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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 290 - 9 de Dezembro de 2012
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Nas Fronteiras da Loucura

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 16)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Nas Fronteiras da Loucura, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. É correto dizer que na vida ninguém sofre sem uma ponderável razão?

Sim. E foi isso que Artur disse à filha, que havia tentado matar-se, mas fora socorrida a tempo. Artur, tratando com profi­ciência a justiça do Pai, lhe disse, com absoluta convicção, que ninguém sofre sem uma ponderável razão, nem pessoa alguma que delinque, fugirá de ser recambiada à justiça. Em seguida, falando-lhe sobre a reencarnação, ele acrescentou: "A vida pode ser comparada a um rio de largo curso... Suas águas saem da nascente, descendo continuamente até alcançar o mar. Uma curva aqui, outra ali, um obstáculo à frente, lodo e areia no leito, calhaus e pedras largas que vão ficando para trás, até o desa­guar no oceano que o aguarda". "Muitas etapas são indispensáveis para a vida: ora no corpo, em várias experiências, ora dele liberada, em novas conquistas. Em cada fase, surgem impedimentos, que devem ser su­perados de modo a que alcancem o Oceano da paz." (Nas Fronteiras da Loucura, cap. 20, pp. 142 a 144.)

B. Com o objetivo de esclarecer a filha de Artur sobre a origem dos seus sofrimentos, que providência Dr. Bezerra adotou?

Primeiramente, ele lhe disse, com toda a clareza: "A menina, como todos nós, vem de experiências muito ásperas, nas quais nem sempre agiu como deveria fazê-lo. Atuando com incorreção, atraiu animosidades e tombou nas armadil­has da insensatez, donde se deverá liberar na presente oportu­nidade". Ato contínuo, utilizou o processo de regressão da memória, que se iniciou assim: "Vejamos se você recorda. Durma um pouco... Durma e sonhe com o seu passado, o passado próximo... Portu­gal de 1832, a cidade do Porto... Recorde determinado conciliábulo, em outubro desse ano..." A jovem, que havia adormecido, subi­tamente estremeceu, agitando-se, como se, em sonho, voltasse a viver acontecimentos apagados na memória an­terior, como realmente era o que ocorria. As cenas que lhe ressurgiam pas­saram a ser registadas também por Manoel P. de Miranda que, a con­vite do Mentor, fixou o centro da memória de Noemi. A regressão pôde, então, escla­recer as coisas. (Obra citada, cap. 20, pp. 144 a 147.)

C. Chamado a atender uma jovem encurralada por um grupo de rapazes atormentados do sexo, como Dr. Bezerra conseguiu salvá-la?

Era uma jovem espírita que, em local ermo, estava rodeada por um grupo de rapazes que a amea­çavam. O estupro seria inevitável. Dr. Bezerra, vendo a cena, concentrou seu pensamento em Jesus e dirigiu a onda men­tal com alta carga vibratória sobre os agressores que segura­vam a moça, que também em prece suplicava o apoio do Alto. Sob a imantação mental que os colheu de surpresa, os agressores afrouxaram os membros e a jovem  levantou-se do solo aonde fora arrojada, com as vestes ro­tas, chorando copiosamente. Dois deles, porém, voltaram à carga. O Mentor, porque visse a certa distân­cia uma viatura policial, recorreu a uma ação prática, própria para a circuns­tância: sintonizou com o motorista da Rádio Patrulha, chamando-o, men­talmente, com vigor. A viatura partiu em direção ao grupo, o que re­sultou na detenção de todos eles, evitando-se a consumação do aten­tado. (Obra citada, cap. 21, pp. 149 e 150.)

Texto para leitura 

75. A vida é como um rio - Dr. Bezerra passou a emitir cargas mentais positivas, que alcançaram o Espírito de Noemi, asserenando-o de imediato. Em seguida, aplicou energias na área cerebral do corpo, liberando a consciência espiritual que jazia entorpecida, repetindo depois o processo na esfera psíquica da jovem em parcial desprendi­mento, conseguindo assim despertá-la para a vida em outra dimensão. Ao ver o pai, a enferma abriu-lhe os braços e chorou, pungida pela dor que se lhe afigurava insuportável, sem limites. Quando pôde falar, perguntou ao genitor: "Onde está  Deus, que permitiu tanta desdita? Por que não me acontecera um acidente antes de constatar tanta vileza, de que eram portadores minha mãe e meu marido? Não sou inocente, cumpri­dora dos meus deveres? Por que sofria desta forma?" Com serenidade, o pai pediu-lhe, primeiramente, não blasfemar e disse que seu gesto de fugir pela rampa falsa do suicídio era atitude de rebeldia das mais vis. Assim, ele não poderia dizer quem estava mais errado entre os três... As palavras de Artur foram esclarecedoras. Tratando com profi­ciência a justiça do Pai e asseverando, com convicção, que "ninguém sofre sem uma ponderável razão, nem pessoa alguma que delinque, fugirá de ser recambiada à justiça", o genitor falou-lhe também sobre as re­encarnações: "A vida pode ser comparada a um rio de largo curso... Suas águas saem da nascente, descendo continuamente até alcançar o mar. Uma curva aqui, outra ali, um obstáculo à frente, lodo e areia no leito, calhaus e pedras largas que vão ficando para trás, até o desa­guar no oceano que o aguarda". "Muitas etapas são indispensáveis para a vida: ora no corpo, em várias experiências, ora dele liberada, em novas conquistas. Em cada fase, surgem impedimentos, que devem ser su­perados de modo a que alcancem o Oceano da paz." (Cap. 20, pp. 142 a 144) 

76. Revendo o passado - Artur disse ainda à filha que nossa as­censão feliz depende unicamente da liberação do presídio – o erro – em que nos fixamos. Para isso, o Senhor nos concede contínuas oportu­nidades que, apaixonados ou mesquinhos, não sabemos valorizar, compli­cando muitas vezes a nossa situação, pela sistemática rebeldia em que nos comprazemos. "Eis porque – asseverou Artur – nos é importante a fé religiosa, racional e clara, influenciando o nosso procedimento hon­rado, mesmo que sob chuvas de incompreensões, problemas e dores físi­cas ou morais, dos quais sairemos, se agirmos com correção, para a paz e a felicidade." Dito isso, Artur contou à jovem que ela, graças ao Senhor, pôde ser socorrida a tempo, eis que a vida física é sublime concessão que ninguém deve interrom­per, seja qual for a alegação em que se pretenda apoiar. Nesse ponto, Dr. Beze­rra fez-se visível à jo­vem que, sinceramente comovida, ao ou­vir seu pai pronunciar o nome do Amorável Benfeitor, exclamou: "Sim, já  ouvi falar dele... É um anjo de luz!" O Mentor disse-lhe, então, com a clareza que lhe é habitual: "A menina, como todos nós, vem de expe­riências muito ásperas, nas quais nem sempre agiu como deveria fazê-lo. Atuando com incorreção, atraiu animosidades e tombou nas armadil­has da insensatez, donde se deverá liberar na presente oportu­nidade". Ato contínuo,  sugeriu à jo­vem: "Vejamos se você recorda. Durma um pouco... Durma e sonhe com o seu passado, o passado próximo... Portu­gal de 1832, a cidade do Porto... Recorde determinado conciliábulo, em outubro desse ano..." A jovem, que havia adorme­cido, subi­tamente estremeceu, agitando-se, como se, em sonho, voltasse a viver acontecimentos apagados na memória an­terior, como realmente era o que ocorria. As cenas que lhe ressurgiam pas­saram a ser registadas também por Manoel P. de Miranda que, a con­vite do Mentor, fixou o centro da memória de Noemi. A regressão pôde escla­recer as coisas. Noemi, então uma dama de menos de quarenta anos, envolvera-se no rapto de uma menina de oito anos, filha de um adver­sário político, Manuel Trindade, o mesmo que, em Espírito, a pertur­bara até momentos antes. Tratava-se de uma disputa política, mas no sequestro inglório morreram o pai e a criança, em circunstâncias que na época não ficaram esclarecidas... (Cap. 20, pp. 144 a 147) 

77. Sedução e crime - Fora o raptor que, enfurecido com o choro da criança, terminou por estrangulá-la, embora sem o querer. A fi­lhinha, liberada da situação, crescera em Espírito e aguardara, com sua avó, o momento de reencontrar o pai, como já  vimos. Noemi gozava de prestígio na comunidade portuguesa, onde, ao morrer o marido, herdara expressivo latifúndio. Soberba e egoísta, seduziu o capataz das suas terras, terminando por estimulá-lo a liberar-se da esposa, mediante crime de que ninguém tomou conheci­mento. Ei-lo então renascido na roupagem carnal de Cândido e sua es­posa assassinada, ressuscitada na pessoa de Enalda... "A sabedoria das Leis – explicou Dr. Bezerra – reúne as personagens do velho drama, no cenário do mundo, a fim de que se elevem e, pelo amor, resgatem os delitos perpetrados. Desde que compliquem a situação, serão levados à compulsória do sofrimento, em expiação oportuna através da qual reedu­car-se-ão, crescendo para o bem." O Mentor recomendou, então, a Noemi que não guardasse rancor, nem projeto de vingança, e propôs-lhe: "O perdão incondicional e a irrestrita confiança em Deus deverão tornar-se as alavancas impulsionadoras dos atos a serem vivenciados dora­vante". A jovem, embora preocupada, parecia mais serena e quis saber qual seria seu destino, porque lhe seria impossível retornar ao lar naquelas cir­cunstâncias... Dr. Bezerra explicou-lhe que a Divindade tudo providen­cia. Seu tio Agnaldo, irmão de Artur, a convidaria para cumprir em sua casa o período da convalescença, o que deveria ser aceito. "Sem deta­lhar os infelizes sucessos – recomendou-lhe o Mentor –, demonstre o interesse de desvincular-se legalmente do esposo e, ao ser por este visitada, apresente-lhe a ideia da separação amigável, sem escândalo de qualquer natureza, o que facilitará as coisas para todos. O Senhor auxiliá-la-á na reconstrução da vida e o tio ser-lhe-á  desvelado amigo, contribuindo para o prosseguimento da sua existência com os olhos postos no futuro." (Cap. 20, pp. 147 e 148) 

78. A prece salva a jovem encurralada - Dr. Bezerra explicou de­pois que o Espírito de Manuel Trindade, passada a fase de mais rude perturbação, tomou conhecimento de toda a trama, incluindo a viúva nos seus planos de vingança. Ocorre que, quando esta desencarnou, passou a ser obsidiada não por ele, mas pela esposa de seu capataz, vítima de sua traição. O irmão Artur, que lhe fora pai em muitas oportunidades, rogou recebê-la de novo na carne e o conseguiu, prometendo amparo, também, à esposa assassinada, que ele aceitou na condição de mulher e mãe de Noemi, a fim de que o amor maternal vencesse o ódio passado... Os antigos delinquentes não suportaram, porém, a prova, e o resto já  sabemos. "Tudo é perfeito na Criação", asseverou Dr. Bezerra. "Todo desequilíbrio resulta de uma ação que logo será refeita, preservando a ordem, a harmonia que predomina em tudo." Explicado o assunto, o Men­tor, Artur e Philomeno foram atender a outra emergência, captada pelo setor de registos de orações do Departamento de Comunicações do Posto Central. Uma jovem espírita estava encurralada em local ermo, próximo dali, por um grupo de jovens atormentados do sexo, que a amea­çavam. Concentrando seu pensamento em Jesus, Dr. Bezerra dirigiu a onda men­tal com alta carga vibratória sobre os agressores que segura­vam a moça, que em prece suplicava o apoio do Alto. Sob a imantação mental que os colheu de surpresa, os agressores afrouxaram os membros e a ví­tima levantou-se do solo aonde fora arrojada, com as vestes ro­tas, chorando copiosamente. Dois deles, porém, sem perceberem o que aconte­ceu, voltaram à carga... O Mentor, porque visse a certa distân­cia uma viatura policial, recorreu a uma ação prática, própria para a circuns­tância: sintonizou com o motorista da Rádio Patrulha, chamando-o, men­talmente, com vigor. A viatura partiu em direção ao grupo, o que re­sultou na detenção de todos eles, evitando-se a consumação do aten­tado. (Cap. 21, pp. 149 e 150) 

79. A explicação do atentado - O motorista, surpreso com os acon­tecimentos, assim comentou com seus colegas: "Nunca entramos nessa travessa. Mas, de repente, eu escutei uma voz dizendo-me, vigorosa: `Venha aqui!', e obedeci prontamente". A jovem, que não apresentava nenhuma lesão, negou-se a formular queixa e convenceu os policiais, inspirada, que tudo estava bem, agradecendo a ajuda deles, sincera­mente comovida. Os rapazes foram, apesar disso, levados ao cárcere, para que completassem o Carnaval em recolhimento, não causando assim danos a outras vítimas. O protetor espiritual da jovem contou que ela retornava de uma visita a uma enferma, a quem fora atender com a pa­lavra amiga, confortando-a com sua assistência fraterna. Tratava-se de uma anciã solitária, que lhe recebia ajuda financeira e espiritual. Sabendo-a doente, muito embora os perigos a que se exporia, a moça orou e foi em seu auxílio. Atendendo à enferma, demorou-se além do previsto. No entanto, espiritista convicta, buscou inspiração na prece e retornou ao lar, quando foi defrontada pelos rapazes, algo embriaga­dos. Philomeno estranhou o episódio. Afinal, a moça estava em tarefa relevante da caridade e envolvida pela força da oração... Dr. Bezerra aclarou, então, os fatos, dizendo: "A oração imuniza-nos contra o mal, dá-nos força para suportá-lo, mas não muda os nossos necessários pro­cessos de evolução. No caso em tela, a irmãzinha afeiçoada ao bem e afervorada à oração, recebeu a resposta ao seu apelo, de forma posi­tiva. Liberou-se dos perturbadores da ordem e, graças à rápida aflição experimentada, anulou grandes, porvindouros sofrimentos que lhe pesa­vam na economia da evolução, por erros graves cometidos na área da sexualidade e da prepotência que a infelicitaram, gerando muito dissa­bor naqueles que lhe sofreram os desequilíbrios..." E ajuntou: "Sinceramente consciente da necessidade de depuração, ante a luz do conhecimento espírita que lhe vitaliza o ser, dispôs-se à renovação pelo amor e pela ação do trabalho edificante, granjeando méritos para ter mudados os fatores cármicos da atual existência. Pelo teor mental e alta dose de sincera unção da prece, os sensores de seleção de roga­tivas registaram o seu apelo, que mereceu atendimento, e, porque de conduta reta, faz jus à assistência do protetor espiritual que a aten­deu até nossa chegada". O Mentor quis dizer que a jovem espírita, em função daquela provação bem suportada, liberava-se de largos testemu­nhos de dor e sombra no futuro, numa conjuntura em que nem todos os que são surpreendidos conseguem sair ilesos, o que demonstrava sua ex­celente condição. "O amor – acentuou Dr. Bezerra – anula os erros e pecados, preparando o ser para, testado, superar os impactos desagre­gadores do comportamento sadio. E ela, convenhamos, triunfou, não com­plicando a situação dos invigilantes, que não estão no pleno uso da razão." (Cap. 21, pp. 151 e 152) (Continua no próximo número.) 
 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita