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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 287 - 18 de Novembro de 2012
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Nas Fronteiras da Loucura

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 13)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Nas Fronteiras da Loucura, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. No desfile de fantasias citado neste livro, Dr. Bezerra revelou um fato surpreendente. Que foi que ele disse?

A revelação foi feita quando o desfile começou e foi chamado o primeiro candidato da noite, cuja fantasia lembrava conhecido monarca que se celebrizou pela vulgaridade, sensualidade e vandalismo. Quando ele avançou para a passarela, debaixo dos remoques ácidos dos Espíritos que pululavam no recinto, Dr. Bezerra disse: "Guarde-o Jesus, bem assim a todos que aqui estão, na sua passeata de ilusão. Por mais que se demore o sonho, será inevitável o acordar. Da sala nobre e bela do palácio, em que fracassou e comprometeu-se, o irmão ressurge em tra­vestimento brilhante, num palco de mentira, recebendo a homenagem de uma glória ligeira, com serpentinas, confetes e lágrimas de dor, numa triste e enganosa noite de carnaval...". O candidato era, nem mais nem menos, o monarca que voltou ao cenário terreno, sem o poder e o título que então ostentara. (Nas Fronteiras da Loucura, cap. 15, pp. 114 a 116.) 

B. O momento da inumação cadavérica é difícil para o recém-desencarnado?

Sim. Dr. Bezerra, a propósito do fato, explicou: "Este é um dos instantes mais difíceis para o recém-desencarnado que perdeu o corpo, sem dele libertar-se. Há, como é natural, em casos desta e de ordem semelhante, um apego aos despojos físicos muito acentuado. Demais, os vínculos familiares são fortes cadeias que amarram as criatu­ras umas às outras, nestas horas mais poderosos, quando se percebe a nulidade de qualquer recurso que atenue a angústia de uma separação, que muitos ainda supõem eterna". (Obra citada, cap. 16, pp. 117 e 118.)

C. Para o Dr. Bezerra de Menezes, são importantes as sessões mediúnicas?

Evidentemente. Nesta obra ele destaca a importância das sessões práticas ou mediúnicas do Espiritismo e sua função consoladora, as quais, além de servirem de medicação para os Espíritos dos dois lados da vida, constituem prova cabal da sobrevi­vência. "Nunca – asseverou Dr. Bezerra – estarão ultrapassadas as realizações mediúnicas de proveito incontestável, além do poder que exercem para fazer novos adeptos que então passam a interessar-se pelo estudo da Doutrina e seu aprofunda­mento." Depois, após afirmar que o conhecimento, a preparação doutrinária e as condições morais dos par­ticipantes da sessão são os fatores predominantes para a obtenção dos resultados, ele concluiu: "Respeitamos todas as criaturas nos de­graus em que estagiam, no seu processo de evolução espiritual. Entre­tanto, valorizamos os trabalhadores anônimos da mediunidade, os que formam os círculos espirituais de assistência aos desencarnados e de intercâmbio conosco pelo sacrifício, abnegação e fidelidade com que se dedicam ao fanal da consolação e da caridade que flui e reflui nas sessões mediúnicas de todas as expressões sérias: de ‘curas’ ou flui­doterapia, de desobsessão, de desenvolvimento ou de educação da mediunidade, de materialização com objetivos sérios e superiores, favore­cendo o exercício das várias faculdades mediúnicas para a edificação e vivência do bem. Esses trabalhadores incompreendidos, muitas vezes afadigados, estão cooperando eficazmente, no esquecimento a que muitos os relegam, com os Benfeitores da Humanidade, na construção do Mundo Novo de amanhã pelo qual todos anelamos". (Obra citada, cap. 16, pp. 117, 118, 120, 121 e 122.)   

Texto para leitura 

60. Lembrando o passado - Vendo ali indivíduos vestidos como reis e rainhas, nobres e conquistadores, clérigos e personagens diversos, cujas fantasias fariam inveja àqueles a quem copiavam, Dr. Bezerra in­formou: "Muitos estudiosos apressados da reencarnação mantêm veleida­des e ideias fantasiosas que os agradam, em torno do passado espiri­tual. Identificam-se nas roupagens físicas de antigos nobres e gene­rais, reis e conquistadores, prelados ilustres e de alta categoria hierárquica nas ordens eclesiásticas, de artistas famosos, perdendo tempo precioso em pesquisas e comparações de valor secundário, levan­tando o passado, para se satisfazerem no presente sem a necessária consideração pela oportunidade nova... Diversos desses precipitados e descuidados adeptos do reencarnacionismo não se querem dar conta de que, se viveram personificações célebres e ainda permanecem na Terra, é porque faliram dolorosamente nos empreendimentos com que a Vida os convidou a exercer para crescimento moral e deslustraram por or­gulho, desmedida ambição, desrespeito à bênção que não mereciam, mas a rece­beram como misericórdia de acréscimo". E acrescentou: "Em se con­firmando alguns casos como verdadeiros, isso tem a finalidade reeduca­tiva, exigindo reparação urgente e não motivo de disfarçada vaidade pelo que foram com total olvido do que são". Dr. Bezerra lembrou que as desincumbências dos compromissos de elevação fazem-se mais difíceis nas altas esferas sociais do mundo, em cujas faixas enxameiam pertur­bações e convites à queda, tentações sem nome, fraudes, tormentos e traições, explicando, logo em seguida, que alguns dos fantasiados ali presentes, que imitavam trajes antigos, eram as próprias personagens que retornavam ao proscênio do mundo, falidos lamentavelmente, imi­tando com carinho e paixão a situação que indignificaram quando a exerciam. (Cap. 15, pp. 113 e 114) 

61. O monarca fracassado - Dr. Bezerra referiu-se então aos indi­víduos da nobreza que enlouqueceram na ociosidade e, agora, meditam em profundas frustrações que os tornam insatisfeitos; aos monarcas que vulgarizaram a investidura com que mergulharam no mundo para servir e, hoje, repetem os textos do drama da vida, em situações ridículas; aos religiosos que corromperam os altos compromissos e ora estão crucifi­cados nos madeiros invisíveis de problemas íntimos que os amarguram; aos vencedores do mundo que não venceram a si mesmos e revestem-se, então, de não esquecidas indumentárias, servindo de bufos para as mul­tidões que os aplaudem ou criticam, invejam ou perseguem; aos burgueses frívolos que expiam nesta oportunidade, sob duras injunções mo­rais, o tempo perdido... Todos eles merecem não somente nosso res­peito e consideração, mas também compreensão, afeto e piedade de todos nós, acentuou Dr. Bezerra, que arrematou nestes termos suas obser­vações: "As marcas de determinadas reencarnações não desaparecem, de um para outro momento, das tecelagens sutis do Espírito, que renasce no corpo, sofrendo-lhes os efeitos. Jesus escolheu os andrajos modes­tos, os convívios da dor e do sofrimento humano, as situações do pro­letariado sem esperança para dignificar a ascensão das almas que se retemperam nos testemunhos da pobreza e da simplicidade. Não desconsi­derou os bens do mundo, nem os seus transitórios detentores, ofere­cendo-lhes, várias vezes, oportunidade de privarem com Ele e Suas lições, mas não se deteve ao lado das suas transitórias posições e mandos..."

Nesse ponto o desfile começou e logo foi chamado o primeiro candidato da noite, cuja fantasia lembrava conhecido monarca que se celebrizou pela vulgaridade, sensualidade e vandalismo. Quando ele avançou para a passarela, debaixo dos remoques ácidos dos Espíritos que pululavam no recinto, Dr. Bezerra asseverou: "Guarde-o Jesus, bem assim a todos que aqui estão, na sua passeata de ilusão. Por mais que se demore o sonho, será inevitável o acordar. Da sala nobre e bela do palácio, em que fracassou e comprometeu-se, o irmão ressurge em tra­vestimento brilhante, num palco de mentira, recebendo a homenagem de uma glória ligeira, com serpentinas, confetes e lágrimas de dor, numa triste e enganosa noite de carnaval...". “Aprendamos, desse modo, a es­colher ‘a boa parte, aquela que nos não será  tirada’, conforme o en­sino do Mestre no diálogo mantido com Marta, no abençoado lar de Betâ­nia..." (Cap. 15, pp. 114 a 116) 

62. O mistério da morte - Ao cair da tarde, Philomeno visitou Fá­bio e seu amigo, que se recuperavam na Enfermaria através da terapia do sono. Eles se apresentavam agitados, demonstrando experimentar as dores acerbas que os faziam despertar, com fácies alucinada. Dr. Bezer­ra esclareceu: "É chegado o momento da inumação cadavérica. As famílias, em dor superlativa, lamentam o infausto acontecimento que as dilacera e chama-os, nominalmente, com exclamações de inconformismo, que se transformam em agentes mentais dilaceradores, que os alcançam. Eles ouvem e não entendem o que se passa. Não têm ideia do que lhes sucedeu, nem sequer possuem qualquer preparo para o retorno, nesta circunstância..." Dito isto, aplicou em ambos expressiva carga de energia anestesiante, que os acalmou. Em seguida informou: "Este é um dos instantes mais difíceis para o recém-desencarnado que perdeu o corpo, sem dele libertar-se. Há, como é natural, em casos desta e de ordem semelhante, um apego aos despojos físicos muito acentuado. De­mais, os vínculos familiares são fortes cadeias que amarram as criatu­ras umas às outras, nestas horas mais poderosos, quando se percebe a nulidade de qualquer recurso que atenue a angústia de uma separação, que muitos ainda supõem eterna". "A morte, em tais situações, trans­forma-se em fator preponderante de neuroses e psicoses mais profundas, que conduzem a loucuras, ao suicídio...", porque até hoje, lamentavel­mente, as religiões tradicionais não souberam preparar a criatura hu­mana para a problemática da morte, tarefa grandiosa que compete ao Es­piritismo, diluindo das mentes o pavor da morte e educando os homens sobre a maneira de encará-la. Dr. Bezerra mencionou, então, nesse sen­tido, a importância das sessões práticas ou mediúnicas do Espiritismo e sua função consoladora que, além de servirem de medicação para os Espíritos dos dois lados da vida, constituem prova cabal da sobrevi­vência... (Cap. 16, pp. 117 e 118) 

63. Adversários da mediunidade - Havia no Dr. Bezerra um entu­siasmo sadio e grande respeito pelo ministério mediúnico, que lhe transparecia na face e ressaltava nas palavras. Mas ele advertiu: "De tempos em tempos, amiudadas vezes, surgem movimentos antimediunistas entre respeitáveis estudiosos e obreiros da Doutrina Espírita, que en­tão sofrem inspiração negativa. As Entidades perversas, que se veem desmascaradas, desmanchadas suas tramas e conluios nefastos, através da mediunidade digna, combatem, sistematicamente, esta porta de servi­ços, tentando cerrá-la, ora pela suspeita contumaz, ora pela desmora­lização e vezes outras pela indiferença geral, desfrutando, então, es­ses inditosos, de área livre para o comércio infeliz que estabelecem e o prosseguimento das ardilosas quão inclementes perseguições que pro­movem". Dr. Bezerra reportou-se então à memorável sessão mediúnica re­alizada no Tabor, quando o Mestre se transfigurou e parlamentou com Moisés e Elias materializados e, logo depois, ao descer do monte, repreendeu um obsessor que atormentava um jovem, expulsando a Entidade infeliz e liberando o paciente... "Ali – acentuou o Mentor – se rea­lizara uma perfeita fluidoterapia com o obsesso, socorro ao obsessor e um intercâmbio superior com os líderes israelitas desencarnados, qual ocorre nos trabalhos espíritas práticos, sob os rígidos códigos da mo­ral evangélica." "Inspirados, portanto, por mentes perturbadoras, ociosas, vingativas de diversas gamas, surgem companheiros ciosos da preservação do patrimônio doutrinário, investindo contra as reuniões mediúnicas. Alguns alegam excesso de animismo, outros exageros no me­diunismo, mais outros afirmam que esse período está  superado e não falta quem diga serem tais serviços prejudiciais ao equilíbrio mental e emocional de pessoas nervosas, de personalidades psicopatas." O Men­tor, afirmando que tais críticos não têm razão em sua postura, anali­sou, na sequência, todos os argumentos levantados, indicando para cada um deles a orientação necessária. Assim é que, na questão do ani­mismo, ao invés de coibi-lo, devemos educar o sujet, fazendo-o libe­rar-se das impressões profundas que lhe afloram do inconsciente, nos momentos de transe, qual oportuna catarse que o auxiliará a recobrar a harmonia íntima. É essencial doutrinemos – diz ele – os portadores de mediu­nidade em fase atormentada. (Cap. 16, pp. 118 a 120) 

64. O valor da mediunidade - A tese exposta por Dr. Bezerra é muito clara: os chamados excessos mediúnicos não são da responsabili­dade das sessões, mas da desinformação dos experimentadores e das pes­soas que se aventuram nas suas realizações, desarmadas do conhecimento doutrinário e da vivência de suas execuções. "Nunca – asseverou Dr. Bezerra – estarão ultrapassadas as realizações mediúnicas de proveito incontestável, além do poder que exercem para fazer novos adeptos que então passam a interessar-se pelo estudo da Doutrina e seu aprofunda­mento." O Mentor examinou, por fim, o argumento de que as sessões afe­tam pessoas portadoras de desequilíbrios nas áreas mental e emocional, o que, para ele, não tem qualquer fundamento. Em primeiro lugar, por­que tais pessoas não devem ter participação direta na reunião; e de­pois, porque essas criaturas podem ser beneficiadas a distância, sem participarem fisicamente das sessões. Em seguida, após afirmar que o conhecimento, a preparação doutrinária e as condições morais dos par­ticipantes da sessão são os fatores predominantes para a obtenção dos resultados, o Mentor concluiu: "Respeitamos todas as criaturas nos de­graus em que estagiam, no seu processo de evolução espiritual. Entre­tanto, valorizamos os trabalhadores anônimos da mediunidade, os que formam os círculos espirituais de assistência aos desencarnados e de intercâmbio conosco pelo sacrifício, abnegação e fidelidade com que se dedicam ao fanal da consolação e da caridade que flui e reflui nas sessões mediúnicas de todas as expressões sérias: de “curas” ou flui­doterapia, de desobsessão, de desenvolvimento ou de educação da mediunidade, de materialização com objetivos sérios e superiores, favore­cendo o exercício das várias faculdades mediúnicas para a edificação e vivência do bem. Esses trabalhadores incompreendidos, muitas vezes afadigados, estão cooperando eficazmente, no esquecimento a que muitos os relegam, com os Benfeitores da Humanidade, na construção do Mundo Novo de amanhã pelo qual todos anelamos". (Cap. 16, pp. 120 a 122) (Continua no próximo número.) 
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita