívoros do que em vegetarianos ( estudo realizado com mais de 34 mil adventistas) e redução em duas o risco de cálculo de vesícula em mulheres vegetarianas, além do aumento de risco de câncer entre os que se alimentam de carne vermelha. Também falou sobre o impacto da alimentação com o meio ambiente, principalmente com a pecuária e sua contribuição para o efeito estufa.

Finalizando, o dr. Alexandre citou as questões 722 e 723 do Livro dos Espíritos que versam sobre a alimentação humana e incentivou as novas tecnologias que estimulam a produção de proteína vegetal. 

Psiquiatria e Mediunidade 

Para terminar o ciclo de palestras, o psiquiatra Flávio Braun, presidente da AME-Santos (SP) discorreu sobre Psiquiatria e Mediunidade expondo alguns parâmetros comparativos e diferenciais entre estes temas tão discutidos e de difícil diagnóstico entre os pacientes e os profissionais de saúde, visto que é a especialidade médica que mais se aproxima do Espiritismo. Citou os estudos de qualidade científica que analisam os estados de transe, hoje comprovados por exames de neuroimagem, a abertura que o tema ganha em congressos médicos da área não-espírita. Dr. Flávio levantou o histórico da mediunidade e psicologia, onde alguns eram francamente contra e outros com posição mais aberta, falando sobre a possibilidade de algum fenômeno não patológico estar de fato ocorrendo nas mentes de pessoas que eram julgadas como loucas.  Fez também um paralelo sobre a mediunidade, a doença mental e os transtornos psíquicos, citando as obras da Codificação e também obras mais modernas de médicos pertencentes a outras AMEs.

Ao final, os organizadores do seminário convidaram o público para prestigiar o Programa Espiritismo e Saúde, coordenado pela AME-Ribeirão Preto e veiculado pela Rádio Educativa 89,7FM, todos os domingos, das 20h às 22h, também disponível via Web pela página eletrônica:
www.radioeducativafm.com.br
 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita