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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 286 - 11 de Novembro de 2012
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Nas Fronteiras da Loucura

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 12)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Nas Fronteiras da Loucura, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. No caso da tentativa de suicídio de Noemi, insuflada por um Espírito, como explicar a súbita mudança verificada no íntimo do obsessor?

A explicação foi dada pelo Dr. Bezerra. Ao ser avisado da tentativa de suicídio de Noemi, o Mentor fizera uma consulta aos Cen­tros de Informação da esfera espiritual, a respeito do conteúdo obses­sivo do problema, o Espírito envolvido e como alcançá-lo. Enquanto se dirigiam ao Hospital, Mensageiros provi­denciaram a vinda dos familiares do perseguidor, que também aguardavam oportunidade como aquela, a fim de atingi-lo para a sua redenção. Esclareceu o amorável Mentor: "Não há força que suplante o amor. Recorrendo à fonte sublime do Amor Sem Limite, através da oração, fomos visitados pela resposta superior do Céu, que o dulcificou, num  átimo, fazendo-o recordar-se da própria filhinha, que um dia fora raptada da sua companhia. O amor que nele estava enfermo, escravo da revolta, rompeu as amarras e ele cedeu, o que lhe facultou sintonizar com os afetos familiares, convidados para aquele momento". (Nas Fronteiras da Loucura, cap. 13, pp. 102 a 104.)

B. É certo afirmar que somente ocorrem obsessões porque existem endividados?

Sim. No caso de Noemi, o obsessor que acabara de ser resgatado da alucinação de que padecia, fora vítima dela. Noemi estava envolvida no rapto da filha dele numa anterior existência. Artur, ao comentar esse fato, afirmou: "Como sabemos, somente sucedem obsessões, porque existem endividados. Todo obsessor, por mais insensível e cruel, é somente alguém doente, que se viu traído e não tem sabido ou querido superar a condição de dor a que foi arrojado." "Enquanto não luz o perdão na antiga vítima e a transforma­ção moral do infrator, a problemática aflitiva prossegue, mudando ape­nas de forma ou de atitude de quem persegue e de quem é perseguido." (Obra citada, cap. 14, pp. 107 e 108.)

C. Como era o ambiente psíquico no teatro em que tradicionalmente se realiza no Rio de Janeiro o desfile de fantasias?

Péssimo. Nos bastidores do teatro, era inocultável a luta, em que as intrigas e diatribes confundiam-se com as promessas de agres­sões físicas e escândalos, entre palavras ásperas e vulgares. As paixões afloravam, extravasando em torrentes de desequilíbrio, e Espí­ritos de aspecto bestial e lupino, verdugos e técnicos de vampirização do tônus sexual, em promiscuidade alarmante com inúmeros encarnados, ali se misturavam, comprazendo-se uns e outros, como autênticos para­sitas, em osmoses psíquicas de avançado grau. Inobstante o brilho das sedas e das pedrarias, dos paetês e dos bordados fulgurantes, o am­biente dava mostras do baixíssimo teor de vibrações viciosas que ali tresandava. Muitos foliões haviam-se afadigado por longos meses na confecção das fantasias, praticamente vivendo a psicosfera da ilusão, e diversos deles estavam exaustos, tendo consumido tempo e dinheiro que poderiam ter sido mais bem aplicados no sentido da manutenção da vida e salvação de muita gente. (Obra citada, cap. 15, pp. 111 e 112.)   

Texto para leitura 

55. Como os Benfeitores agem - A genitora pediu ao Men­tor fosse seu filho tratado no Posto de Socorro, antes de ser transfe­rido para outra estância. Dr. Bezerra aquiesceu e o irmão Artur, va­lendo-se de um pequeno walkie-talkie, solicitou ao Acampamento enviasse veí­culo e padioleiros para o transporte de novo paciente. Ali mesmo, sob o carinho dos familiares, ele foi socorrido com passes que o amolenta­ram, auxiliando-o na desintoxicação psíquica de que necessitava, com o que adormeceu. Mais tarde, Philomeno soube que no instante da reflexão profunda do Dr. Bezerra, ao ser avisado da tentativa de suicídio de Noemi, o Mentor fizera uma consulta aos Cen­tros de Informação da esfera espiritual, a respeito do conteúdo obses­sivo do problema, simultaneamente quem se encontrava envolvido e como alcançá-lo. Enquanto se dirigiam ao Hospital, Mensageiros provi­denciaram a vinda dos familiares do perseguidor, que também aguardavam oportunidade como aquela, a fim de atingi-lo para a sua redenção. Logo que pôde, Philomeno indagou: "Se o nosso irmão persistisse no erro, no propósito nefasto, que recursos seriam utilizados?" Dr. Bezer­ra respondeu: "Não há força que suplante o amor. Recorrendo à fonte sublime do Amor Sem Limite, através da oração, fomos visitados pela resposta superior do Céu, que o dulcificou, num  átimo, fazendo-o recordar-se da própria filhinha, que um dia fora raptada da sua companhia. O amor que nele estava enfermo, escravo da revolta, rompeu as amarras e ele cedeu, o que lhe facultou sintonizar com os afetos fami­liares, convidados para aquele momento". E acrescentou: "Não nos es­queçamos do ensino sempre atual de Jesus: – Pedi e dar-se-vos-á... É necessário pedir, saber fazê-lo e esperar com receptividade". (Cap. 13, pp. 102 a 104)

56. O lar de Noemi - Ao saírem do Hospital, o Mentor e Philomeno ficaram conhecendo Enalda (a viúva de Artur) e Cândido, o esposo de Noemi, que lhe havia ministrado os primeiros socorros em seguida à tentativa de suicídio. Artur contou que sua filha renascera naquele lar, sob o impositivo de grave provação, com raízes no passado. Enalda sofrera oportunamente penosa injunção em relação a ela, o que a circuns­tância maternal deveria anular, através do amor e do perdão. Porta­dora, no entanto, de caráter débil e voluntariosa nos caprichos femi­ninos, a mãe agravou a situação com sérios deslizes morais. Imatura, no que tange aos compromissos nobres, a viúva não aprendera a valori­zar o tempo, em favor da própria ascensão, e sonhava com os pra­zeres extenuantes, a que gostaria de se entregar, pouco lhe importando as consequências perniciosas que adviessem. A viuvez um tanto súbita pa­receu liberá-la... Artur prosseguiu dizendo que a formação religiosa do casal não fora das melhores. "Vinculamo-nos – disse ele – a uma doutrina ortodoxa, mais por praxe do que por convicção e sentimento, praticando o culto sem aprofundamento nas lições que ouvíamos. De minha parte, encontrava dificuldades para uma aceitação racional e profunda dos seus postulados, que me não pareciam responder às questões atormentan­tes que defrontamos no dia-a-dia. A filosofia do dogma, em caráter de fé cega, repugnava-me." Ele resolveu então, sem se afligir com o que não concordava na religião, adotar um comporta­mento coerente com o mandamento maior, que recomenda "O amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo", por compreender que ele sintetizava a Lei e os seus profetas, constituindo a base dos ensinos morais de Jesus. A esposa, por sua vez, aceitava o comporta­mento religioso, sem compro­misso moral com a fé... "Agora compreendo por quê – disse ele –, ao considerar que ela reencarnou sob mace­rações íntimas resultantes da existência anterior que não pôde supe­rar." (Cap. 14, pp. 105 e 106) 

57. A raiz dos problemas - Artur explicou, na sequência de sua nar­rativa, que o casamento de Noemi com Cândido não estava nos planos do seu processo regenerador... Sentindo-se desamada, no lar, um tanto só e carente, ela transferiu a afetividade que deveria ser educada para vivência no momento próprio, para o jovem, igualmente irresponsá­vel. Sob o apoio de Enalda, que se encantou com o rapaz, precipitou acontecimentos que o livre-arbítrio atraiu para complicação deles mes­mos. Passados os primeiros meses de convivência, surgiram as desinte­ligências por coisa nenhuma. Pequenos arrufos, discordâncias de opi­nião, remoques de parte a parte tornaram-se habituais, e Enalda, dei­xando-se fascinar pelo genro, sustentava-lhe as falsas razões, dando-lhe injustificável apoio, em detrimento da orientação e cuidados que lhe competia distender à filha. Para culminar, a contínua aproximação entre sogra e genro, apesar da imensa diferença de idade, degenerou em relacionamento delituoso dentro do próprio lar... Enalda e Cândido, entregues à licenciosidade, não se davam conta de que Noemi percebia o comportamento de exagerada amizade entre ela e o esposo. Agasalhando as farpas do ciúme, pôs-se de guarda a relacionar pequenos fatos que lhe consubstanciavam a suspeita. Nessa tormentosa situação mental e moral, todos atraíram seus inimigos desencarnados, abrindo campo aos processos de cruel indução obsessiva que passaram a corporificar-se. O Espírito perturbador, que acabara de ser resgatado da alucinação de que padecia, fora antiga vítima de Noemi – envolvida no rapto de sua filhinha na anterior existência... "Como sabemos – comentou Artur –, somente sucedem obsessões, porque existem endividados. Todo obsessor, por mais insensível e cruel, é somente alguém doente, que se viu traído e não tem sabido ou querido superar a condição de dor a que foi arrojado." "Enquanto não luz o perdão na antiga vítima e a transforma­ção moral do infrator, a problemática aflitiva prossegue, mudando ape­nas de forma ou de atitude de quem persegue e de quem é perseguido." Foi isso que fez com que ele passasse a inspirar Noemi, de maneira a surpreender Enalda e Cândido. Magoada, era-lhe mais fácil aceitar a ideia infeliz do que o pensamento de coragem de Artur, seu pai, que tentava ajudá-la a superar esse momento difícil, como ocorrera na se­mana anterior, quando pôde falar-lhe, na esfera dos sonhos, demons­trando-lhe que as vítimas são sempre mais felizes, senão hoje, mais tarde... (Cap. 14, pp. 107 e 108) 

58. Traição e violência - Artur contou que incentivara a filha a ter paciência, porque em breve Cândido mudaria de atitude em relação a Enalda, que somente estava a despencar em abismo de difícil saída. "Assim lhe expliquei – relatou o amigo –, após ouvi-la relatar o drama que a dilacerava intimamente. Retrucou-me, informando que só uma atitude de dura vingança poderia lavar-lhe a honra ultrajada pelo es­poso e pela genitora. Aquiesci, e apresentei-lhe a vingança em termos de perdão e prosseguimento no reto dever, sugerindo que instasse com o marido para realizarem uma viagem e, na volta, assumirem a responsabi­lidade de ter a casa em que fossem viver as próprias experiências, com mais simplicidade, o que lhes era possível, sem outra, senão a tutela de Deus." Noemi – informou Artur – chorou muito e despertou sob a impressão de haver estado realmente com o pai. Falou en­tão ao marido, sem deixar transparecer as suspeitas, a respeito da ne­cessidade de fa­zerem uma pequena viagem, aproveitando os dias do carnaval, quando conversariam com calma sobre o futuro. Ele, porém, opôs-se a sair do Rio no período momesco, desgostando-a e predispondo-a à ação maléfica que lhe era induzida pelo adversário desencarnado. "Na manhã de hoje Noemi, duramente hipno­tizada pelo inimigo, foi inspirada a armar uma cilada, na qual tomba­ria, como vimos", prosseguiu o amigo. "Planejou visitar amigos, prometendo retornar após o almoço e deixando os doen­tes morais desimpedidos, para que dessem curso às paixões dissolven­tes." O plano fora bem urdido, porque, logo a jovem se afastou, os le­vianos entregaram-se à desordem moral, sem qualquer escrúpulo... Retornando quinze minutos depois, sob a alegação de haver esquecido algo, entrou no lar e surpreendeu a ambos. Tresvai­rada, discutiu com os infelizes traidores e, porque Cândido a esbofe­teasse, correu na di­reção do banheiro, onde tentou seccionar as veias, agora sem a imposi­ção mental do perseguidor, que desejava deixar sobre ela a responsabi­lidade do gesto louco. "A minha carência de valores não pôde impedir os acontecimentos, demorando-me em prece até o mo­mento em que vos vim rogar auxílio", concluiu Artur. (Cap. 14, pp. 108 a 110) 

59. No desfile de fantasias - O drama de Noemi possuía as tintas fortes das tragédias... Com efeito, não é difícil imaginar a dor e as dificuldades que a jovem decepcionada teria de enfrentar doravante, sem o arrimo do pai querido e traída pelos seus entes mais chegados: a mãe e o marido. O quase seccionamento do nervo do braço esquerdo dei­xaria alguma sequela, tornando mais difícil ainda a sua atual expe­riência no mundo das formas. Aqueles dias de carnaval mostravam mais uma vez quantas dores poderiam ser evitadas, caso as criaturas prefe­rissem atitudes e comportamentos diversos. Tudo em a Natureza convida à paz e ao amor, mas o atavismo das paixões primitivas se interpõe en­tre o homem e a felicidade. Manoel P. de Miranda recordou, então, que ele estivera com Dr. Bezerra, na segunda-feira de carnaval, num sun­tuoso Teatro, onde se daria um conhecido desfile de fantasias. Razões importantes os levaram ali, no desempenho do ministério do auxílio a que se dedicavam. Nos bastidores do teatro, era inocultável a luta, em que as intrigas e diatribes confundiam-se com as promessas de agres­sões físicas e escândalos, entre palavras  ásperas e vulgares. As paixões afloravam, extravasando em torrentes de desequilíbrio, e Espí­ritos de aspecto bestial e lupino, verdugos e técnicos de vampirização do tônus sexual, em promiscuidade alarmante com inúmeros encarnados, ali se misturavam, comprazendo-se uns e outros, como autênticos para­sitas, em osmoses psíquicas de avançado grau. Inobstante o brilho das sedas e das pedrarias, dos paetês e dos bordados fulgurantes, o am­biente dava mostras do baixíssimo teor de vibrações viciosas que ali tresandava. Muitos foliões haviam-se afadigado por longos meses na confecção das fantasias, praticamente vivendo a psicosfera da ilusão, e diversos deles estavam exaustos, tendo consumido tempo e dinheiro que poderiam ter sido mais bem aplicados no sentido da manutenção da vida e salvação de muita gente... (Cap. 15, pp. 111 e 112) (Continua no próximo número.) 
 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita