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Ano 6 - N° 290 - 9 de Dezembro de 2012

ALESSANDRO VIANA VIEIRA DE PAULA
vianapaula@uol.com.br
Itapetininga, SP(Brasil)

 
 


José Raul Teixeira

Raul Teixeira, um homem no mundo
 

Guia espiritual de muitas e muitas pessoas, Raul Teixeira tem sido também um “protetor da codificação espírita”


Faz pouco mais de um ano que o confrade José Raul Teixeira sofreu um AVC e parece-me justo render uma homenagem a este valoroso trabalhador da doutrina espírita.

Fiquei pensando em como sintetizar a vida notável do amigo e confrade Raul Teixeira, e felizmente encontrei um texto recente de excelente qualidade, de autoria de Maria Helena Marcon, que foi publicado no jornal Mundo Espírita de agosto de 2012, em razão da homenagem prestada pela Federação Espírita do Paraná, de forma que tomo a liberdade de reproduzir esse texto, e, na sequência, acrescentarei outras informações sobre Raul Teixeira.

“Ele nasceu em Niterói-RJ, e sua trajetória de servidor do Cristo cedo se iniciou. Desde o dia em que adentrou a Mocidade Espírita do Grupo Espírita Leôncio de Albuquerque, a convite do amigo José Luiz Vilaça e, por insistência da mãe daquele, não mais parou.
 

Era o dia 8 de abril de 1967, e Raul Teixeira tinha dezessete anos. A inspirada coordenadora da Mocidade, Cecília Einstoss, lhe fez uma pergunta a respeito da temática do dia: o grande legislador hebreu.


Raul, apaixonado que era pelo personagem, discorreu por uns vinte minutos a respeito. Iniciava ali a sua jornada de bênçãos.


A oratória logo se lhe desenvolveu e começaram as viagens, os convites, tantos que a agenda não mais comportava, sendo passados de um a outro ano.


Estudioso, fez da Codificação Espírita seu alicerce para a palavra e a escrita. Desenvolvendo-se-lhe a psicografia, esperou, paciente, a ordem espiritual para a publicação do seu primeiro livro, que foi editado em 1990. Um livro dedicado ao jovem, escrito por um jovem desencarnado, através de um jovem médium: Cântico da Juventude, de Ivan Albuquerque.


Hoje, as suas obras mediúnicas somam quase quatro dezenas, portando orientações para a madureza, os médiuns, os trabalhadores do Movimento Espírita, os jovens, a criança, o homem em geral, o cidadão.


Prosa, verso, assuntos diversos desfilam, reproduzindo o pensamento de Espíritos, como o benfeitor espiritual Camilo, Sebastião Lasneau, Thereza de Brito, Levy, Ivan de Albuquerque, Joanes, Francisco de Paula Vítor, Rosângela Costa Lima, Hans Swigg, José Lopes Neto, e sua própria mãe, desencarnada quando ele era menino, Benedita Maria.

 

“Sou um homem no mundo”, apenas isso, diz Raul

 

Uma particularidade tem a mediunidade de Raul: receber mensagens de Espíritos quase esquecidos do Movimento Espírita do Brasil e do Mundo, mas que foram e continuam sendo grandes trabalhadores. Raul os detecta e lhes traz as orientações, firmando-as no papel, em abençoado trabalho psicográfico.

Alguns desses registros, ocorridos ao ensejo das reuniões do Conselho Federativo Nacional, em Brasília, em mais de uma oportunidade, emocionaram profundamente os que haviam tido a ventura de conviver com uma ou outra daquelas personalidades. E, então, teciam comentários a respeito do seu papel frente às lides espíritas, devotadas ao trabalho do Bem.


Raul é bastante reservado quando se trata de seus dados biográficos ou de lhe render homenagens. Um tanto difícil, quase, conseguir-lhe algumas informações.


Quero apenas ser um amigo das pessoas e ficaria muito feliz se me vissem assim –
 disse certa vez a Cezar Said. E, logo adiante, definiu-se: Sou um homem no mundo e não pretendo outra coisa senão isso, continuar a ser um homem no mundo.


E assim é. Consciente do trabalho que realiza, há quarenta e cinco anos, fala a respeito dele sem falsa modéstia: trabalhador consciente do seu valor de divulgação e vivência dos postulados da Doutrina Espírita. Mas, quem possa ter a ventura de privar de alguns momentos a mais, com ele, logo verificará que não é alguém que somente fala a respeito de Espiritismo.


Comenta as notícias dos jornais quando tem tempo de lê-los, fala da MPB e da sua querida Elis Regina, das coisas dos trabalhos acadêmicos, de cinema, literatura, cultura geral, da sua família, da nossa, rindo das coisas risíveis, agindo, vivendo e se relacionando como qualquer mortal, ou melhor, “imortal”. (Raul, um homem no mundo, Cezar Braga Said, ed. Fráter.)


Raul estreitou laços com Yvonne do Amaral Pereira, com o médium Júlio Cezar Grandi Ribeiro, Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco. Nesses dois últimos, em especial, buscou, mais de uma vez, no início das suas atividades, orientações para o direcionamento seguro das suas faculdades.


Em 1980, fundou a Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói, e, alargando os horizontes do atendimento aos necessitados, o Remanso Fraterno, na Várzea das Moças, bairro situado cerca de 25 km do centro de Niterói.

 

Há pouco mais de um ano, o grande testemunho

 

No mês de abril de 1986, em Mirassol d´Oeste, no Mato Grosso, Raul sofreu um acidente, no qual lhe foi revelado deveria ter perdido a vida. Contudo, por intercessão de sua mãe e de outros Benfeitores Espirituais, ele foi informado de que prosseguiria na carne, no trabalho a que se vinha devotando. Era a sua moratória.


Vinte e cinco anos passados, em 14 de novembro de 2011, Raul é convidado a outro grande testemunho (o texto original indicava a data de 16 de novembro, mas o próprio Raul afirmou que o AVC ocorreu de 14 para 15 de novembro – nota do autor). Em viagem internacional, com destino aos Estados Unidos, ainda em voo (quando sobrevoava o Brasil – nota do autor), ele sofre um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que lhe afeta a fala e o movimento do braço direito (Raul também acrescentou que ficou consciente, no avião, após o AVC, por sugestão do benfeitor Camilo, que lhe inspirava calma e paciência, pois se adormecesse poderia entrar em coma - Nota do autor.)


Ao chegar ao aeroporto JFK, em Nova Iorque, foi levado ao Jamaica Hospital Medical Center, próximo ao aeroporto, ali iniciando seu longo tratamento, tendo sido depois transferido, na sexta-feira (18 de novembro), para Hospital especializado no Estado de Connecticut.


Posteriormente, no final de semana de 17/18 de dezembro, retornou ao Brasil, indo direto para São Paulo, para prosseguir seu tratamento no Hospital Albert Einstein. Seu tratamento prossegue até os dias atuais, agora em sua cidade, Niterói. As mais recentes notícias nos informam que seu tratamento evolui muito bem. A fisioterapia é diária, e, a fonoaudiologia, três vezes por semana. A fala continua progredindo, de maneira animadora. O neurologista já identifica significativa melhoria nos movimentos do braço e da mão direita.


Por ora, sua rotina diária está concentrada no tratamento. Raul tem recebido convites para estar presente em várias homenagens que os confrades muito carinhosamente lhe oferecem, mas não tem condições de viajar e de interromper a rotina imposta pelo tratamento, que o leva, inclusive, a necessitar de repouso físico e mental.


Em todos esses meses, as notícias dos companheiros que convivem mais de perto com ele ou os que, de longas distâncias, se deslocam para visitá-lo têm sido no sentido de testificar o seu testemunho de verdadeiro espírita: excelente estado de espírito, mantendo seu habitual bom humor e jovialidade, a par de perseverança e dedicação ao tratamento, fielmente seguindo as orientações médicas.

 

Raul veio ao Paraná pela primeira vez em 1974

 

É a esse amigo que a Federação Espírita do Paraná deseja prestar homenagens, mais uma vez. Grande é a gratidão ao lhe recordar o quanto, particularmente, ofereceu ao Paraná Espírita.


Veio ao Paraná, por primeira vez, em 1974, mesmo ano em que o Espírito Camilo se lhe apresentou, afirmando que, doravante, estaria coordenando as suas atividades. Quando, em 1990, na Capital, após dezenove anos de interrupção, ressurgem as Confraternizações de Mocidades Espíritas, Raul é o coordenador da atividade, que se desenvolveu de 13 a 15 de abril.


Com o tema, Juventude e Espiritismo, cerca de duzentos e cinquenta participantes de todo o Estado integraram-se e se entregaram ao agradável evento. Foi o 1º Encontro Confraternativo de Juventudes Espíritas do Paraná, com realização prevista a cada dois anos, onde, em variadas oportunidades, Raul se fez presente.


Também com Raul Teixeira, se deu o 1º Encontro Estadual de Coordenadores de Juventudes Espíritas, nos dias 18 e 19 de março de 1995, em seguimento ao planejamento da FEP de ação dirigida especificamente aos jovens espíritas do Estado, prosseguindo a reprisar-se em todos os anos ímpares.


Tal como Divaldo, Raul esteve presente desde o 1º Simpósio Estadual de Espiritismo e a 1ª Conferência Estadual Espírita, acusando-se sua ausência, somente no ano em curso, em face de seu problema de saúde.


Também foi figura constante nos Encontros Estaduais Espíritas do Interior, nos Encontros de Dirigentes Espíritas - ENDESP e Encontro de Trabalhadores Espíritas - ENTRADESP.


Quantas mães o desejariam como filho, quantos jovens o almejariam como pai, quantos desejaríamos poder desfrutar de sua presença um tanto mais, trabalhar ao seu lado, na Seara Espírita. Mas o temos como o amigo e o conselheiro, o espírita convicto e devotado, que está dando o seu testemunho, dia a dia.


Por tudo isso, pelo que representa para os nossos corações, é que registramos a gratidão da Federativa, em seu 110º aniversário de fundação e o preito de amizade dos corações que o recordam, entre a saudade e o carinho de todas as horas, desejando vê-lo recuperado, feliz, sorrindo, entre nós.”


Fidelidade doutrinária sempre foi sua preocupação


Tive a feliz oportunidade de desfrutar de muitos momentos com Raul Teixeira, acompanhando-o em algumas palestras e quando ele se hospedava na casa de minha avó ou de meu pai, ao realizar palestras na região de Itapetininga-SP.

 

Testemunhei a jovialidade e a alegria exuberante de Raul, conforme citado no artigo acima, que chegava a me contagiar. Nos momentos de descontração havia tempo para conversas variadas, mas sem perder o equilíbrio e a sintonia com o bem.


A maior preocupação de Raul sempre foi a fidelidade doutrinária, tanto na sua divulgação, quanto na sua vivência. Inúmeras vezes ele externava sua preocupação com o desinteresse do público espírita em estudar, por facilitar a distorção dos princípios espíritas.


Assisti a inúmeras palestras de Raul, quando ele tinha a oportunidade de convidar o espírita ao estudo sério e profundo da codificação, bem como alertava-nos sobre a necessidade da própria conduta refletir as diretrizes do evangelho e do Espiritismo.


Gostaria, ainda, de destacar, sob o meu ponto de vista, a principal importância de Raul Teixeira para o movimento espírita, qual seja, a de não permitir que a pureza do conteúdo espírita seja contaminada por ideias pessoais de confrades e Espíritos sem compromisso com a verdade, “achismos” e modismos.


Por essa razão, os livros de Raul Teixeira são um manancial de lucidez e apontamentos espíritas, que merecem ser lidos e estudados.


Registro a forma pedagógica e coerente utilizada pelo Espírito Camilo, que é o guia espiritual de Raul, a nos facilitar sobremaneira o entendimento do tema abordado.


Quando interpelado ou consultado, Raul Teixeira não desperdiçava a oportunidade de retificar qualquer equívoco doutrinário ou de reforçar conceitos básicos do Espiritismo, sempre com o objetivo de preservar os preceitos espíritas conforme exarados na codificação de Allan Kardec.


Raul age dessa forma por amor ao ideal. Se prestássemos mais atenção aos apontamentos de Raul, certamente teríamos menos distorções na doutrina espírita, mas, infelizmente, vemos inúmeras ideias e inovações que vão se incorporando ao Espiritismo, algumas provenientes de obras mediúnicas de péssima qualidade, por isso e por outros fatos entendo que Raul Teixeira, como orador, médium (mediunidade que gerou mais de 30 livros) e cidadão, tem lugar de destaque no movimento espírita.


Numa entrevista que concedi a um confrade espírita, ao ser indagado sobre o que Raul Teixeira representava na minha vida, não tive dúvida e afirmei: “É o meu anjo da guarda encarnado”. Certamente, Raul Teixeira tem sido esse guia espiritual de muitas e muitas pessoas, bem como é um “protetor da codificação espírita”, não medindo esforços para preservar as verdades e a coerência da religião espírita. 


Finalizo o artigo externando minha estima e gratidão a esse amigo incomparável, que aprendi a chamar de “Tio Raul”.

 

Nota do Editor:

Clicando neste link - http://www.youtube.com/watch?v=Oixtq2cMzhY - o leitor poderá ver a emoção com que Raul Teixeira agradeceu a homenagem que lhe foi prestada pela Federação Espírita do Paraná no dia 15 de novembro último.

                                     

 

 


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