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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 287 - 18 de Novembro de 2012

EUGÊNIA PICKINA 
eugeniapickina@gmail.com
Londrina, PR (Brasil)
 

 
Caminhos e sintonias


“A antiga história de amor entre a alma e o coração regressa sempre em vestes renovadas
.” – Jalal ud-Din Rumi

Estamos, na condição de passantes, sujeitos ao sofrimento, que parece ser o requisito epifenomenal para o amadurecimento psicológico e espiritual. Esse “decreto” radical atinge o ser humano sempre que as verdades essenciais ao seu crescimento se tornam fugidias...

Assim, atravessar as savanas do sofrimento talvez tenha como objetivo abrir o acesso àquele interior negligenciado para o encontro e a escuta, para o florescer da sabedoria, que carrega consigo, e de forma espontânea, o amor.

No entanto, se as feridas existenciais amiúde nos afetam de forma profunda, apenas a consciência cada vez maior nos dará recursos para nos percebemos num contexto mais amplo e, consequentemente, menos sujeitos às ilusões e aos apegos do caminho. 

Com isso, ainda que de um modo particular, naturalmente passamos a encarar que, além do nosso círculo estreito de interesses, o real significado do viver se liga à decisão de servir a uma vida com significado, fecunda ao que é essencial.

Como Zoran Music, o pintor, cuja história mais expressiva nasceu num campo de morte, em Dachau. Deportado para esse campo de concentração aos trinta e cinco anos, por causa de sua amizade com homens de resistência ao nazismo e da sua suspeita de colaboração com eles, nele permaneceu durante um ano. Libertado, Music se estabeleceu em Veneza, voltou a pintar e encontrou Ida, sua companheira.

Nos seus relatos, Music fala bem pouco de si, mas contou uma vez numa entrevista: "Foi lá que encontrei a minha verdade. Antes da deportação eu não tinha a mínima personalidade, deixava-me influenciar por isso ou aquilo".

Dachau ensinou a Music a ver sua solidão e a deter-se nas coisas essenciais, embora a visão de horror e morte guardada para sempre em seu inconsciente – mas, através de sua arte, sua memória exerce um testemunho de amor e compaixão.

Logo, querer uma existência tecida de significado tanto reforça nosso livre-arbítrio quanto faz ressoar um fato singelo: somos responsáveis por tudo o que criamos – por meio do que pensamos, proferimos e fazemos.

Logicamente, quanto mais disponíveis somos ao trabalho interno, mais cientes nos tornamos sobre a realidade de nossa experiência presente, sobretudo no que se refere aos relacionamentos e às metas nas quais estamos envolvidos.

Ademais, conscientizar-se sobre "quem sou realmente" permite um contato mais honesto com as intenções e as motivações (reais) que mobilizam tomadas de decisão cotidianas a fim de sondar-se se elas estão alinhadas (ou não) com "minha verdadeira natureza", o que pode iluminar o itinerário, evitando consequências infelizes no futuro.

Como medida de apoio, podemos incorporar que temos um suporte espiritual oferecido a cada um de nós incondicionalmente. 

E no lugar de negar, resistir, podemos, por um ato inteligente, abrir nosso coração às inspirações construtivas para recebê-las agradecidos, rompendo com a crença de que o caminho com significado, como também o crescimento em espiral, é tecido apenas a muito custo ou como resultado de um trabalho expiatório ou solitário.

Em verdade, quando resistimos ou negamos a presença (invisível) desse suporte espiritual, crises são geradas e a relação interna/externa adquire uma paisagem sombria, porque orientado o sujeito por uma visão circular, isto é, encapsulada no autocentramento.

Fechados à dimensão espiritual – e à experiência íntima do "religamento" –, de formas diversas nos tornamos impermeáveis ao fluxo eu-tu-nós. Desperdiçamos a oportunidade de realizar nosso potencial divino como cocriadores deste planeta, pois não encarnamos plenamente nossos potenciais serviços e nossa cota (indispensável) de amor e compaixão.

De forma simples, o que nos cabe? Buscar realizar uma existência com significado e, desse modo, contribuir de forma ética e afetiva com a experiência comunitária, que abarca destinos e sintonias, que se cruzam a cada instante.


 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita