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Internacional
Ano 6 - N° 289 - 2 de Dezembro de 2012
GEBALDO JOSÉ DE SOUSA 
gebaldojose@uol.com.br
Goiânia, Goiás (Brasil)
 





 

A incrível saga da modelo somali Waris Dirie

Waris Dirie

A luta dessa jovem mulher para superar as dificuldades da vida constitui um notável exemplo para todos nós


“Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” Mt 22:39/40 

Inúmeras mudanças ocorrem em muitas partes da Terra e às vezes não nos damos conta de sua relevância, por não serem melhor divulgadas.

Num tempo de egoísmo exacerbado, questões aparentemente desimportantes para a maioria assumem caráter extraordinário para minorias sofridas. E, embora singulares e nem sempre percebidas de pronto, resultam em benefícios para toda a Humanidade, eis que, somadas, essas pequenas ações conduzem-nos a um mundo melhor.

O planeta eleva-se espiritualmente quando, em qualquer parte, alguém defende ou promove os frágeis, os excluídos de toda espécie; aqueles a quem falta o respeito à sua dignidade de seres humanos; a quem faltam oportunidades de se educarem, de preservarem a saúde; de crescerem como indivíduos filhos de Deus, iguais aos demais.

Esses pequenos progressos libertam nosso orbe de costumes bárbaros, de opressões consentidas, de sofrimentos às vezes milenares. E a atmosfera espiritual de nossa Casa Planetária se renova, a todos nos favorecendo.

Ora ocorrem na forma de uma Lei (Lei Áurea; Lei Maria da Penha; Lei da Ficha Limpa), ora como uma campanha (Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida – liderada, à época (1993), por Herbert José de Sousa – o Betinho).

Esta última prossegue em todo o Brasil, não apenas doando alimentos, mas oferecendo cursos profissionalizantes a jovens e a adultos carentes; ou seja, executa a ação social, mas não se limita a ela, eis que busca promover o cidadão, através da educação.

Quantos hoje arrecadam cestas básicas na comemoração do próprio aniversário, ou do Natal; ou gêneros alimentícios em quaisquer outros eventos (gincanas estudantis; shows artísticos, etc.), como decorrência do hábito criado por essa Campanha!  

Waris Dirie nasceu no deserto, de família nômade 

Waris Dirie – modelo somali – é um desses casos impressionantes de quem se insurgiu contra a opressão e a crueldade impostas não só às mulheres somalis – simplesmente por sua condição feminina –, mas a mulheres de muitos países africanos e asiáticos, com a ablação, para que sejam ‘puras, limpas’.

Foi vítima desse costume bárbaro que se mantém em pleno Século XXI!

Nasceu no deserto, de família nômade. Não sabe sua idade (no deserto não há papéis!).

Com os pés descalços, pastoreou cabras e camelos.

Aos cinco anos foi submetida à ablação (na Somália retiram, além dos lábios menores da vagina, também o clitóris). A ferida é costurada, deixando-se apenas pequena abertura para a urina e a menstruação. Essa prática ocorre sem anestesia e sem assepsia!

Como é de esperar, muitas morrem com o sangramento que sobrevém a essa estupidez! A própria irmã da modelo não sobreviveu a essa tortura física e mental.

Quando o pai ia casá-la com um homem de sessenta anos, em troca de cinco camelos, fugiu para Mogadício, aos 13 anos! Dali, três anos após, seguiu para Londres, trabalhando como criada em casa de uma tia, casada com diplomata somali.

Em Londres foi ‘descoberta’ por um fotógrafo e tornou-se modelo internacional e, com o sucesso e a fama, ferrenha ativista contra a circuncisão feminina.

Sua história, contada por ela no livro "Flor do Deserto", virou filme com o mesmo nome (exibido no Brasil em julho de 2010).

Foi embaixadora da ONU contra a mutilação feminina, de 1997 a 2003. Afastou-se dessa Organização, porque prefere a ação às reuniões e aos longos e inócuos discursos. Fundou uma organização que leva seu nome, para lutar contra essa barbárie.

Para isso, busca também formar professores que eduquem as crianças e as mães, em sua terra natal.

Além de Flor do Deserto (escrito em 1997), escreveu Amanhecer no Deserto (2002), Meninas do Deserto (2005) e Cartas a minha mãe (2007).  

A mutilação ainda ocorre em várias partes do mundo 

“Estou confrontando a mutilação na minha própria família. Meu irmão tem seis meninas, todas menores de idade e que vivem no deserto. Minha cunhada quer mutilá-las. Por causa disso eu estou tentando trazer as meninas para um lugar seguro. Isso tira meu sono todas as noites. (...)

Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que entre 100 e 140 milhões de meninas e mulheres vivem hoje sob consequências da mutilação – a maioria na África. A organização tem uma campanha contra a prática, que considera prejudicial à saúde da mulher e uma violação dos direitos humanos.

A mutilação ocorre em várias partes do mundo, mas tem registro mais frequente no leste, no oeste e no nordeste da África e em comunidades de imigrantes nos EUA e Europa. Em sete países africanos – entre eles Somália, Etiópia e Mali – a prevalência da mutilação é em 85% das mulheres.” (Do site http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/07/e-impossivel-descrever-dor-diz-modelo-sobre-circuncisao-feminina.html .)

Quantas peripécias superou essa brava mulher, para empreender essa nobre missão!

Vê-se, nitidamente, que não foi o acaso a levá-la por esse caminho; e que há mão invisível a conduzi-la para esse destino grandioso, de renúncias, sim, mas de extraordinário sentimento de solidariedade! Ela própria confessa, como se vê no texto indicado logo abaixo, que teve a intuição de que lhe estava reservada imensa e transformadora tarefa!

Como a dessa corajosa mulher, há belas e nobres vidas a nos exemplificar o que pode o amor, que jamais se omite, diante da opressão e da injustiça!



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita