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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 284 - 28 de Outubro de 2012
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 


Nas Fronteiras da Loucura

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 10)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Nas Fronteiras da Loucura, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. O comportamento desequilibrado da família prejudica o Espírito recém-liberto em decorrência da morte de seu corpo?

Sim. A lamentação e os impropérios por parte dos familiares produzem, no Espírito recém-liberto, grande desconforto, porque tais atitudes transformam-se em chuvas de fagulhas comburentes que os atingem, ferindo-os ou dando-lhes a sensação de  ácidos que os corroem por dentro. Nominalmente cha­mados, eles desejam atender, mas não podem, experimentando então dores que os vergastam, adicionadas pelos desesperos morais que os dominam. Se conseguem adormecer, não raro debatem-se em pesadelos afligentes, que são a liberação de imagens perturbadoras das zonas profundas do inconsciente. (Nas Fronteiras da Loucura, cap. 11, pp. 84 e 85.)

B. Por que a desencarnação não se concretiza logo em seguida à morte corpórea?

Esse fato é simples de entender. Como a reencarnação exige anos para completar-se, é natural que a desencarnação necessite de tempo suficiente para que o Espírito se desimpregne dos fluidos mais grosseiros em que esteve mer­gulhado. A morte violenta mata apenas os despojos físicos, mas não significa libertação do ser espiritual. As enfermidades de longo curso, quando suportadas com resignação, liberam o Espírito da maté­ria, porque ele, nesses casos, tem tempo de pensar nas verdadeiras re­alidades da vida e desapegar-se de pessoas, paixões e coisas, movimentando o pensamento em círculos superiores de aspirações. Ele lembra então os que já partiram e a eles se revincula pelos fios das lembranças, recebendo inspiração e ajuda para o desprendimento. As dores morais bem aceitas facultam aspirações e anseios de paz noutras dimensões, diluindo as forças constritoras que o atam ao mundo das formas. O conhecimento dos objetivos da reencarnação e o comportamento correto diante da vida contribuem, também, para a desimantação. O tempo no corpo tem finalidade educativa, expurgadora de mazelas, para o aprimo­ramento de ideais, ao invés de constituir uma viagem ao país do sonho, com o prazer e a inutilidade de mãos dadas. (Obra citada, cap. 11, pp. 84 e 85.)

C. As drogas atingem também o corpo espiritual?

Sim. As drogas liberam componentes tóxicos que impregnam as delicadas engrenagens do corpo espiritual, ou perispírito, atingindo-o por largo tempo. Muitas vezes, esse modelador de formas imprime nas futuras organizações biológicas lesões e mutilações que são o resultado dos tóxicos de que se encharcou em existência pre­gressa. Segundo o Dr. Bezerra de Menezes, a dependência gerada pelas drogas desarticula o discernimento e interrompe os comandos do centro da von­tade, tornando seus usuários verdadeiros farrapos huma­nos, que abdicam de tudo por uma dose, até à consumpção total, que prossegue, no en­tanto, depois da morte. Além de facilitar obsessões cruéis, elas atingem os mecanismos da memória, bloqueando os seus arquivos e se imiscuem nas sinapses cerebrais, res­pondendo por danos irreparáveis. (Obra citada, cap. 11, pp. 88 e 89.)   

Texto para leitura 

45. Treinamento para a morte - Os cinco jovens foram colocados em recinto especial para o atendimento sonoterápico por algumas horas, cujo objetivo era conceder-lhes a oportunidade do repouso, o que difi­cilmente se consegue, devido aos apelos exagerados dos familiares. A lamentação e os impropérios por parte destes produzem, no Espírito recém-liberto, grande desconforto, porque tais atitudes transformam-se em chuvas de fagulhas comburentes que os atingem, ferindo-os ou dando-lhes a sensação de  ácidos que os corroem por dentro. Nominalmente cha­mados, eles desejam atender, mas não podem, experimentando então dores que os vergastam, adicionadas pelos desesperos morais que os dominam. Se conseguem adormecer, não raro debatem-se em pesadelos afligentes, que são a liberação de imagens perturbadoras das zonas profundas do inconsciente. Como uma reencarnação exige anos para completar-se, é natural que a desencarnação necessite de tempo suficiente para que o Espírito se desimpregne dos fluidos mais grosseiros em que esteve mer­gulhado. A morte violenta mata apenas os despojos físicos, mas não significa libertação do ser espiritual. As enfermidades de longo curso, quando suportadas com resignação, liberam o Espírito da maté­ria, porque ele, nesses casos, tem tempo de pensar nas verdadeiras re­alidades da vida e desapegar-se de pessoas, paixões e coisas, movimentando o pensamento em círculos superiores de aspirações. Lembra então os que já partiram e a eles se revincula pelos fios das lembranças, recebendo inspiração e ajuda para o desprendimento. As dores morais bem aceitas facultam aspirações e anseios de paz noutras dimensões, diluindo as forças constritoras que o atam ao mundo das formas. O conhecimento dos objetivos da reencarnação e o comportamento correto diante da vida contribuem, também, para a desimantação. O tempo no corpo tem finalidade educativa, expurgadora de mazelas, para o aprimo­ramento de ideais, ao invés de constituir uma viagem ao país do sonho, com o prazer e a inutilidade de mãos dadas. Como ninguém investido na carne passará indene sem despojar-se dela, é justo o treinamento para enfrentar o instante da morte que virá, porque o Espírito é, no Além, o somatório das suas experiências vividas. (Cap. 11, pp. 84 e 85) 

46. O caso Fábio - D. Ruth, a atenciosa avó de Fábio (um dos jo­vens vitimados no desastre), permitiu a Manoel P. de Miranda entender qual fora o mecanismo pelo qual Dr. Bezerra havia sido cientificado da ocorrência. Como se sabe, ela tentou desviar o curso do desastre. Como não obteve sucesso, pôs-se então a orar, recorrendo pelo pensamento à ajuda do Posto Central, dedicado a essas emergências. Os aparelhos se­letores de preces e rogativas registaram o apelo, e um sinal, na sala de controle, deu notícia da gravidade e urgência do pedido. Decodifi­cado imediatamente pelos encarregados de tradução das mensagens, um assistente levou o fato ao Mentor Espiritual. O mecanismo de comunica­ção fazia-se nos mesmos moldes do adotado entre os desencarnados, mas Philomeno pôde entender que o intercâmbio mental lúcido não é tão cor­riqueiro, especialmente em campo de ação como aquele, em que eram for­tes as descargas psíquicas do mais baixo teor. Esse era um dos fa­tores que impuseram a edificação daquele Posto... D. Ruth contou tam­bém que fora, em vida anterior, mãe de Fábio, que desencarnara então aos 40 anos, após muitos abusos e irresponsabilidades, razão pela qual foi levado a estagiar em redutos de sombra e dor na Erraticidade in­ferior, por quase trinta anos. Quando ela retornou à pátria espiri­tual, conseguiu que ele fosse preparado e recambiado outra vez à vida corpórea, para atenuar-lhe as faltas e amortecer as impressões mais duradouras daqueles anos sofridos. Foi assim que Fábio renasceu, agora na condi­ção de neto de sua antiga mãe e benfeitora... (Cap. 11, pp. 86 e 87) 

47. O efeito das drogas - D. Ruth entendia que a dor que agora batia à porta dos atuais pais de Fábio significava também a presença da justiça alcançando-os, em razão de sua conivência passada com o comportamento do filho. Ninguém dilapida os dons de Deus, permanecendo livre da reparação. Dr. Bezerra, que exami­nara o motorista, não teve dúvidas em afirmar que aquele jovem buscara o acidente, em razão da ingestão de drogas. Apontando-lhe a  área dos reflexos e ações motoras, o Mentor informou: "Ei-la praticamente blo­queada, após a excitação provocada pelas anfetaminas que foram usadas, sob forte dose venenosa, que terminaria, ao longo do tempo, por afetar os movimentos, provo­cando paralisia irreversível". E esclareceu: "As drogas liberam compo­nentes tóxicos que impregnam as delicadas engrena­gens do perispírito, atingindo-o por largo tempo. Muitas vezes, esse modelador de formas imprime nas futuras organizações biológicas lesões e mutilações que são o resultado dos tóxicos de que se encharcou em existência pre­gressa". Dr. Bezerra disse então que a dependência gerada pelas drogas desarticula o discernimento e interrompe os comandos do centro da von­tade, tornando seus usuários verdadeiros farrapos huma­nos, que abdicam de tudo por uma dose, até à consumpção total, que prossegue, no en­tanto, depois da morte... "Além de facilitar obsessões cruéis – acrescentou o Mentor –, atingem os mecanismos da memória, bloqueando os seus arquivos e se imiscuem nas sinapses cerebrais, res­pondendo por danos irreparáveis. A seu turno, o Espírito regista as suas emanações, através da organização perispiritual, dementando-se sob a sua ação cor­rosiva." O rapaz que dirigia o veículo já se habi­tuara ao uso de drogas fortes, que lhe danificaram o perispírito. Fá­bio estava apenas começando. Após passar pela experiência do uso da ma­conha, experimen­tava então anfetaminas perigosas, o que lhe produziu, inicialmente, estímulo e, logo depois, entorpecimento. "Eis por que não sintonizou com a interferência psíquica da irmã Ruth."  (Cap. 11, p. 88 e 89)        

48. Desespero e dor no lar de Ermance - Recomendando que o re­curso do passe anestesiante fosse repetido de hora em hora, com o ob­jetivo de vitalizar os cinco pacientes desencarnados, fortalecendo-os para os próximos embates, Dr. Bezerra convidou a todos para a oração coletiva no Posto Central, quando o relógio assinalava 6h da manhã de terça-feira de Carnaval. Enquanto orava, diamantina claridade envol­vente se irradiava do Dr. Bezerra, restaurando as forças e vitalizando a todos para os cometimentos porvindouros. Algumas horas depois, ele foi procurado pela irmã Melide, que retornava do lar de Ermance, onde a angústia se instalara. Como os amigos da jovem não a haviam encon­trado, volveram à casa dela e cientificaram seus pais do ocorrido. A inquietação tomou conta do casal, que não sabia o que fazer. Já  era dia quando o pai da jovem foi à Delegacia Central. Às 9h o cadáver foi encontrado. Informado do fato, o genitor foi ao Necrotério, onde fez, em estado de grande aflição, o reconhecimento da filha. Melide contou então que sua filha (a mãe de Ermance) foi acometida de pânico, dei­xando-se abater em terrível desespero, logo que recebeu do marido a notícia. Havendo desmaiado, providenciou-se um médico que velava à sua cabeceira, ministrando assistência especializada. Após ouvi-la, Dr. Bezerra propôs fossem ver Ermance. Ao pé do leito, um enfermeiro in­formou que a paciente, subitamente, começou a dar sinais de inquieta­ção, como se experimentasse forte pesadelo. Dr. Bezerra aplicou-lhe recursos fluídicos e recomendou à irmã Melide ser de todo conveniente despertá-la para o primeiro encontro com a realidade, de modo a inter­romper a comunicação com o lar, donde chegavam pungentes apelos, quais dardos que a alcançavam, dilacerando-lhe as fibras íntimas e fazendo-a reviver as cenas que culminaram com a desencarnação. (Cap. 11 e 12, pp. 89 a 91) 

49. O despertar de Ermance - Após terem sido ministrados recursos que dispersaram os fluidos soníferos, Ermance despertou, um tanto atur­dida, com sinais de disritmia cardíaca, muito pálida e com a respira­ção ofegante. Ao ver a avó, a surpresa se lhe estampou na face e, sem qualquer receio, distendeu os braços e falou: "Deus meu!... Es­tou so­nhando... Vovó querida, ajude-me!..." Melide a abraçou com indescrití­vel ternura. Ermance queixou-se, súplice: "Fui raptada e querem matar-me. Tenho muito medo. Quero voltar para casa..." E pror­rompeu em do­rido pranto. A avó, sem se perturbar, falou-lhe: "O rapto não se con­sumou, meu bem. Tudo está  bem. Estamos juntas. Você voltará  para casa logo mais. Agora acalme-se e lembre-se da oração". Denotando menos pa­vor sob a indução magnética da palavra e da irradiação cal­mante que recebia, Ermance imaginou que sonhava: "Estou sonhando com você, vovó. Que bom!" A avó redarguiu: "De certo modo, você está  despertando de um sonho demorado no corpo, a fim de adentrar-se na reali­dade maior da vida..." Assustada, a jovem retrucou: "Digo sonho, por­que você já  mor­reu..." E o diálogo prosseguiu assim, nesse diapasão, em que a gene­rosa avó iniciava a neta querida nas realidades da vida espiritual, com todo o tato, para não chocá-la. Depois de afirmar-lhe que o corpo é frágil veste que se rompe, libertando o ser espiritual, que é indes­trutível, Melide informou: "Você agora, filhinha, ficará  comigo respi­rando novo ar, longe da doença, do medo, da aflição que logo baterão em retirada. Você está  viva, não esqueça, e lúcida, sob o carinhoso amparo de Deus..." Denotando receio, a jovem suplicou: "Não quero morrer, vovó!". "Não morrerá, minha querida. Você está  livre, viva... Já venceu a morte", respondeu-lhe a avó. Ermance pareceu então desmaiar, mas ainda assim balbuciou que queria ir para casa, o que fez com que Melide, acarinhando sua cabeça, lhe dissesse com imensa do­çura: "Irá, sim. Iremos juntas. Tudo está  bem. Encontramo-nos mergu­lhadas no amor de Deus, que nunca nos desam­para. Durma, esquecendo as aflições do mundo, para sonhar com as ale­grias do Céu. Descanse, meu amor". A jovem então adormeceu. (Cap. 12, pp. 92 e 93) (Continua no próximo número.) 
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita