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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 288 - 25 de Novembro de 2012

JANE MARTINS VILELA
jane.m.v.imortal@gmail.com
Cambé, PR (Brasil)
 

 
Imortalidade


“Até quando vossos olhos só alcançarão os horizontes marcados pela morte? Quando, enfim, vossa alma quererá lançar-se além dos limites do túmulo? Mas, ainda que tivésseis que sofrer uma vida inteira, que seria isso ao lado da eternidade de glória reservada àquele que houver suportado a prova com fé, amor e resignação? Procurai, pois, a consolação para os vossos males no futuro que Deus vos prepara, e vós, os que mais sofreis, julgar-vos-eis os bem aventurados da Terra...”. (Santo Agostinho, O mal e o remédio, O Evangelho segundo o Espiritismo.)

Amor e saudade caminham juntos. Quem ama deseja estar perto do ser amado. Sem esperanças, a saudade angustia. Com o Espiritismo, uma aurora de esperança e de consolação envolveu e continuará envolvendo a humanidade. Vozes emudecidas pela morte do corpo voltaram a se fazer ouvir e os Espíritos retornam para nos dizer que não choremos, que as saudades acontecerão pelo amor que sente a falta do ser amado, mas que as separações são temporárias. Eles vivem e o reencontro de quem ama acontecerá, pois o amor é lei  divina e os que se amam, se atraem, se buscam, querem estar juntos.

Espíritos que passaram por dores, resignados, ressurgem luminosos, belos, aos olhos da mediunidade e mostram ser  felizes. Suportaram bem as provas da Terra e estão bem.

Novembro é mês de lembrança dos que se foram. Alguns deles, que se foram nessa mesma época, deixaram aqui um rastro de luz. Um deles foi Jerônimo Mendonça, “O Gigante Deitado”, que desencarnou em novembro de 1989. Passou uma vida dificílima, mas seu exemplo de coragem, fé e alegria ainda perdura. Quem o vê hoje, Espírito liberto da matéria, o vê tão belo e luminoso que não enxerga suas feições. Ele precisa apagar a própria claridade para que vejam seu rosto. “Que beleza!”, diria ele.

A certeza da imortalidade consola os que sentem saudades dos que se foram. Os Espíritos tentam consolar como podem, em visões, para os médiuns, em comunicações psicográficas (pela escrita), psicofônicas (pela voz), mas também, talvez a mais comum de todas, pelos sonhos. Os sonhos, que são verdadeiros encontros espirituais, juntam os Espíritos desencarnados e os encarnados em momentos de ternura. Temos notícias disso por pessoas das mais diversas religiões que nos relatam fatos parecidos. “Estava com roupas claras, luminosas, disse que está bem, que eu não chore, demos um abraço tão gostoso! Acordei com aquela impressão, foi tão real! Parecia um abraço de verdade!” Foi mesmo um abraço verdadeiro, no campo espiritual, enquanto o corpo físico se encontrava adormecido.

As demonstrações que os Espíritos dão de que estão vivos convencem cada vez mais os incrédulos. Quem nunca na vida sentiu um inexplicado e doce abraço, mesmo em vigília? Muitos se lembram do ser amado que se foi, sentem sua presença, emocionam-se. O sentimento convence. Sentem o abraço, uma doce energia, uma suave brisa que os envolve. Aos poucos, a incredulidade será varrida pela certeza.

Uma amiga querida, de caráter ilibado, presidente de uma creche espírita  respeitável no Triângulo Mineiro, contou-nos um fato ocorrido por volta de 5 anos atrás. Estava ela enfrentando terríveis dificuldades econômicas para suprir as necessidades da creche. Tinha esgotado as possibilidades de promoções na cidade naquele ano. Dezembro se aproximava, o quadro de funcionários era grande, 13º salário, como conseguiria pagar todas as despesas? Orava, em silêncio, pedindo socorro a Deus. Alguns dias depois, para surpresa sua, um antigo benfeitor da creche, a quem ela não via havia alguns anos, morador de uma distante cidade no Estado de São Paulo, apareceu por lá. “Vim ajudar você. Onde estão os cadernos de contabilidade?”

Ele passou dois dias no hotel, examinando tudo. Saiu ao seu encontro trazendo os cadernos e um cheque que cobria todas as necessidades da creche. “Daqui para a frente, não precisa se preocupar mais, enviarei dinheiro todo mês”, disse ele. “Graças a Deus você apareceu, não sabia mais o que fazer. Deus o abençoe. Você chegou na hora exata. Como ficou sabendo de nossa dificuldade?”, perguntou ela.

Ele respondeu com uma pergunta: - Por onde você acha que anda o Chico Xavier?

“Ah! O Chico, com a grandeza dele, deve estar bem distante da Terra, numa morada bem aventurada, numa estrela belíssima, cheia de amor, longe daqui...”, respondeu ela.

Aí que você se engana, disse ele. Não está longe, não. Continua socorrendo sempre. Foi ele que se comunicou no centro espírita que freqüento e me pediu para vir aqui ajudar você.

A creche está bem, sem problemas financeiros, pois esse homem de posses continua ajudando.

Os Espíritos somos todos nós, encarnados aqui na Terra em processo de aprendizagem de amor e sabedoria, ou desencarnados, fora do corpo físico, sendo o que eram, acrescidos do que conquistaram de luzes, amor, virtudes e inteligência na roupagem humana. Os que já alcançaram o amor, descem para socorrer os que sofrem. Os que ainda não amam, muitas vezes perturbam os que estão aqui. Renascerão um dia, aqui ou em outro orbe, até que o amor os ilumine. Nós, espíritos que aqui nos encontramos encarnados, mantenhamos a mente elevada na fé, na oração, no trabalho, até a vitória completa do bem na Terra. Nossos amados vivem. Continuam vivos, um dia voltaremos a encontrá-los.

“Finados... Mas... Quem findou? Respondo filosofando... A morte só libertou infinitos sóis em bando...” (Jerônimo Mendonça.)


Nota da Autora:
 

Quem não conheceu Jerônimo, “O Gigante Deitado”, poderá conhecer sua vida de dores e exemplificações de amor e alegria no livro que tem esse título, editado pela editora “O Clarim”, de Matão.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita