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O Espiritismo responde
Ano 6 - N° 286 - 11 de Novembro de 2012
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
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ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 



O confrade Mauricio Moura, de Bauru-SP, em carta dirigida à redação desta revista, pergunta-nos se o sonambulismo, no tocante à mediunidade, é o mesmo fenômeno que ocorre em inúmeras famílias, no qual o indivíduo se levanta e caminha dormindo pela casa.

O tema sonambulismo foi tratado por Kardec nas questões 425 a 438 e também na questão 455 d´O Livro dos Espíritos.

A doutrina espírita define o sonambulismo como um estado de independência da alma, mais completo do que no sonho, estado em que maior amplitude adquirem suas faculdades, porque então ela tem percepções de que não dispõe no sonho, que é considerado um estado de sonambulismo imperfeito.

No sonambulismo, a alma ou Espírito está na posse plena de si mesma. Quando se produzem os fatos do sonambulismo, a que o leitor se refere, é que o Espírito, preocupado com uma coisa ou outra, se aplica a uma ação qualquer, para cuja prática necessita de utilizar-se do corpo. Serve-se então deste, como se serve de uma mesa ou de outro objeto material no fenômeno das manifestações físicas, ou mesmo como se utiliza da mão do médium nas comunicações escritas.

Em seus comentários à margem da questão 431 do livro citado, Kardec diz que a experiência revela que os sonâmbulos podem também receber comunicações de outros Espíritos, que lhes transmitem o que devam dizer e suprem à incapacidade que denotam. O fato verifica-se principalmente nas prescrições médicas. O Espírito do sonâmbulo vê o mal, outro lhe indica o remédio. Essa dupla ação é às vezes patente e se revela, além disso, por estas expressões muito frequentes: dizem-me que diga, ou proíbem-me que diga tal coisa.

No estado sonambúlico, o sonâmbulo pode ver indivíduos desencarnados. Isso é muito comum, embora às vezes não perceba no primeiro momento que está vendo Espíritos, julgando-os indivíduos encarnados. O fato se dá principalmente com os que, nada conhecendo de Espiritismo, não compreendem a essência dos Espíritos.

Os fenômenos do sonambulismo natural  produzem-se espontaneamente e independem de qualquer causa exterior conhecida. Mas, em certas pessoas dotadas de especial organização, podem ser provocados artificialmente, pela ação do agente magnético.

A chamada mediunidade sonambúlica é tratada por Kardec no cap. XIV, itens 172 a 174, d´O Livro dos Médiuns, em que ele afirma que nesse caso dois tipos de fenômenos com frequência se acham reunidos.

O sonâmbulo propriamente dito age sob a influência do seu próprio Espírito; é sua alma que, nos momentos de emancipação, vê, ouve e percebe, fora dos limites dos sentidos. O que ele externa tira-o de si mesmo; suas ideias são, em geral, mais justas do que no estado normal, seus conhecimentos mais dilatados, porque tem livre a alma. Numa palavra, ele vive antecipadamente a vida dos Espíritos. O médium, ao contrário, é instrumento de uma inteligência estranha; é passivo e o que diz não vem dele próprio.

Em resumo, o sonâmbulo exprime seu próprio pensamento, enquanto que o médium exprime o de outrem. Contudo, o Espírito que se comunica com um médium comum pode fazê-lo com um sonâmbulo, e muitas vezes o estado de emancipação da alma facilita essa comunicação.

Como os sonâmbulos veem perfeitamente os Espíritos, podem confabular com eles e transmitir-nos seus pensamentos. Assim, o que dizem fora do âmbito de seus conhecimentos pessoais lhes é com frequência sugerido por outros Espíritos. Verifica-se então uma dupla ação, em que o Espírito do sonâmbulo serve de intermediário – de médium – a outro Espírito.

Kardec menciona, no item 173 da obra citada, um caso interessante que ilustra bem essa dupla ação.

Um rapaz de 14 a 15 anos, de inteligência muito vulgar e instrução extremamente escassa, dava, quando em estado sonambúlico, provas de uma lucidez extraordinária e grande perspicácia. Isso ocorria sobretudo no tratamento das enfermidades, quando ele pôde operar grande número de curas consideradas impossíveis.

Certo dia, dando consulta a um doente, descreveu a enfermidade com absoluta exatidão. Alguém lhe pediu, então, que indicasse o remédio. “Não posso”, disse ele, “meu anjo doutor não está aqui”. Perguntaram-lhe: Quem é esse anjo doutor de quem falas? Ele respondeu: “O que dita os remédios”.

Vê-se no exemplo citado que a ação de ver o mal era do próprio sonâmbulo, e para isso não precisava de assistência alguma; mas a indicação dos remédios lhe era dada por outro Espírito. Não estando presente esse outro, ele nada podia dizer. Quando sozinho, era apenas sonâmbulo. Assistido por aquele a quem chamava seu anjo doutor, era sonâmbulo-médium.


 


 
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